segunda-feira, 13 de junho de 2016

Texto 115 : ESTRATÉGIA

Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?” Mateus 12:29
O Senhor Jesus foi acusado de expulsar o mal usando o próprio mal. Ele rebate esta acusação e explica que um reino dividido não resiste e acaba sendo destruído. Então, Satanás não pode expulsar Satanás. Segundo o Senhor, o mal só pode ser vencido pelo poder do Espírito Santo de Deus. Ou seja, o mal só pode ser vencido pelo próprio Deus. O homem com sua força natural não possui ferramentas ideais para enfrentar e vencer as forças malignas que roubam, destroem e matam os seres humanos. Somente a presença de Deus pode assegurar uma vitória permanente sobre o império das trevas, chefiadas pelo anjo rebelde chamado Satanás.

Ainda neste contexto, por meio de uma pequena parábola, Jesus afirma que só é possível saquear bens de um homem valente depois de amarrá-lo e deixa-lo imóvel. Não é possível invadir o espaço de um homem guerreiro sem antes de imobilizá-lo. Na guerra contra o mal acontece a mesma coisa. Faz-se necessário amarrar, maniatar, tolher os movimentos das forças malignas para depois resgatar as pessoas que são por elas oprimidas. Há várias maneiras de enfraquecer a atuação do mal sobre nossas vidas: leitura da palavra de Deus, oração, jejum e consagração ao Senhor. Ao praticar essas disciplinas espirituais concedemos ao Senhor acesso à nossa vida e desautorizamos as forças malignas de atuarem sobre nós.
Por fim, sei que a maioria das pessoas não gosta de falar sobre o mal, sobre os demônios e sobre as trevas. Porém, é importante compreender que estamos em um ambiente onde o bem e o mal atuam sobre as nossas vidas, e se estivermos longe do Senhor seremos influenciados pelo mal e não teremos poder para ajudar as demais pessoas a serem libertas das opressões malignas. Por esta razão, Jesus nos ensina a orar: “livrai-nos do mal”. Devemos nos aproximar do Senhor por meio da leitura, oração, jejum e consagração, enquanto agimos para libertar as pessoas da opressão maligna por meio do poder do evangelho e das palavras e atos de amor.
“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Texto 114 : INTEGRIDADE

Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino? E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.Mateus 12:24-28

Muitos atos de bondade não são reconhecidos por pessoas que vivem de forma egoísta e são ídolos de si mesmos. Isto fica claro no trecho bíblico de hoje. Jesus realizou um ato de bondade, amor e compaixão ao libertar um homem da influência de um espírito maligno. Apesar disso, foi chamado de demônio. Os religiosos de plantão não podiam desmentir a cura e libertação que foi realizada, por isto partiram para a acusação falsa e disseram que Jesus expulsava o mal porque ele próprio trabalhava para o mal. Afirmaram que Jesus tinha poder sobre os demônios porque era cúmplice e servia ao líder deles. Foi uma acusação infame e desesperada.

Diante disso, Jesus afirma que é uma lógica ruim afirmar que Satanás expulsa o mal. Não há coerência neste pensamento, disse Jesus. O mal não luta contra o mal. Pensar assim é loucura. Somente o bem pode lutar contra o mal e vencê-lo. O Senhor aproveita este momento de desequilíbrio mental desses arrogantes religiosos com a demonstração de poder e amor, e ensina uma nobre lição: O mal não luta contra o mal. É impossível que Satanás trabalhe para libertar alguém de sua influência. Na verdade, os espíritos malignos trabalham para sugar toda a energia, recursos, tempo e vida das pessoas que estão sob sua influência. Eles só sabem matar, roubar e destruir. Porém, o Espírito Santo trabalha para libertar as pessoas e conduzi-las à presença de Deus.

O mestre conclui seu ensinamento dizendo que o sinal da chegada do reino de Deus é a libertação gerada pelo Espírito Santo na vida de uma pessoa. Quando somos libertos das influências ruins que atuam sobre nós, sejam provocadas por nós mesmos, por outros homens ou por demônios, isto significa uma coisa: o reino de Deus chegou até nós. O sinal da nossa liberdade é a companhia diária de Deus em nossas vidas. E a manifestação desta presença de Deus é manifestada por nossas palavras de bondade e por nossos atos de amor. Jesus sabia disto e mesmo sendo acusado injustamente continuou atuando para libertar as pessoas de si mesmas e de outras influências para conduzi-las ao reino de Deus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 113 : LIBERTAÇÃO

Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via. E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?" Mateus 12:22,23

Há vários relatos de pessoas que sofreram influências de espíritos malignos e que eram atormentadas física e psicologicamente por esses espíritos. Como resultado dessa influência, muitas pessoas ficavam mudas e cegas, sofriam convulsões, vivam em cemitérios, longe da família e da sociedade. Isto indica que os prejuízos na saúde e na vida social isolavam essas pessoas das demais e furtavam delas a oportunidade de uma vida de relacionamento com Deus e com o próximo. É certo que muitos não acreditam na influência de espíritos maus, às vezes, chamados de demônios, anjos caídos ou seres malignos. Porém, é verdade que muitos comportamentos malignos do homem não podem ser explicados de outra forma.

Jesus tinha certeza da opressão maligna causada por esses entes rebeldes e desobedientes a Deus. Jesus sabia da influência que eles causam no ser humano e também das consequências dessa influência. Por isto, ele sempre teve compaixão das pessoas que eram possuídas ou influenciadas por essas entidades do mal e prontamente fazia de tudo para as libertar. O Senhor não pronunciava palavras mágicas, não gritava, não fazia rituais de exorcismo e não usava de violência para libertar as pessoas influenciadas por esses espíritos. O Senhor apenas ordenava que os espíritos maus fossem embora e prontamente as pessoas eram libertadas da influência maligna e podiam novamente experimentar a liberdade. Isto revela que ele é o SENHOR de todos os seres e tem autoridade sobre todo o universo.

Depois que Jesus expeliu o demônio da vida do cego e mudo, o homem ficou curado e falava e via. Expulsar uma influência maligna, pessoa ou demônio, da vida de alguém é um ato de amor. Por isso, a multidão admirada da demonstração de poder, amor e bondade, indaga se Jesus é o Filho de Davi? Na prática, a multidão deseja saber se ele é o Senhor. Porque só o Senhor do universo pode exercer tamanho poder sobre qualquer criatura benigna ou maligna. Só o Senhor dos céus e da terra pode agir com bondade e amor em favor daqueles que são desprezados, rejeitados, oprimidos, repudiados e abandonados. Por esta razão, cada discípulo de Jesus deve agir da mesma forma que o mestre agiu ao encontrar pessoas presas por opressões malignas. Nossa tarefa como discípulo é colaborar para que cada pessoa seja liberta e possa experimentar uma vida abundante ao lado do Rei Jesus e dos seus semelhantes.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”


Texto 112 : HONRA

E os fariseus, tendo saído, formaram conselho contra ele, para o matarem. Jesus, sabendo isso, retirou-se dali, e acompanharam-no grandes multidões, e ele curou a todas. E recomendava-lhes rigorosamente que o não descobrissem, Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Eis aqui o meu servo, que escolhi,o meu amado, em quem a minha alma se compraz;porei sobre ele o meu espírito,e anunciará aos gentios o juízo. Não contenderá, nem clamará,Nem alguém ouvirá pelas ruas a sua voz; Não esmagará a cana quebrada,enão apagará o morrão que fumega,até que faça triunfar o juízo; E no seu nome os gentios esperarão.” Mateus 12:14-21

O mestre Jesus foi perseguido muitas vezes por autoridades religiosas somente porque fazia o bem aos aflitos, oprimidos, sobrecarregados e abandonados. Sua disposição natural em realizar a vontade de Deus em benefício das pessoas era uma marca que incomodava demais os religiosos hipócritas de sua época. Por esta razão, alguns cultivaram contra o mestre um ódio mortal e fizeram uma aliança entre si para o matarem. Atualmente, muitos pessoas ainda são perseguidas porque se colocam em favor dos oprimidos de nossa sociedade. A prática de perseguição contra os que desejam melhorar a vida de seus semelhantes é uma realidade presente em nossos dias. Há um esforço em exterminar atitudes de bondades em favor do ser humano. O que devemos fazer?

Creio que nossa atitude deve ser semelhante a do mestre Jesus. Quando ele soube que estava sendo ameaçado de morte porque ajudara um homem aleijado, ele se retirou do local de perigo e partiu para outra localidade. Ele não fez isto por medo, mas para continuar fazendo o bem em favor das pessoas. O texto diz que ele foi seguido por uma grande multidão. A narrativa afirma também que ele curou a todos. Notamos que a ameaça à sua vida o levou para outro local, mas não impediu que ele continuasse agindo em favor dos necessitados, carentes e oprimidos. Havia no mestre uma disposição incrível para curar e resgatar pessoas das trevas e levá-las ao reino de Deus. Aprendemos com isto que o inimigo pode nos tirar de onde estamos, mas não podem nos impedir de amar as pessoas e agir em favor delas.

Por fim, é importante notar que o Senhor Jesus não desejava propaganda dos atos que ele realizava. Ele sabia que, de acordo com a profecia, somente Deus deveria ser glorificado e honrado. Por isto, ele sempre pedia que as pessoas não anunciassem que ele tinha realizado alguma ação. O importante para Jesus é que Deus, o pai, fosse honrado e glorificado. Seguindo o modelo dele, entendemos que nossos atos e palavras de bondade devem beneficiar as pessoas e glorificar a Deus. Não devemos desejar honra ou reconhecimento para nós. Pelo contrário, em cada palavra ou ato que executamos para libertar alguém da opressão, da doença, da solidão, do abandono e de qualquer outro mal, apenas Deus deve ser honrado e glorificado.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 111 : AMPARO

E, partindo dali, chegou à sinagoga deles. E, estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada; e eles, para o acusarem, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados? E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela, e a levantará? Pois, quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por conseqüência, lícito fazer bem nos sábados. Então disse àquele homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e ficou sã como a outra.” Mateus 12:9-13

Jesus, o Senhor, viveu uma vida neste planeta como homem justo que cumpria suas obrigações familiares, legais, religiosas e morais. Sendo o Mestre dos mestres, participou da vida secular e manteve relacionamentos sociais com a sua comunidade. Por esta razão, ele sempre tinha contato com muitas pessoas e presenciava a experiência delas e na maioria das vezes agia para melhorar as suas vidas. Ele não vivia isolado. Pelo contrário, ele se misturava e procurava por meio de palavras e ações suportar os desamparados, consolar os tristes, incentivar os desanimados, curar os doentes e devolver a esperança aos desesperados. Ela agia de forma ativa para melhorar a vida das pessoas.

Para Jesus as pessoas sempre são mais importantes que os rituais religiosos cerimoniais. Por isto, ele não se importa em curar no sábado, apesar da orientação religiosa de não trabalhar neste dia. O Mestre sabe que devolver a alegria, por meio da cura, a um homem com uma mão aleijada, é muito mais nobre do que reservar um dia como especial para se praticar disciplina religiosa. Ele sabe que a necessidade vital de um homem é mais importante do que se apresentar um culto a Deus ou entoar louvores engrandecendo o nome do Altíssimo. O evangelho não deve ser utilizado para isolar os homens dos demais. O evangelho é o instrumento que nos aproxima das pessoas, com amor, e por consequência, também nos aproxima de Deus.

Para concluir, o Senhor lança algumas questões que revelam a hipocrisia dos religiosos de sua época. Ele pergunta se alguém deixaria sua ovelha dentro de uma cova por causa do sábado. Com esta pergunta ele mostra que a vida humana é mais importante que os preceitos religiosos. Um ato religioso só tem valor quando vai ao encontro da necessidade humana e promove a reconciliação do homem com Deus. Por esta razão, o Senhor nunca se esquivava das vítimas da vida, mas ia ao encontro delas com o consolo e o amor de Deus para atuar de forma poderosa e mudar para melhor a vida dessas pessoas. O valor do evangelho é visto quando vivemos para amar aos demais e de forma prática colaborar para melhorar a vida dos outros. Esta é a verdadeira religião: cuidar dos desamparados e livrar-se da corrupção deste mundo.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 110 : MODELO

Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor.” Mateus 12:8

Durante o seu discipulado, Jesus teve uma vida comum com os seus discípulos e compartilhou sua vida pessoal com eles. O mestre tinha uma vida aberta e transparente. Ele não guardava segredo dos seus seguidores. Isto era proposital. A intenção de Jesus ao viver uma vida na luz, sem reservas, era de ensinar por meio de exemplos práticos. A instrução do mestre não era teoria ou filosofia de vida, mas era uma instrução prática demonstrada por meio de palavras e atitudes diárias de amor. Seus discípulos conheciam bem ao seu mestre porque ele não tinha uma vida dupla. Jesus era autêntico e constante em suas atitudes porque era o modelo perfeito a ser seguido.

Por isto, é possível afirmar que o evangelho do reino é a transmissão da própria vida por meio de palavras e ações. Foi isto que Deus fez. Ele se tornou homem para transmitir a sua vida de forma prática aos seus seguidores. Ele veio e viveu entre nós para nos mostrar como aplicar de forma prática todos os princípios e valores do reino de Deus. O discípulo autêntico pratica o que aprendeu do mestre, pratica o que ouviu o mestre falar e vive o que viu o mestre viver. Por esta razão, Jesus viveu a maior parte do tempo junto com seus discípulos. As vitórias e adversidades eram plenamente compartilhadas. Então, quando Jesus partiu, os seus seguidores continuaram a fazer a mesma coisa que viram o mestre fazer. A lição foi transmitida e absorvida porque foi demonstrada e não somente explicada.

Para concluir, podemos afirmar que o Senhorio de Jesus é um dos ensinamentos marcantes para os seus discípulos antigos e para os discípulos atuais. Ele é o Senhor de todas as coisas, nós somos os seus servos. Mas, ele prefere nos chamar de amigos. Apesar dele ser o Rei e Senhor absoluto do universo, ele nos chama de amigos. Isto é uma lição de humildade e humilhação. Isto é um exemplo de vida que nos marca e nos motiva a servir a outros por amor e não por interesse. Ele é o Senhor que lavou os pés dos seus servos, que amou os seus servos até o fim, que morreu por eles uma morte horrenda e que, hoje, continua ao lado do Pai intercedendo por cada um deles. Ele é o Senhor, não há dúvidas. Mas, é também o mestre que transmitiu o seu ensino vivendo e praticando uma vida totalmente preenchida pelo amor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 109 : MISERICÓRDIA

Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.” Mateus 12:7

No reino dos céus há um só Rei, um só Juiz, um só Senhor e um só Deus: Jesus. Jesus é Senhor, Juiz, Rei e Deus de todos, inclusive daqueles que ainda não o reconhecem como Senhor. Por isto, somente ele pode julgar e condenar os infratores da lei de Deus. Os discípulos não foram designados para serem juízes e carrascos, mas foram escolhidos para exercerem misericórdia. Os religiosos da época de Jesus ignoravam o significado da palavra misericórdia e se esforçavam para castigar qualquer pessoa que não cumprisse à risca todas as leis morais e cerimoniais. Esta atitude foi reprovada por Jesus.

Jesus afirma categoricamente que eles não sabem o que significa misericórdia, mas sabem oferecer sacrifícios, realizar cultos e cumprir rituais. O Senhor afirma que sacrifícios, cultos e rituais não são a principal marca que revela o caráter do discípulo de Jesus. Qualquer pessoa, crente ou descrente, pode realizar sacrifícios, cultos e rituais. Porém, apenas os legítimos filhos de Deus, independentemente da sua denominação ou designação religiosa, podem exercer misericórdia da mesma maneira que Deus exerce. A misericórdia é a tatuagem que identifica os autênticos seguidores de Jesus.

Para concluir, Jesus diz que condenar as pessoas “inocentes” revela a ausência de misericórdia no coração daquele que se diz filho de Deus. Misericórdia e condenação não caminham juntos. A condenação nega às pessoas uma segunda chance. A misericórdia concede às pessoas novas oportunidades de arrependimento, confissão, perdão e um novo começo. Por isto, o Senhor ensinou que devemos perdoar setenta vezes sete. A misericórdia é o sinal daqueles que são filhos de Deus. A misericórdia triunfa sobre o juízo. Por isto, ele disse no sermão: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. Que ele nos ajude a desenvolver um coração misericordioso.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 108 : LEI

Naquele tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer. E os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado. Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só aos sacerdotes? Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa? Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo.” Mateus 12:1-6

Vivemos em uma sociedade regida por leis escritas e não escritas. Cada lei tem a finalidade de definir deveres, direitos e castigos para os indivíduos que vivem em comunidade. Mas, a lei não muda o homem nem molda o seu caráter. A lei serve para mostrar ao indivíduo o que é errado, a punição que sofrerá se não obedecê-la, mas não apresenta uma forma de escapar da punição quando a infração é cometida. A lei traz a punição e a morte, mas não apresenta uma saída para o perdão, a liberdade e a vida. A lei de Deus funciona da mesma maneira. Por esta razão, os religiosos da época de Jesus não conseguiam aplicar a misericórdia quando percebiam uma violação da lei. Eles não compreendiam que o ser humano é mais importante que a lei.

O texto afirma claramente que os discípulos de Jesus, com a permissão dele, violaram a lei porque colheram espigas no sábado e comeram para matar sua fome. Rapidamente, os religiosos de plantão perceberam que uma lei tinha sido violada, mas não viram que pessoas estavam famintas. Neste ponto, entendemos que para os religiosos o cumprimento dos rituais e cerimônias são mais importantes que a integridade e a vida das pessoas. Isto é um erro. Todo credo que coloca cumprimento de regras e rituais acima das necessidades humanas não tem origem em Deus Pai. O homem não foi feito por causa da lei, mas a lei foi feita por causa do homem. A pessoa é mais importante que a lei.

Por fim, Jesus cita o exemplo de Davi que violou a lei porque estava com fome e dos sacerdotes que violam o sábado quando realizam serviço ou atividade no templo neste dia santo. O Senhor está afirmando que o objetivo da lei é proteger o homem de cometer crimes contra si mesmo e contra os outros, mas também ele afirma que a necessidade básica do homem de comer e beber está acima do cumprimento de regras e rituais. Isto não é um incentivo para violar a lei, mas um ensino que afirma que em algumas situações é lícito colocar a necessidade humana acima dos dogmas, leis e rituais estabelecidos. O Senhor é maior que a lei, o templo e o homem, mas em situações de legítima necessidade ele ficará sempre do lado do homem.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 107 : ALÍVIO

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30

O evangelho é um convite especial para todos que estão cansados e sobrecarregados pelos temores, dificuldades, aflições, problemas e atribulações desta vida. Este convite é oferecido a todos, sem acepção. Jesus afirma que todos que já estão sufocados, angustiados, desesperados, derrotados e oprimidos podem chegar até ele para alcançarem alívio na jornada. O convite é especial porque já vem com uma promessa embutida. Todos nós podemos chegar até o Senhor Jesus com a nossa carga da vida que ele nos aliviará. A nossa dor, tristeza, depressão, desespero, angústia, saudades, medo, decepção, abandono e qualquer outra carga que já estamos cansados de levar, podem ser levadas até o bom Pastor, e ele nos aliviará.

O Senhor promete nos aliviar, mas em nenhum momento ele afirma que tirará a nossa carga. Nossa carga permanecerá até cumprir o propósito estabelecido, mas o Senhor assumirá o nosso jugo e junto conosco caminhará, tornando o nosso fardo mais leve. Ele nos convida a aprender com ele que é manso e humilde de coração. O nosso problema não é o fardo, mas a forma como o consideramos em nossa vida. Cada problema, aflição, angústia ou atribulação pode trazer muita dor, mas também nos oferece uma oportunidade de chegarmos mais perto do Criador. Tudo depende de como os encaramos. Se queremos levá-los sozinhos e se queremos ajuda. Jesus promete que irá se colocar debaixo do nosso jugo e tornar o nosso fardo mais leve, se desejarmos. Ele compartilha a nossa dor, a nossa luta, o nosso sofrimento e por isso é capaz de nos aliviar e renovar nosso ânimo na caminhada.

Por fim, o Senhor afirma que quando permitimos que ele nos ajude a carregar o nosso fardo, compartilhar o nosso jugo, encontramos descanso para as nossas almas. Apesar da vida humana que o Senhor experimentou, cheia de ameaças, abandono, traição, injustiça e injúrias, ele afirma que seu seu jugo suave e seu fardo leve. Isto indica que ele confiava completamente no Pai e não encarou nada em sua vida como algo ruim ou desastroso, mas entendeu que quando a jornada ficava difícil, o Pai estava ao lado dando alívio e descanso, dando novas forças para continuar na caminhada. Também, podemos experimentar o mesmo descanso se permitirmos que o Senhor nos ajude a carregar o nosso fardo, reanimar a nossa alma e renovar as nossas forças para continuarmos nossa jornada.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 106 : INTIMIDADE

Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Mateus 11:27

Um dos objetivos do evangelho é ensinar o homem a conhecer Deus e os seus propósitos. A boa nova não deseja trazer para o homem um conhecimento teórico a respeito de Deus, mas produzir uma experiência prática de comunhão e companheirismo com o Criador, baseada em um relacionamento prático diário de amor e intimidade. Jesus revela o amor de Deus afirmando que tudo que é do Pai é dele também. O Pai entregou ao filho, por amor, todas as coisas. A boa nova afirma que Deus não veio tomar nossas posses ou nossas vidas, pelo contrário, o Pai se doou para que fôssemos herdeiros de tudo que ele possui. Ele deseja doar-se completamente para cada um dos seus filhos.

O ensino do Senhor Jesus afirma que o Filho conhece o Pai e o Pai conhece o Filho. Desta forma, entendemos que não há segredos, não há reservas, mas há uma perfeita sintonia entre eles. Esta intimidade construída vai se aperfeiçoando diariamente à medida que cada filho de Deus resolve confiar e viver conforme o propósito e orientação divinos. Por isto, na caminhada diária, somos conhecidos por Deus e ao mesmo tempo o conhecemos mais e mais. É um relacionamento de mão dupla. Conhecemos cada vez mais o Pai e ao mesmo tempo permitimos que ele nos conheça de forma íntima e completa. Nesta intimidade nosso caráter é construído e ficamos mais parecidos com o nosso Deus e desejamos amar mais as outras pessoas.

Os filhos de Deus conhecem o seu Pai e também o tornam conhecido a outras pessoas por meio de uma vida que expressa diariamente amor incondicional pelas demais pessoas. A revelação de Deus é a revelação de seu amor por meio de pensamentos, palavras e atos de bondade. Se somos filhos de Deus temos a missão de o revelar aos outros por meio da expressão de nossa vida. Da mesma maneira que Jesus revelou o caráter do seu Pai por meio de expressões de amor, nós também, como seus filhos, devemos expressar o mesmo amor por meio de nossas vidas. A intimidade com Deus nos leva a ser íntimos das pessoas para apoiá-las, ampará-las, abençoá-las e amá-las de forma pura, constante e incondicional. Quanto mais ficamos íntimos de Deus, mais receberemos a capacidade de amar o nosso próximo e expressar o legítimo amor que sustenta cada vida do universo.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 137 : POSIÇÃO

  “ Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com ju...