terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Texto 105 : CONHECIMENTO

"Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve." Mateus 11:25,26

Sabemos que o conhecimento humano não pode conduzir o homem a Deus. O conhecimento é algo útil, mas não garante o acesso a Deus. Conhecimento pode ser usado para reforçar alguns ensinos bíblicos ou comprovar alguns fatos arqueológicos e históricos relatados pelas sagradas escrituras, mas de forma alguma pode ser usado como porta de acesso ao mundo espiritual. Muitos ainda estão caminhando em círculos e girando em torno de si mesmos porque estão tentando acessar a Deus e o mundo espiritual por meio de conhecimento filosófico, científico, acadêmico ou teológico. Desta maneira não conseguirão chegar ao alvo, não terão êxito em compreender os mistérios de Deus que são revelados pela fé. Por isso, desde o início o Senhor disse ao homem que ele poderia provar da árvore da vida, mas não deveria provar da árvore do conhecimento.

O conhecimento é útil em muitas situações. Ajuda o homem a criar casas, pontes, carros, instrumentos musicais, armas de defesa, plantar alimentos e estruturar seu futuro financeiro, mas não pode construir dentro do homem o caráter de Deus. Ter conhecimento e não ter a vida de Deus é estar morto. Jesus afirma que os sábios e entendidos não tiveram a capacidade de compreender o evangelho anunciado. Provavelmente, estavam tão mergulhados em suas teorias e dogmas que não puderam perceber a revelação do mistério de Deus exposta pela luz do evangelho. O evangelho é luz na escuridão que mostra aos homens o amor infinito e a graça de Deus. O evangelho revela que Deus nos ama apesar de nossos pecados e imperfeições. O evangelho apresenta a cura de Deus para nossa vida maculada pelos nossos delitos. O evangelho demonstra a transformação do nosso caráter produzida pela presença de Deus. O evangelho é graça e amor. Não encontramos isto nos livros de conhecimento, só encontramos isto nos livros da fé.

Jesus agradece ao Pai porque o evangelho foi revelado aos pequeninos. As pessoas que não são cultas ou não possuem conhecimento extraordinário também podem ouvir, entender, crer e praticar o evangelho. O Pai deseja que seja desta forma. O Pai deseja incluir todos em sua família e por isto o evangelho é simples e acessível a todos. A mensagem não está presa ao mundo religioso, acadêmico, científico, filosófico ou teológico. A mensagem está livre para alcançar cada coração que deseja conhecer a Deus na intimidade, deixar sua vida de pecado e caminhar uma nova vida ao lado do Criador. A graça de Deus proporciona isto. O amor de Deus trabalha para que isto aconteça. O evangelho é simples e poderoso para mudar as nossas vidas, mesmo que não tenhamos conhecimento de coisa alguma.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 104: METANOIA

"Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. E tu, Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti." Mateus 11:20-24

A mensagem anunciada por João Batista e por Jesus foi “arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus!”. O objetivo do evangelho é conduzir o homem ao arrependimento. Em grego, a palavra para arrependimento é metanoia. Metanoia significa mudar o próprio pensamento, mudar de ideia, mudar princípios e valores que conduzem a própria vida. Metanoia indica que o indivíduo experimentará um novo modo de viver. O evangelho busca conduzir o indivíduo a esta mudança interior. O arrependimento envolve uma mudança completa. É uma mudança mental, moral e espiritual. O arrependimento genuíno, produzido pelo Espirito de Deus, conduz o ser humano a uma nova vida em total harmonia e dependência de Deus.

Então, podemos observar que o objetivo do evangelho não é operar prodígios, sinais e milagres. É possível que tais fenômenos ocorram durante a pregação do evangelho, mas o objetivo primordial do evangelho de Jesus é produzir uma mudança interior profunda dentro de cada ser humano que deseja conhecer a Deus e experimentar a sua vontade. Por isso Jesus afirma que as cidades Corazim, Betsaida e Cafarnaum não compreenderam a mensagem, mesmo vendo os milagres que o Senhor realizara em seus territórios. Não foram capazes de perceber que o filho de Deus estava entre eles trazendo a oportunidade de viverem uma vida em harmonia com Deus. Apesar da realização dos milagres, Jesus foi rejeitado nessas cidades porque seus moradores estavam mais interessados nos milagres do que na nova vida que Deus desejava pra eles. Então, não se arrependeram.

Atualmente, também percebemos pessoas que só desejam os milagres, as bençãos e os benefícios que Deus pode oferecer, mas não desejam renunciar a sua vida de pecados para viver uma vida segundo os princípios de Deus. O Senhor afirma que se Tiro, Sidon e Sodoma tivessem vistos os milagres não seriam destruídas. Afirma isto porque muitos reconheceriam suas vidas de pecados e se arrependeriam. Mas, é verdade que não precisamos ver milagres para reconhecer que nossa vida está abaixo do padrão de Deus e precisamos, de forma urgente, mudar de mente e experimentar a nova vida que o Senhor deseja pra nós. Diariamente, precisamos nos arrepender de nossos pensamentos, palavras e atos que ofendem ao Senhor e experimentar o autêntico arrependimento para que demonstremos que somos filhos de Deus e experimentemos na prática uma nova vida.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 103 : PARADOXO

"Mas, a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, E dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos." Mateus 11:16-19

Sempre é bom relembrar que o objetivo principal do Criador é formar uma grande família de filhos semelhantes a Jesus. Deus deseja filhos que sejam semelhantes a Jesus em seu modo de pensar, sentir, falar e agir. Deus deseja pessoas com o mesmo caráter de Jesus. Por isto, podemos afirmar que o objetivo do evangelho é transformar a mente e o coração do ser humano para que este se torne semelhante a Jesus e deixe de viver apenas para si mesmo. Dizemos isto, porque a marca daquele que vive para si mesmo é o egoísmo, mas o sinal daquele que já conheceu o reino dos céus é o amor. Também, podemos afirmar que o evangelho do reino remove o homem de uma vida centrada em si mesmo para uma vida centrada em Deus, baseada no amor legítimo ao próximo.

No seu ensino, Jesus procura algo para comparar a geração dos homens. Ele mostra uma comparação e afirma que esta é uma geração contraditória. Deseja alcançar coisas, mas não realiza os atos corretos que a conduz ao seu objetivo. Ele afirma também que a geraçaõ atual é infantilizada que não chega a maturidade da vida adulta e vive de forma irresponsável. Esta geração, fica triste quando deveria ficar alegre e ri quando deveria ficar triste. Isto indica que vive centrada em si mesma e não consegue enxergar as pessoas ao seu redor. Apesar das redes sociais, o ser humano continua carente e isolado, rindo e chorando pelos motivos errados, vivendo uma vida centralizada em si mesmo. O homem precisa ser liberto de si mesmo para receber o caráter de Deus.

Por fim, Jesus afirma que a geração atual é focada em observar a vida dos outros e fazer um juízo de valor, normalmente distorcido, das ações e intenções deles. Jesus diz que quando um homem se consagra por meio do jejum, afirmam que tem demônio, se outro come e bebe é chamado de comilão, beberrão e companheiro de pecadores. Nesta parte do discurso de Jesus, percebemos a consequência de uma vida infantilizada, centrada em si mesma. Quando uma pessoa vive de forma egoísta, não consegue perceber o valor que há nos outros e assume a posição de juiz e carrasco. Tais pessoas não podem ver nem entrar no reino de Deus, porque o reino de Deus é baseado na graça e no amor. Por isto, precisamos amadurecer e praticar o amor como prova de que o reino dos céus chegou até nós e já entendemos o que significa amar a Deus. Precisamos abandonar nossos pensamentos, palavras e ações egoístas e permitir que o amor de Deus nos transforme e nos torne semelhantes ao seu filho Jesus. Peçamos a Deus este milagre.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 102: MENSAGEIRO

"Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." Mateus 11:10-15

O Senhor Jesus continua apresentando João Batista às pessoas neste pequeno texto. Ele afirma que João é o anjo, ou o mensageiro, que foi anunciado pelos profetas e que viria antes do Messias preparar o coração das pessoas para que recebessem a mensagem do evangelho do reino dos céus. O objetivo de João era preparar o caminho para que Jesus trouxesse a mensagem de libertação e restauração das almas e vidas das pessoas que esperavam o cumprimento das promessas de Deus. A mensagem que o anjo transmite é mais importante que o anjo. O convite é para ouvir a mensagem trazida pelo anjo. Esta mensagem não aponta para o anjo, mas aponta para o Senhor Jesus.

Depois de apresentar o anjo e afirmar que não há homem nascido de mulher maior que João, Jesus afirma que o menor no reino dos céus é maior que Jõao. Isto indica que os valores e princípios que regerm o reino de Deus não são baseados no status quo da pessoa, nas suas habilidades e talentos, no valor do seu patrimônio ou no tempo que dedica às disciplinas espirituais, tais como, jejum, oração, leitura e meditação. No reino dos céus o maior é aquele que serve aos demais. Isto traz para o ouvinte da mensagem do reino uma novidade que abala a prática e tradição realizada até este momento. Para ser grande no reino, faz-se necessário ser servo de todos por causa do amor.

Por fim, o Senhor conclui dizendo que João completa a lista dos profetas encarregados de preparar o coração do povo para ouvir a mensagem do evangelho do reino de Deus. Cada palavra dita pelos profetas antigos e agora por João, o batista, tinha o objetivo de preparar a alma de cada pessoa para receber o novo ensino que o Senhor Jesus traria a respeito dos valores e dos princípios do reino dos céus. Sempre é importante destacar que os profetas, João, Jesus e seus discípulos não tiveram a intenção de fundar uma religião ou uma denominação religiosa. O alvo sempre foi o mesmo: apresentar a cada homem o reino dos céus e informar que não é pela força que ele será conquistado, mas pela graça de Deus seremos convidados a viver e desfrutar das delícias deste reino.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 101: IDENTIFICAÇÃO

"E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis. Mas, então que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;" Mateus 11:7-9

O propósito de Jesus é estabelecer o reino de Deus na terra. Ele é a expressão deste reino e por isto viveu ,entre os homens, uma vida fundamentada nos princípios e valores que regem o reino de Deus. Em algumas ocasiões ele testemunhou a respeito de algumas pessoas que viviam de forma intensa e contínua os valores e princípios do reino dos céus. Uma dessas pessoas foi João Batista. Por isto, Jesus fez questão de perguntar às pessoas o que elas pensavam a respeito de João. Jesus queria revelar a verdadeira identidade daquele homem que vivia no deserto. Então, ele coloca três opções para que as pessoas reflitam e decidam. João é uma cana agitada pelo vento, um homem ricamente vestido ou um profeta? Afinal, quem era João? Jesus afirma que João era mais do que profeta.

Por que era mais que um profeta, João Batista, primo de Jesus, filho de Isabel, iniciou seu ministério com a frase: “Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus”. Esta é uma mensagem inovadora e reveladora. João afirma que o reino dos céus chegará à Terra, ao invés de afirmar que os homens irão para os céus. Deus deseja habitar entre os homens e com os homens. João sabia disto e desde cedo entendeu que sua principal tarefa durante sua jornada terrestre era anunciar a chega do reino dos céus aos homens da Terra. Motivado por isto, João não se ocupou em acumular riquezas ou alcançar posição de destaque na sociedade onde vivia. Ele sabia que precisava anunciar a mensagem do evangelho do reino dos céus e também viver esta mensagem. Então, impulsionado pelos valores e princípios do reino, João decidiu viver uma vida que inspirasse outros a desejarem uma vida cheia do reino de Deus e da presença do próprio Deus.

Com este testemunho de Jesus, fica fácil perceber que o Criador não valoriza o homem pelas suas posses, pela sua posição social, pela sua nacionalidade, pela sua cor ou por outras características tão valorizadas pela sociedade moderna. Pelo contrário, o Senhor identifica os seus discípulos pelo coração e pela missão que cada um realiza. Por isto, ele fez questão de afirmar que João era mais que um profeta. João não se exaltou, mas o Senhor fez questão de honrá-lo diante das pessoas. Não havia posição maior que um profeta no mundo religioso da época. Mas, Jesus afirma que a vida vivida por João o colocava acima da posição de profeta. Isto não indica que João é melhor que um profeta, pelo contrário, indica que João não se preocupa com o título ou como será identificado pelos homens, mas revela que sua principal preocupação é realizar a missão que recebeu do Senhor e anunciar com alegria a chegada do reino de Deus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 100: CONFIRMAÇÃO

E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos, A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim.” Mateus 11:2-6

O propósito eterno de Deus é criar uma grande família de filhos semelhantes a Jesus. Este é o propósito original elaborado antes da fundação do mundo e continua sendo o propósito atual desejado para cada homem e mulher que vive ou já viveu neste mundo. João Batista sabia disto e por este motivo precisava ter certeza de que o homem Jesus era o verdadeiro prometido, enviado pelo criador, que ensinaria aos homens a viverem a vida planejada por Deus e seguirem para o seu propósito. A pergunta de João é direta: “És tu aquele que havia de vir, ou devemos esperar outra pessoa?”. Ainda hoje há no coração de cada pessoa, que deseja conhecer o Criador, esta mesma questão: “Jesus é realmente o enviado, ou devo esperar outra pessoa?”. Não há erro ou pecado em ter dúvida, mas é possível por meio de um relacionamento diário com Deus dirimir as dúvidas que ainda existem no coração.

Depois de ouvir a pergunta, Jesus não responde aos mensageiros com teorias filosóficas ou teológicas, não cita trechos dos livros bíblicos, não faz um discurso eloquente, estruturado e dividido em pontos lógicos, não utiliza alguma insígnia para demonstrar sua posição no reino de Deus e nem se irrita porque João fez uma pergunta desta natureza. Pelo contrário, o mestre carinhosamente convida os mensageiros a ficarem com ele e a testemunharem a prática de sua vida. Seu modo de viver é a resposta. Um verdadeiro enviado de Deus não precisa de palavras para transmitir sua mensagem. Apenas, precisa de uma vida prática de amor, constante e diária, em favor das pessoas que relacionam com ele. Pensando nisto, Jesus convida os discípulos de João a presenciarem a sua prática de vida em favor das pessoas. Eles presenciam Jesus curando doentes, ressuscitando mortos e levando consolo aos pobres. Isto fala mais alto do que qualquer palavra. Eles observam com os olhos a resposta e ficam satisfeitos.

Quando ouvimos esta história entendemos que, como discípulos de Jesus, somos chamados para viver da mesma forma que ele viveu e realizar as mesmas obras que ele realizou. Este é o propósito eterno de Deus: “ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus”. Estamos incluídos neste propósito e por isto aceitamos o desafio de sermos seus discípulos e caminhar da mesma forma que ele andou, levando visão aos cegos, cura aos coxos e leprosos, audição aos surdos, vida aos mortos e alegria e amor aos pobres. Os discípulos legítimos apresentam a mensagem de Deus com suas atitudes práticas de amor incondicional. Discípulos não precisam usar conhecimento acadêmico de teologia ou filosofia, memorizar trechos das escrituras, proferir discursos eloquentes ou usar algum título para provar que é um filho legítimo de Deus. Discípulos autênticos de Jesus demonstra com sua prática diária de amor em favor de outras pessoas que realmente representam o criador aqui no mundo.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 099: MODELO


E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles." Mateus 11:1

O verdadeiro discípulo se espelha em um modelo para definir seus pensamentos, palavras e ações. Sem um modelo de referência não há discípulo. O discípulo olha para o seu mestre e vive para aplicar em sua própria vida os ensinos transmitidos pelo mestre. Nota-se, então, que o discípulo não vive para impor os ensinos aprendidos na vida de outros, mas tem como objetivo pessoal aplicar o que ouve do mestre em sua própria vida. Por isto, podemos afirmar que o evangelho só tem valor real e prático quando nós mesmos somos alvos do seu ensinamento e da sua correção. Torno-me um discípulo quando direciono para minha própria vida os ensinos que tenho aprendido com o meu senhor. Por esta razão, Jesus chamou os discípulos para estarem com ele, viverem com ele e para na caminhada com ele aprenderem e praticarem em suas próprias vidas o ensino transmitido.

Jesus é, sem sombra de dúvida, o mestre por excelência. Ele sempre ensinou somente o que ele mesmo praticava. Isto é integridade. Cada ensino que ele transmitiu na teoria, também, fez questão de demonstrar na prática. Nunca foi um mestre teórico ou um professor de teologia, mas sempre foi o modelo de prática e de vida daquilo que Deus deseja para os seus filhos aqui na terra. Jesus não transmitiu uma religião. Ele transmitiu a própria vida para os seus discípulos. O ensino não consistia em transmitir conceitos, dogmas ou teoremas teológicos, mas em demonstrar na prática, nos relacionamentos como aplicar o evangelho em si mesmo e transmitir amor às pessoas. O registro bíblico afirma que depois que ele deu instruções para os seus discípulos, partiu para fazer diante dos seus discípulos tudo que ele mesmo ensinou.

Ele, como modelo de vida, não exigiu acima da capacidade dos seus seguidores, mas sempre demonstrou com a sua própria prática de vida que era possível amar os inimigos, perdoar os ofensores, sentir a dor do semelhante e, por fim, entregar o próprio tempo, os próprios bens e a própria vida, por amor, se necessário, para resgatar outras pessoas de uma vida miserável, solitária e sem sentido. Depois que ele deu instruções aos seus discípulos, partiu para ensinar e pregar nas cidades sobre o evangelho do reino de Deus. Ele orientou aos seus pupilos e ele mesmo partiu corajosamente para demonstrar como praticar o ensino transmitido. Jesus é o nosso modelo. Não há outra referência melhor para copiarmos. Se somos discípulos dele não podemos imitar outros. Se somos seus discípulos precisamos pensar, falar e agir como ele fez e faz: com o coração cheio de amor.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 137 : POSIÇÃO

  “ Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com ju...