terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Texto 105 : CONHECIMENTO

"Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve." Mateus 11:25,26

Sabemos que o conhecimento humano não pode conduzir o homem a Deus. O conhecimento é algo útil, mas não garante o acesso a Deus. Conhecimento pode ser usado para reforçar alguns ensinos bíblicos ou comprovar alguns fatos arqueológicos e históricos relatados pelas sagradas escrituras, mas de forma alguma pode ser usado como porta de acesso ao mundo espiritual. Muitos ainda estão caminhando em círculos e girando em torno de si mesmos porque estão tentando acessar a Deus e o mundo espiritual por meio de conhecimento filosófico, científico, acadêmico ou teológico. Desta maneira não conseguirão chegar ao alvo, não terão êxito em compreender os mistérios de Deus que são revelados pela fé. Por isso, desde o início o Senhor disse ao homem que ele poderia provar da árvore da vida, mas não deveria provar da árvore do conhecimento.

O conhecimento é útil em muitas situações. Ajuda o homem a criar casas, pontes, carros, instrumentos musicais, armas de defesa, plantar alimentos e estruturar seu futuro financeiro, mas não pode construir dentro do homem o caráter de Deus. Ter conhecimento e não ter a vida de Deus é estar morto. Jesus afirma que os sábios e entendidos não tiveram a capacidade de compreender o evangelho anunciado. Provavelmente, estavam tão mergulhados em suas teorias e dogmas que não puderam perceber a revelação do mistério de Deus exposta pela luz do evangelho. O evangelho é luz na escuridão que mostra aos homens o amor infinito e a graça de Deus. O evangelho revela que Deus nos ama apesar de nossos pecados e imperfeições. O evangelho apresenta a cura de Deus para nossa vida maculada pelos nossos delitos. O evangelho demonstra a transformação do nosso caráter produzida pela presença de Deus. O evangelho é graça e amor. Não encontramos isto nos livros de conhecimento, só encontramos isto nos livros da fé.

Jesus agradece ao Pai porque o evangelho foi revelado aos pequeninos. As pessoas que não são cultas ou não possuem conhecimento extraordinário também podem ouvir, entender, crer e praticar o evangelho. O Pai deseja que seja desta forma. O Pai deseja incluir todos em sua família e por isto o evangelho é simples e acessível a todos. A mensagem não está presa ao mundo religioso, acadêmico, científico, filosófico ou teológico. A mensagem está livre para alcançar cada coração que deseja conhecer a Deus na intimidade, deixar sua vida de pecado e caminhar uma nova vida ao lado do Criador. A graça de Deus proporciona isto. O amor de Deus trabalha para que isto aconteça. O evangelho é simples e poderoso para mudar as nossas vidas, mesmo que não tenhamos conhecimento de coisa alguma.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 104: METANOIA

"Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. E tu, Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti." Mateus 11:20-24

A mensagem anunciada por João Batista e por Jesus foi “arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus!”. O objetivo do evangelho é conduzir o homem ao arrependimento. Em grego, a palavra para arrependimento é metanoia. Metanoia significa mudar o próprio pensamento, mudar de ideia, mudar princípios e valores que conduzem a própria vida. Metanoia indica que o indivíduo experimentará um novo modo de viver. O evangelho busca conduzir o indivíduo a esta mudança interior. O arrependimento envolve uma mudança completa. É uma mudança mental, moral e espiritual. O arrependimento genuíno, produzido pelo Espirito de Deus, conduz o ser humano a uma nova vida em total harmonia e dependência de Deus.

Então, podemos observar que o objetivo do evangelho não é operar prodígios, sinais e milagres. É possível que tais fenômenos ocorram durante a pregação do evangelho, mas o objetivo primordial do evangelho de Jesus é produzir uma mudança interior profunda dentro de cada ser humano que deseja conhecer a Deus e experimentar a sua vontade. Por isso Jesus afirma que as cidades Corazim, Betsaida e Cafarnaum não compreenderam a mensagem, mesmo vendo os milagres que o Senhor realizara em seus territórios. Não foram capazes de perceber que o filho de Deus estava entre eles trazendo a oportunidade de viverem uma vida em harmonia com Deus. Apesar da realização dos milagres, Jesus foi rejeitado nessas cidades porque seus moradores estavam mais interessados nos milagres do que na nova vida que Deus desejava pra eles. Então, não se arrependeram.

Atualmente, também percebemos pessoas que só desejam os milagres, as bençãos e os benefícios que Deus pode oferecer, mas não desejam renunciar a sua vida de pecados para viver uma vida segundo os princípios de Deus. O Senhor afirma que se Tiro, Sidon e Sodoma tivessem vistos os milagres não seriam destruídas. Afirma isto porque muitos reconheceriam suas vidas de pecados e se arrependeriam. Mas, é verdade que não precisamos ver milagres para reconhecer que nossa vida está abaixo do padrão de Deus e precisamos, de forma urgente, mudar de mente e experimentar a nova vida que o Senhor deseja pra nós. Diariamente, precisamos nos arrepender de nossos pensamentos, palavras e atos que ofendem ao Senhor e experimentar o autêntico arrependimento para que demonstremos que somos filhos de Deus e experimentemos na prática uma nova vida.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

Texto 103 : PARADOXO

"Mas, a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, E dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos." Mateus 11:16-19

Sempre é bom relembrar que o objetivo principal do Criador é formar uma grande família de filhos semelhantes a Jesus. Deus deseja filhos que sejam semelhantes a Jesus em seu modo de pensar, sentir, falar e agir. Deus deseja pessoas com o mesmo caráter de Jesus. Por isto, podemos afirmar que o objetivo do evangelho é transformar a mente e o coração do ser humano para que este se torne semelhante a Jesus e deixe de viver apenas para si mesmo. Dizemos isto, porque a marca daquele que vive para si mesmo é o egoísmo, mas o sinal daquele que já conheceu o reino dos céus é o amor. Também, podemos afirmar que o evangelho do reino remove o homem de uma vida centrada em si mesmo para uma vida centrada em Deus, baseada no amor legítimo ao próximo.

No seu ensino, Jesus procura algo para comparar a geração dos homens. Ele mostra uma comparação e afirma que esta é uma geração contraditória. Deseja alcançar coisas, mas não realiza os atos corretos que a conduz ao seu objetivo. Ele afirma também que a geraçaõ atual é infantilizada que não chega a maturidade da vida adulta e vive de forma irresponsável. Esta geração, fica triste quando deveria ficar alegre e ri quando deveria ficar triste. Isto indica que vive centrada em si mesma e não consegue enxergar as pessoas ao seu redor. Apesar das redes sociais, o ser humano continua carente e isolado, rindo e chorando pelos motivos errados, vivendo uma vida centralizada em si mesmo. O homem precisa ser liberto de si mesmo para receber o caráter de Deus.

Por fim, Jesus afirma que a geração atual é focada em observar a vida dos outros e fazer um juízo de valor, normalmente distorcido, das ações e intenções deles. Jesus diz que quando um homem se consagra por meio do jejum, afirmam que tem demônio, se outro come e bebe é chamado de comilão, beberrão e companheiro de pecadores. Nesta parte do discurso de Jesus, percebemos a consequência de uma vida infantilizada, centrada em si mesma. Quando uma pessoa vive de forma egoísta, não consegue perceber o valor que há nos outros e assume a posição de juiz e carrasco. Tais pessoas não podem ver nem entrar no reino de Deus, porque o reino de Deus é baseado na graça e no amor. Por isto, precisamos amadurecer e praticar o amor como prova de que o reino dos céus chegou até nós e já entendemos o que significa amar a Deus. Precisamos abandonar nossos pensamentos, palavras e ações egoístas e permitir que o amor de Deus nos transforme e nos torne semelhantes ao seu filho Jesus. Peçamos a Deus este milagre.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 102: MENSAGEIRO

"Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." Mateus 11:10-15

O Senhor Jesus continua apresentando João Batista às pessoas neste pequeno texto. Ele afirma que João é o anjo, ou o mensageiro, que foi anunciado pelos profetas e que viria antes do Messias preparar o coração das pessoas para que recebessem a mensagem do evangelho do reino dos céus. O objetivo de João era preparar o caminho para que Jesus trouxesse a mensagem de libertação e restauração das almas e vidas das pessoas que esperavam o cumprimento das promessas de Deus. A mensagem que o anjo transmite é mais importante que o anjo. O convite é para ouvir a mensagem trazida pelo anjo. Esta mensagem não aponta para o anjo, mas aponta para o Senhor Jesus.

Depois de apresentar o anjo e afirmar que não há homem nascido de mulher maior que João, Jesus afirma que o menor no reino dos céus é maior que Jõao. Isto indica que os valores e princípios que regerm o reino de Deus não são baseados no status quo da pessoa, nas suas habilidades e talentos, no valor do seu patrimônio ou no tempo que dedica às disciplinas espirituais, tais como, jejum, oração, leitura e meditação. No reino dos céus o maior é aquele que serve aos demais. Isto traz para o ouvinte da mensagem do reino uma novidade que abala a prática e tradição realizada até este momento. Para ser grande no reino, faz-se necessário ser servo de todos por causa do amor.

Por fim, o Senhor conclui dizendo que João completa a lista dos profetas encarregados de preparar o coração do povo para ouvir a mensagem do evangelho do reino de Deus. Cada palavra dita pelos profetas antigos e agora por João, o batista, tinha o objetivo de preparar a alma de cada pessoa para receber o novo ensino que o Senhor Jesus traria a respeito dos valores e dos princípios do reino dos céus. Sempre é importante destacar que os profetas, João, Jesus e seus discípulos não tiveram a intenção de fundar uma religião ou uma denominação religiosa. O alvo sempre foi o mesmo: apresentar a cada homem o reino dos céus e informar que não é pela força que ele será conquistado, mas pela graça de Deus seremos convidados a viver e desfrutar das delícias deste reino.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 101: IDENTIFICAÇÃO

"E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis. Mas, então que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;" Mateus 11:7-9

O propósito de Jesus é estabelecer o reino de Deus na terra. Ele é a expressão deste reino e por isto viveu ,entre os homens, uma vida fundamentada nos princípios e valores que regem o reino de Deus. Em algumas ocasiões ele testemunhou a respeito de algumas pessoas que viviam de forma intensa e contínua os valores e princípios do reino dos céus. Uma dessas pessoas foi João Batista. Por isto, Jesus fez questão de perguntar às pessoas o que elas pensavam a respeito de João. Jesus queria revelar a verdadeira identidade daquele homem que vivia no deserto. Então, ele coloca três opções para que as pessoas reflitam e decidam. João é uma cana agitada pelo vento, um homem ricamente vestido ou um profeta? Afinal, quem era João? Jesus afirma que João era mais do que profeta.

Por que era mais que um profeta, João Batista, primo de Jesus, filho de Isabel, iniciou seu ministério com a frase: “Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus”. Esta é uma mensagem inovadora e reveladora. João afirma que o reino dos céus chegará à Terra, ao invés de afirmar que os homens irão para os céus. Deus deseja habitar entre os homens e com os homens. João sabia disto e desde cedo entendeu que sua principal tarefa durante sua jornada terrestre era anunciar a chega do reino dos céus aos homens da Terra. Motivado por isto, João não se ocupou em acumular riquezas ou alcançar posição de destaque na sociedade onde vivia. Ele sabia que precisava anunciar a mensagem do evangelho do reino dos céus e também viver esta mensagem. Então, impulsionado pelos valores e princípios do reino, João decidiu viver uma vida que inspirasse outros a desejarem uma vida cheia do reino de Deus e da presença do próprio Deus.

Com este testemunho de Jesus, fica fácil perceber que o Criador não valoriza o homem pelas suas posses, pela sua posição social, pela sua nacionalidade, pela sua cor ou por outras características tão valorizadas pela sociedade moderna. Pelo contrário, o Senhor identifica os seus discípulos pelo coração e pela missão que cada um realiza. Por isto, ele fez questão de afirmar que João era mais que um profeta. João não se exaltou, mas o Senhor fez questão de honrá-lo diante das pessoas. Não havia posição maior que um profeta no mundo religioso da época. Mas, Jesus afirma que a vida vivida por João o colocava acima da posição de profeta. Isto não indica que João é melhor que um profeta, pelo contrário, indica que João não se preocupa com o título ou como será identificado pelos homens, mas revela que sua principal preocupação é realizar a missão que recebeu do Senhor e anunciar com alegria a chegada do reino de Deus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 100: CONFIRMAÇÃO

E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos, A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim.” Mateus 11:2-6

O propósito eterno de Deus é criar uma grande família de filhos semelhantes a Jesus. Este é o propósito original elaborado antes da fundação do mundo e continua sendo o propósito atual desejado para cada homem e mulher que vive ou já viveu neste mundo. João Batista sabia disto e por este motivo precisava ter certeza de que o homem Jesus era o verdadeiro prometido, enviado pelo criador, que ensinaria aos homens a viverem a vida planejada por Deus e seguirem para o seu propósito. A pergunta de João é direta: “És tu aquele que havia de vir, ou devemos esperar outra pessoa?”. Ainda hoje há no coração de cada pessoa, que deseja conhecer o Criador, esta mesma questão: “Jesus é realmente o enviado, ou devo esperar outra pessoa?”. Não há erro ou pecado em ter dúvida, mas é possível por meio de um relacionamento diário com Deus dirimir as dúvidas que ainda existem no coração.

Depois de ouvir a pergunta, Jesus não responde aos mensageiros com teorias filosóficas ou teológicas, não cita trechos dos livros bíblicos, não faz um discurso eloquente, estruturado e dividido em pontos lógicos, não utiliza alguma insígnia para demonstrar sua posição no reino de Deus e nem se irrita porque João fez uma pergunta desta natureza. Pelo contrário, o mestre carinhosamente convida os mensageiros a ficarem com ele e a testemunharem a prática de sua vida. Seu modo de viver é a resposta. Um verdadeiro enviado de Deus não precisa de palavras para transmitir sua mensagem. Apenas, precisa de uma vida prática de amor, constante e diária, em favor das pessoas que relacionam com ele. Pensando nisto, Jesus convida os discípulos de João a presenciarem a sua prática de vida em favor das pessoas. Eles presenciam Jesus curando doentes, ressuscitando mortos e levando consolo aos pobres. Isto fala mais alto do que qualquer palavra. Eles observam com os olhos a resposta e ficam satisfeitos.

Quando ouvimos esta história entendemos que, como discípulos de Jesus, somos chamados para viver da mesma forma que ele viveu e realizar as mesmas obras que ele realizou. Este é o propósito eterno de Deus: “ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus”. Estamos incluídos neste propósito e por isto aceitamos o desafio de sermos seus discípulos e caminhar da mesma forma que ele andou, levando visão aos cegos, cura aos coxos e leprosos, audição aos surdos, vida aos mortos e alegria e amor aos pobres. Os discípulos legítimos apresentam a mensagem de Deus com suas atitudes práticas de amor incondicional. Discípulos não precisam usar conhecimento acadêmico de teologia ou filosofia, memorizar trechos das escrituras, proferir discursos eloquentes ou usar algum título para provar que é um filho legítimo de Deus. Discípulos autênticos de Jesus demonstra com sua prática diária de amor em favor de outras pessoas que realmente representam o criador aqui no mundo.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 099: MODELO


E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles." Mateus 11:1

O verdadeiro discípulo se espelha em um modelo para definir seus pensamentos, palavras e ações. Sem um modelo de referência não há discípulo. O discípulo olha para o seu mestre e vive para aplicar em sua própria vida os ensinos transmitidos pelo mestre. Nota-se, então, que o discípulo não vive para impor os ensinos aprendidos na vida de outros, mas tem como objetivo pessoal aplicar o que ouve do mestre em sua própria vida. Por isto, podemos afirmar que o evangelho só tem valor real e prático quando nós mesmos somos alvos do seu ensinamento e da sua correção. Torno-me um discípulo quando direciono para minha própria vida os ensinos que tenho aprendido com o meu senhor. Por esta razão, Jesus chamou os discípulos para estarem com ele, viverem com ele e para na caminhada com ele aprenderem e praticarem em suas próprias vidas o ensino transmitido.

Jesus é, sem sombra de dúvida, o mestre por excelência. Ele sempre ensinou somente o que ele mesmo praticava. Isto é integridade. Cada ensino que ele transmitiu na teoria, também, fez questão de demonstrar na prática. Nunca foi um mestre teórico ou um professor de teologia, mas sempre foi o modelo de prática e de vida daquilo que Deus deseja para os seus filhos aqui na terra. Jesus não transmitiu uma religião. Ele transmitiu a própria vida para os seus discípulos. O ensino não consistia em transmitir conceitos, dogmas ou teoremas teológicos, mas em demonstrar na prática, nos relacionamentos como aplicar o evangelho em si mesmo e transmitir amor às pessoas. O registro bíblico afirma que depois que ele deu instruções para os seus discípulos, partiu para fazer diante dos seus discípulos tudo que ele mesmo ensinou.

Ele, como modelo de vida, não exigiu acima da capacidade dos seus seguidores, mas sempre demonstrou com a sua própria prática de vida que era possível amar os inimigos, perdoar os ofensores, sentir a dor do semelhante e, por fim, entregar o próprio tempo, os próprios bens e a própria vida, por amor, se necessário, para resgatar outras pessoas de uma vida miserável, solitária e sem sentido. Depois que ele deu instruções aos seus discípulos, partiu para ensinar e pregar nas cidades sobre o evangelho do reino de Deus. Ele orientou aos seus pupilos e ele mesmo partiu corajosamente para demonstrar como praticar o ensino transmitido. Jesus é o nosso modelo. Não há outra referência melhor para copiarmos. Se somos discípulos dele não podemos imitar outros. Se somos seus discípulos precisamos pensar, falar e agir como ele fez e faz: com o coração cheio de amor.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

terça-feira, 28 de abril de 2015

Texto 098: HOSPITALIDADE

Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” Mateus 10:40-42

O Senhor afirma neste ensino que não há hierarquia dentro da igreja que ele instituiu. Ele afirma que todo discípulo é semelhante ao mestre quando diz que receber um discípulo dele é como receber a ele mesmo. Este ensino dignifica cada homem e mulher que renunciaram a própria vida para seguir os passos de Jesus e imitá-lo em sua vida e obra. Receber um discípulo, um profeta ou um justo é como receber o próprio Senhor Jesus. Com esta afirmação, cada discípulo pode reconhecer o valor que possui diante do mestre. Ao mesmo tempo, este ensino enfoca a responsabilidade que cada discípulo tem de representar o mestre diante da comunidade. São duas faces da mesma moeda. Há honra para o discípulo em ser tratado como profeta de Deus, mas há também grande responsabilidade para o discípulo de agir e viver de forma que o mestre seja visto na sua própria vida.

Também, é importante notar que há benção para quem recebe um discípulo em sua casa e de alguma forma presta-lhe um serviço. O Senhor informa que tal pessoa não perderá de modo algum o seu galardão. É uma tarefa nobre receber um enviado de Deus. Receber um dos discípulos de Jesus é como receber ao próprio Jesus. Então, como discípulos de Jesus, precisamos reconhecer os outros discípulos e devemos também ficar disponíveis e prontos para servi-los conforme as nossas posses e conforme as suas necessidades. A igreja de Deus é uma família de servos que desejam diariamente servir ao Senhor e também a cada um dos seus discípulos. O serviço a Deus só se torna completo quando servimos aos seus pequenos também. Como discípulos temos esta dupla responsabilidade: representar ao Senhor em todos os relacionamentos e servir aos discípulos do Senhor em cada oportunidade.

Por fim, é importante lembrar que representamos ao Senhor Jesus e ao próprio Deus em cada palavra que proferimos e em cada ação que realizamos. Por esta razão, torna-se importante conhecer profundamente o ensino e a vida do mestre Jesus. Não é possível ser discípulo de alguém sem conhecer o seu ensino e a sua vida prática. Também, não é possível ser chamado de discípulo sem colocar em prática nas ações diárias da vida cotidiana, o ensino aprendido. Ser discípulo é ser pequeno, ser humilde, ser aprendiz e ser como o mestre. Provamos que somos discípulos quando praticamos aquilo que o mestre nos ensinou por meio de palavras e ações. Se realmente somos discípulos pequenos do mestre do amor, Jesus Cristo, devemos então por meio de pequenas palavras e pequenas ações resgatar pessoas que ainda não conhecem ao mestre, nem experimentaram o amor de Deus. Que diariamente sejamos os pequenos discípulos que ele sonhou, que vivem uma vida repleta de amor.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Texto 097: GANHO

Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” Mateus 10:37-39

O plano original de Deus é construir uma família de filhos que reflete o seu próprio caráter. Este plano não mudou apesar da queda e desobediência do homem no início da história da humanidade. O Criador não muda e não permite que circunstâncias externas mudem o seu propósito original. Ele desejou, no início, uma família de filhos semelhantes a Jesus e continua hoje com o mesmo desejo. Seu propósito continua sendo o mesmo. Seu objetivo continua firme. Pensando nisto, Jesus reuniu discípulos e durante três anos os ensinou a viverem como uma família unida e ligada pelo propósito de andar conforme os valores morais e espirituais do reino de Deus. Jesus avisou que não seria fácil e ao longo do caminho algumas decisões teriam que ser feitas. Neste texto ele apresenta algumas dessas decisões importantes.

Jesus apresenta três decisões que devem ser tomadas por todo aquele que deseja ser um legítimo discípulo e um autêntico filho de Deus. A primeira decisão é amar ao Senhor mais do que qualquer outra pessoa. Ele diz que o nosso amor por ele deve ser maior do que o amor que temos pelos nossos pais ou filhos terrestres. Isto não significa que devemos desprezar nossos pais e filhos. A palavra  diz que devemos honrar nossos pais e cuidar bem de nossos filhos. Mas, neste contexto, o Senhor afirma que o amor que dedicamos aos nossos pais não pode se tornar uma barreira no nosso relacionamento com Deus. Da mesma forma, o amor que temos pelos nossos filhos não deve nos impedir de seguir a Jesus. O Senhor não é insensível. Ele sabe da importância que o amor pelos pais e pelos filhos tem em nossa vida. Mas, ele deseja nos ensinar que o amor que devemos dedicar a Deus deve ser superior ao amor que dedicamos aos nossos parentes: pais e filhos. Na verdade, nosso amor pelo Senhor realçará nosso amor pelos nossos parentes.

Em segundo lugar, ele afirma que precisamos tomar nossa cruz e seguir as suas pisadas. Se não fizermos isto, também não somos dignos dele. Neste ensino, a cruz representa o sofrimento que enfrentaremos diante da sociedade pela escolha que fizemos de seguir a Jesus. Quando decidimos seguir a Jesus com toda alma, coração, entendimento e força, deixamos de seguir aos valores da sociedade. Isto gera conflitos e inimizades. Isto ameaça a nossa vida e nos deixa diariamente em perigo. Por isto, em terceiro lugar, ele afirma que perderemos nossa vida, se tentarmos protege-la ao invés de entrega-la ao Senhor. Isto não é fácil. Porém, o Senhor Jesus sempre foi verdadeiro e desde o início informou aos discípulos o preço que pagariam caso escolhessem servir ao Senhor. Cada discípulo deve amar ao Senhor mais do que aos seus familiares, enfrentar o sofrimento da cruz ao serem rejeitados, abandonados e odiados e por fim, perder a própria vida para encontra-la novamente nas mãos do Senhor. Que sejamos discípulos conscientes das nossas escolhas e estejamos prontos a renunciar tudo, inclusive a própria vida, por amor ao Senhor.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Texto 096: DESAFIO

Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares” Mateus 10:34-36

Quando relacionamos com muitas pessoas é comum ouvir algumas dizerem que desejam ter paz ou que desejam ser felizes. É um desejo lícito e válido. Ninguém com a mente sadia tem como objetivo de vida viver em guerra ou ser infeliz. Por isto, soa estranho aos nossos corações quando ouvimos Jesus afirmar que ele não veio trazer paz, mas espada. Se não prestarmos atenção ao contexto receberemos a informação errada e distorcida do ensino do mestre. Se não tivermos o cuidado em entender o ensino pensaremos que Jesus é a favor da guerra santa. Mas, na verdade ele não veio promover guerra ou ódio. Ele é o mestre do amor. Guerra, ódio, intrigas, facções, inimizades e contendas não são ações ou sentimentos estimulados pelo mestre. Pelo contrário, ele viveu em amor e fez tudo por amor. Então, faz-se necessário entendermos com a ajuda do Espírito Santo o que o Senhor deseja nos transmitir realmente.

O Senhor afirma categoricamente que os seus discípulos terão inimigos durante a caminhada. Ele não quis dizer que seremos inimigos das pessoas, mas enfatizou que algumas pessoas se tornarão nossas inimigas porque escolhemos viver uma vida conforme os princípios ensinados por Deus. Neste sentido, aprendemos que é impossível servir ao Senhor e ao mesmo tempo ser amigo do sistema mundano instituído pelo homem. Precisamos fazer uma opção. Precisamos decidir se viveremos conforme o padrão da sociedade mundana ou se viveremos conforme os ensinos transmitidos por Jesus. Não é possível viver conforme os dois padrões. Se vivermos conforme o padrão social e mundano, raramente teremos oposição ou inimigos porque estaremos dançando conforme a música e vivendo conforme os padrões definidos e impostos pela sociedade, alheia a presença e valores de Deus. Mas, se vivermos conforme o ensino do mestre, muitos se tornarão adversários, opositores e inimigos de nossas vidas.

Diante deste ensino, compreendemos que muitos de nossa própria família nos farão oposição e se tornarão nossos inimigos somente porque escolhemos viver conforme o modelo de Deus. Por esta razão, que Jesus afirma que os inimigos do homem serão os seus familiares. Isto quer dizer que a oposição começara no coração daqueles que nos são mais íntimos. Então, percebemos que os discípulos autênticos sofrerão perseguição dentro da família, perderão amigos dentro da família, serão rejeitados e desprezados dentro da família e serão odiados e desvalorizados dentro da família. Esta é uma notícia ruim e triste. Porém, apesar da perseguição sofrida, os discípulos verdadeiros de Jesus continuarão amando os seus familiares e os seus inimigos. Por causa desta disposição de amar ao próximo e ao inimigo, cada discípulo de Jesus terá a oportunidade de demonstrar amor e compaixão apesar da perseguição, rejeição e sofrimentos enfrentados. Este alerta de Jesus nos motiva a treinar o nosso coração para amar cada pessoa de nossa família e de fora da família. Não somos inimigos dos nossos inimigos porque somos discípulos de Jesus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sábado, 18 de abril de 2015

Texto 095: CONFISSÃO

"Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus." Mateus 10:32-33

Cada um de nós que vive neste mundo tem a oportunidade de decidir como desenvolveremos o relacionamento com o Senhor Jesus. O Senhor respeita o nosso livre arbítrio e permite que escolhamos por qual caminho queremos seguir. Há duas opções. Podemos viver uma vida confessando ao Senhor ou viver uma vida negando ao Senhor. A escolha é nossa. Nossa escolha traz consequências para a nossa vida. Podemos viver de forma independente e fazer somente aquilo que desejamos e planejamos para a nossa vida, ou podemos viver dependentes do Senhor e fazer somente o que ele desejou e planejou para nossa vida. Podemos e devemos escolher quem será o nosso Senhor. Podemos ser senhores de nossa vida e fazer apenas a nossa vontade, ou podemos permitir que Jesus se torne o Senhor Absoluto de nossa vida e viver conforme a vontade dele. A escolha é nossa.

Diante disto, o Senhor afirma que ele confessará diante do Pai todos os que viveram uma vida confessando-o diante dos homens. Isto significa que todos, que vivem conforme a vontade do Senhor, diante dos homens, serão reconhecidos pelo próprio Deus. Mas, ao mesmo tempo, indica que aqueles que negam o governo do Senhor sobre suas vidas, também, será negado diante do Pai. Isto não é uma punição, mas uma declaração que apresenta uma realidade presente e futura. Apenas reflete a escolha do homem. Se vivermos nossa vida confessando ao Senhor, buscando realizar a sua vontade e permitindo que ele seja o governador absoluto de nossas vidas, seremos reconhecidos diante de todos como filhos legítimos de Deus. Mas, se vivermos uma vida sem o governo de Deus, negando-o em nossas vidas, também não seremos reconhecidos diante de todos como filhos de Deus.

Ao pensarmos neste ensino de Jesus, chegamos à conclusão que podemos confessar ao Senhor diante das pessoas por meio de nossas palavras e atitudes. Podemos confessar ao Senhor diante dos homens quando apresentamos a outras pessoas palavras e atitudes motivadas e fundamentadas no amor. As palavras de amor acompanhadas de atitudes de amor demonstram aos homens que somos discípulos legítimos de Jesus e filhos autênticos de Deus. De outra forma, quando negamos ao Senhor diante dos homens, falamos coisas motivadas pelo egoísmo e agimos de forma egoísta. Desta forma, as palavras egoístas e as atitudes egoístas demonstram aos homens que escolhemos viver sem o governo de Deus e tudo o que importa para nós é a nossa própria vida. A confissão e a negação surgem no coração do homem. É uma escolha baseada no amor ou no egoísmo. É uma escolha que deve ser feita hoje. Desejo confessar ao Senhor e viver para ele ou prefiro negá-lo e viver para mim mesmo?

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”

terça-feira, 14 de abril de 2015

Texto 094: VALOR

"E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos." Mateus 10:28-32

A boa notícia que Deus enviou ao mundo por meio de Jesus é maravilhosa e necessária. Vale a pena trabalhar diariamente para tornar esta mensagem conhecida a todos os homens e mulheres. Porém, é importante lembrar que há muito obstáculos e adversários que podem atrapalhar na divulgação desta boa notícia. Por esta razão, Jesus ensina aos discípulos que eles não devem temer os que podem matar o corpo, mas não podem tocar na alma. Esta afirmação revela que nem o medo e nem a morte podem interromper a frutificação da semente plantada no coração das pessoas pelo trabalho realizado por cada discípulo. O Senhor Jesus valoriza cada um dos seus seguidores e afirma que jamais ficarão sozinhos na realização da tarefa de viverem e divulgarem o evangelho do reino de Deus às pessoas.

O Senhor afirma que Deus se preocupa com cada passarinho e com cada cabelo de nossa cabeça. Isto indica que tudo está sob controle de Deus e nada acontece sem que a sua vontade permita. A vontade de Deus é âncora segura e podemos firmar a nossa vida nela. A vontade do nosso Pai divino nos garante que tudo ocorrerá conforme os seus planos e por causa disto podemos prosseguir com o objetivo de viver o evangelho e anunciar a boa notícia de Deus a cada pessoa que relaciona conosco. Não precisamos ter medo. Ele sempre estará conosco nos guiando e nos dizendo o que deve ser feito. Ele é Deus e nunca desprezará nehuma de suas criaturas. Ele é o Rei e sempre valorizará cada um dos seus súditos. Ele é o Senhor e faz questão de viver ao lado de cada um dos seus servos. Ele é o Pai e faz questão de proteger e cuidar de cada um de seus filhos.

Por fim, Jesus diz categoricamente que não precisamos temer os que se declaram inimigos do evangelho porque nós valemos mais do que muitos passarinhos e Deus sempre nos guardará debaixo de suas asas. Se Deus cuida dos passarinhos, que vivem tão pouco, de uma forma tão especial, com certeza, ele cuidará dos seus discípulos da mesma maneira. Ele é um Senhor bondoso e cuidadoso. Ele mandou que fizéssemos discípulos em todas as nações, mas garantiu que estaria conosco todo o tempo e afirmou que o Espírito Santo nos capacitaria a realizar a tarefa. O Espírito colocará em nossos pensamentos e bocas as palavras certas para resolver cada conflito, cada problema, cada situação que surgirem durante a divulgação da boa notícia de Deus. Então, como discípulos de Jesus devemos deixar o medo de lado, aplicar em nossa própria vida cada ensino de Jesus e proclamar diariamente a cada pessoa que relaciona conosco o evangelho do reino de Deus. Ele nos deu esta missão porque para ele nós temos muito valor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

domingo, 12 de abril de 2015

Texto 093: REVELAÇÃO

"Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se. O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados." Mateus 10:26-27

O ensino de Jesus serve para capacitar seus discípulos a enfrentarem os desafios do mundo e serve para moldar na vida de cada discípulo o caráter de Deus. Por saber disto, Jesus sempre apresentou a cada um deles os desafios, obstáculos e problemas que teriam que enfrentar para viverem a mensagem do evangelho do reino dos céus e para transmitirem esta mensagem aos cansados e oprimidos que desejam ter um relacionamento com Deus. O Senhor afirma que nada pode ficar oculto aos olhos de Deus. Deus está em todo lugar e conhece tudo que acontece no universo. Ele sempre revela a verdade ainda que fique encoberta pela mentira por um bom tempo. Então, os discípulos não devem ficar preocupados quando forem injuriados, perseguidos, maltratados e desacreditados pela mensagem que irão transmitir e pela vida que irão viver, porque no final tudo será revelado.

Em outra parte do ensino, Jesus afirma que todo ensino que os discípulos estavam recebendo de forma privada não deve ficar entre eles somente. No futuro próximo, este ensino deve ser compartilhado publicamente com as demais pessoas. Isto demonstra que Deus deseja que a mensagem do evangelho seja acessível a todos os habitantes da terra. Ninguém deve monopolizar esta mensagem, nem restringir a mensagem a pequenos grupos separatistas.  A boa notícia do evangelho de Deus é pública e deve ser notificada a cada homem e mulher que vive na terra. A mensagem deve ser anunciada de forma pública e abrangente. Cada ser humano é um alvo potencial para receber a mensagem do amor de Deus e cada discípulo é um pregador oficial, instituído pelo Senhor Jesus, para anunciar esta palavra.

Por fim, podemos perceber que fomos chamados para receber uma mensagem vinda de Deus, viver esta mensagem diariamente por meio de pensamentos, palavras e ações e transmitir de forma pública e universal esta mensagem que recebemos e vivemos. Fomos chamados para isto. Como discípulos de Jesus, precisamos receber a mensagem que ele transmitiu viver com intensidade profunda esta mensagem e anuncia-la em todos os nossos relacionamentos, em todos os lugares e em todos os momentos. Mas, não podemos esquecer a sequência correta de ações que tornam nosso testemunho eficaz. Em primeiro lugar, recebemos a mensagem em nosso coração, praticamos a mensagem em nossas vidas e no final compartilhamos a mensagem do evangelho para todas as pessoas que relacionam conosco. Que o Senhor nos ajude a receber, viver e transmitir a sua mensagem.


"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade".

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Texto 092: MODELO

Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?Mateus 10:24-25

Os discípulos de Jesus foram instruídos de forma profunda sobre os assuntos mais importantes da vida. Jesus era o modelo de tudo que ensinava. A mensagem que ele transmitia era ratificada pela vida que ele vivia. Ele não era hipócrita nem tinha dupla personalidade. O Senhor tinha um padrão de conduta elevado e o seu caráter era demonstrado em cada relacionamento que ele construiu enquanto viveu como homem aqui na terra. Durante toda a sua vida nunca foi acusado de nenhum desvio de caráter ou conduta imoral. Ele era íntegro e desejava formar por meio da prática e do ensino o caráter divino em seus discípulos. Cada discípulo aprendeu a viver ouvindo o ensino do mestre e vendo a prática diária do mestre em seus relacionamentos. A vida do mestre era a sua mensagem.

Por isto, ele afirma que basta que os discípulos sejam como o mestre e os servos como o senhor. Na verdade, o objetivo final do ensino de Jesus é formar outros semelhantes a ele. O objetivo final de Deus é construir uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. É verdade que muitos almejam o poder de Jesus para fazer milagres, andar sobre o mar, ressucitar mortos, expelir demônios, mas poucos entendem que o mais importante é ter o caráter de Jesus, o amor de Jesus e a compaixão que ele tinha por cada pessoa que relacionava com ele. Ele fez milagres, curou enfermos, expulsou demônios e trouxe de volta à vida alguns mortos, mas cada ação que ele realizou era totalmente fundamentada no amor, na compaixão e no caráter divino que ele possuía. As ações eram consequências de um coração cheio de amor. Basta que nós sejamos como nosso Senhor.

Apesar das ações recheadas de amor que ele realizou, alguns disseram que ele era Belzebú, um demônio. Por esta razão, ele também nos informa que seremos tratados da mesma forma. Isto indica que não haverá reconhecimento das ações que realizaremos fundamentadas pelo amor. Quanto mais semelhantes ao mestre nos tornarmos, mais perseguidos e humilhados seremos por aqueles que não acreditam no amor que vem de Deus. A perseguição, humilhação, e até a morte injusta faz parte da carreira de um discípulo. Apesar disto, não podemos perder o desejo de sermos transformados pelo Espírito Santo, até que o caráter de Jesus seja completamente formado em nós. O alvo principal de um discípulo legítimo é ser como o seu mestre. Que o nosso desejo diário seja viver da forma que Jesus viveu e amar da forma que ele amou. Só assim poderemos ser reconhecidos como discípulos.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.




sexta-feira, 3 de abril de 2015

Texto 091: CORRIDA

E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão. E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.” Mateus 10:21-23

Ser discípulo de Jesus é uma tarefa nobre, especial, importante e repleta de desafios. O mestre nunca escondeu dos seus seguidores que eles enfrentariam perigos durante a caminhada. Ele sempre avisou aos discípulos que muitos perigos, conflitos, ameaças, atentados, calúnias, abandonos e inimizades surgiriam por causa da escolha que fizeram. Seguir a Jesus significa romper com os padrões e valores da sociedade mundana e aceitar voluntariamente os padrões e valores de Deus. Isto não é fácil de fazer. Necessitamos da ajuda do Espírito de Deus para que possamos romper com o passado de independência e viver o presente totalmente dependentes de Deus. Isto é uma escolha voluntária e consciente fundamentada no amor que Deus tem por nós.

Por causa da renúncia dos valores mundanos e da aceitação dos valores de Deus, surge muita oposição por parte daqueles que ainda não entenderam e creram no evangelho do reino dos céus. A oposição é tão grande que Jesus afirma que os filhos se levantariam e matariam os pais. Também informa que os familiares entregarão os discípulos à morte por causa do nome de Jesus. É uma informação desanimadora. Entendemos que muitos amigos se tornarão inimigos e correremos risco de morte diário porque decidimos amar a Jesus. Realmente, gera tristeza saber que seremos odiados por todos somente porque amamos ao Senhor e desejamos cumprir a sua vontade em favor dos homens. Isto continua sendo realidade ainda hoje. Muitos são mortos por causa do nome de Jesus. Mas, os discípulos não podem desistir de espalhar a mensagem de amor de Deus.

Apesar da perseguição e do ódio que sofreremos por causa do nome de Jesus, em nenhum momento, somos autorizados a perseguir ou odiar as pessoas que desejam o nosso mal. Pelo contrário, o mestre recomenda que fujamos para outras cidades e que fiquemos firmes até o fim. Ser perseguido e odiado é o preço mínimo que pagamos porque desejamos obedecer ao mestre Jesus e espalhar a boa notícia que ele trouxe para todas as pessoas da terra. Parece uma tarefa ingrata. Mas, na verdade é uma tarefa gloriosa, carregada de amor e com o nobre objetivo de reatar o relacionamento do homem com Deus. Como discípulos de Jesus temos uma única opção diante da oposição e do ódio: amar como Jesus amou.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

terça-feira, 24 de março de 2015

Texto 090: MISSÃO

Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” Mateus 10:16-20

O Senhor Jesus chama os seus discípulos de ovelhas e avisa que eles serão enviados para o meio de lobos. Parece uma tática suicida, mas o Senhor garante que estará no controle de toda situação. Jesus nunca ocultou a dificuldade da missão para os seus escolhidos. Ele sempre demonstrou que amar não é uma tarefa fácil. Transmitir a mensagem do reino de Deus é transmitir uma mensagem recheada de amor. Anunciar o evangelho é um ato de amor. Por isto, somente ovelhas, dóceis, amáveis, simples e sensíveis são capazes de realizar esta sublime tarefa, mesmo no meio de lobos. O Senhor diz que seus discípulos devem ser prudentes na realização da missão e não devem usar de violência ao transmitirem a mensagem de amor. Ele avisa que seus discípulos seriam presos e levados diante de autoridades por causa da mensagem do evangelho. Realmente, não parece uma missão agradável. Você toparia participar desta equipe, aparentemente, condenada ao fracasso e ameaçada por tantos inimigos? 

Apesar da dificuldade apresentada pelo Senhor e dos desafios que os discípulos enfrentariam na transmissão do evangelho do reino de Deus, é importante ressaltar que é uma missão gloriosa para aqueles que conhecem o amor de Deus. É uma missão baseada no amor. Participar desta tarefa é um privilégio. Transmitira mensagem de Deus aos corações dos homens aflitos, carentes, solitários e desesperados é um ato de amor profundo. Por esta razão, os discípulos não desanimaram quando ouviram do Senhor sobre as dificuldades que encontrariam na realização da tarefa. Pelo contrário, saíram animados e foram em busca das pessoas que eram alvos do amor de Deus. Nós, também, como discípulos de Jesus, fomos chamados para realizar a mesma tarefa e por isto enfrentamos os mesmos desafios dos discípulos do passado. Ainda vivemos no meio de lobos e corremos riscos todos os dias porque desejamos anunciar e viver o evangelho do reino de Deus. Será que vale a pena continuar pregando e vivendo esta mensagem de amor, neste mundo tão cheio de ódio, agressão e violência?

Por fim, Jesus explica que os discípulos não precisam ficar preocupados quando estiverem diante das autoridades humanas. Ele afirma que as palavras certas serão colocadas em suas bocas pelo Espírito Santo de Deus, no momento certo. Não é o conhecimento da Bíblia, ou o curso de teologia, ou o estudo profundo de filosofia, ou os títulos acadêmicos que trazem as palavras de amor que devem ser proferidas para conquistarem os homens para Deus. Mas, são as palavras produzidas e transmitidas pelo Espírito de Deus a cada discípulo.  Com isto, percebemos que o Senhor garante que nos acompanhará em cada momento e nos dirá o que devemos dizer ao coração de cada pessoa. A garantia que faremos a coisa certa e diremos a palavra correta no tempo certo é a presença de Jesus por meio do seu Espírito. Você deseja ser um instrumento de amor nas mãos do Senhor e receber do Espírito Santo as palavras que conquistam os corações dos homens para Deus? 

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Texto 089: BENÇÃO

E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis. E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.” Mateus 10:11-15

As ordens do Senhor sempre são bem específicas. Ele deseja que os seus discípulos sigam as orientações e façam exatamente o que foram chamados para fazer, da forma correta, no tempo certo e com o objetivo certo. Por isto, ele sempre é muito claro em seus mandamentos. O texto afirma que os discípulos foram enviados para várias cidades e aldeias com o propósito bem definido de compartilhar a boa notícia do evangelho do reino de Deus. Por isto, Jesus os orienta a procurarem uma casa digna para ficarem hospedados, quando chegarem nas cidades e aldeias. Isto indica que os discípulos não deveriam ficar associados com qualquer tipo de pessoa. Isto é exigido porque o testemunho público é importante para validar a mensagem que está sendo transmitida. Precisamos escolher bem as pessoas com quem nos associamos.

O Senhor também ordena que a casa que recebesse os seus discípulos deveria ser abençoada com a paz. Uma das marcas dos aprendizes de Jesus é a paz. Em qualquer ambiente que um discípulo chega a paz que difere da paz oferecida pela sociedade atual, é derramada de forma abundante e visível. A marca da paz é a marca de Jesus. O texto ensina também que os discípulos são mensageiros da paz e devem deixar a paz abundante em cada relacionamento. O mestre ensina que a paz não é imposta. A paz é uma oferta para a casa que recebe os mensageiros do Senhor. Mas se a casa não é digna, a paz não terá efeito algum. O coração aberto ao evangelho recebe a paz, mas o coração trancado não tem capacidade de receber a paz do Senhor Jesus, que excedo todo entendimento. Precisamos deixar nossos corações receptivos à paz que vem de Deus.

Por fim, Jesus afirma que os discípulos deveriam sair da cidade onde não fossem recebidos. Deveriam também sacudi o pó dos pés. Isto significa que não seriam mais responsáveis por aqueles que não desejam receber os mensageiros do Senhor, nem a boa mensagem trazida por eles. Com isto, aprendemos que a mensagem do Senhor não deve ser imposta pela força, coação e ameaças. A mensagem do evangelho deve ser recebida voluntariamente para que surta efeito no coração do ouvinte. Também aprendemos que muitos ouvirão, mas muitos também rejeitarão. Porém, como discípulos de Jesus devemos aplicar o evangelho em nossa vida e compartilhar a boa nova com todos que desejam ouvir. Precisamos ser praticantes do evangelho e mensageiros legítimos da paz.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Texto 088: FORTUNA

Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, nem alforges para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do seu alimento.” Mateus 10:9-10

Os discípulos receberam uma ordem bem objetiva quando foram enviados. Eles foram orientados a não acumularem bens durante a jornada. Não deviam possuir ouro, prata ou cobre. Não deviam ter bolsas, duas túnicas, sapatos ou bordões. Isto significa que o evangelho do reino dos céus deve ser pregado sem interesse financeiro ou monetário. A pregação não deve ser instrumento para arrecadar riquezas ou acumular bens. O evangelho deve ser compartilhado de graça e pela graça. A pregação do evangelho não é uma tarefa profissional que deve ser realizada por um empregado remunerado, mas é uma tarefa realizada por amor. O evangelho não deve ser usado como fonte de lucro. Mas, o evangelho deve ser repartido de forma gratuita por todo discípulo que um dia foi conquistado por Jesus.

A missão de compartilhar o evangelho do reino dos céus com outras pessoas leva cada discípulo de Jesus a repartir o que possui. Para repartir o evangelho, precisamos abrir mão do nosso tempo, do nosso dinheiro, do nosso lazer, do nosso conforto e das nossas posses. Compartilhar o evangelho é compartilhar o tempo, os bens, as emoções, os pensamentos e a própria vida. Nosso evangelho é a nossa vida. Não é possível cumprir esta missão sem que entreguemos o nosso ser na realização da ordem proferida por Jesus. Ficamos tristes quando notamos que muitos usam o evangelho, atualmente, para ficarem ricos e retirarem tudo que os pobres possuem. Isto não é o evangelho. Jesus não fez isto. Os discípulos de Jesus também não devem fazer. Pregamos por amor. Recusamo-nos a pregar por dinheiro. Pregamos por causa das vidas e não por causa dos bens que as pessoas possuem.

Para concluir, o Senhor afirma que o operário é digno do seu alimento. Com isto ele afirma aos discípulos que o evangelho não trará fortuna para eles. Porém, eles podem descansar no esconderijo de Deus, pois o próprio Deus suprirá as suas necessidades. Por meio de pessoas bondosas, o Senhor os alimentará durante a jornada. O sustento para prosseguir na missão será providenciado pelo próprio Deus. Pessoas generosas serão tocadas e suprirão os discípulos em suas necessidades enquanto estiverem compartilhando o evangelho. Isto é um desafio. Fomos chamados para compartilhar a fortuna do evangelho com os desafortunados deste mundo porque Deus é a nossa riqueza. Não somos e não seremos pagos para isto. Não faremos riqueza com isto, mas teremos a oportunidade e o privilégio de repartir a nossa vida com outras pessoas por meio da transmissão do evangelho do reino de Deus. Isto é amor. Amor puro. Amor de Deus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Texto 087: PROCURA

Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” Mateus 10:5-8

A missão inicial dos discípulos de Jesus era procurar as ovelhas perdidas do povo que fizera no passado um pacto com Deus. O povo de Israel era o alvo inicial da missão dos enviados.  Nesta ordem, Jesus revela que as ovelhas estão perdidas e por isto precisam ser resgatadas.  Desde o princípio, Deus desejou ter uma família de muitos filhos e um rebanho de muitas ovelhas. Mas, ao longo da história as ovelhas se perderam e os filhos se afastaram do Pai Celestial. Jesus veio promover o resgate das ovelhas e a reconciliação dos filhos. Isto deveria ser iniciado com o povo que no princípio fizera uma aliança com Deus: o povo de Israel. Deus deseja resgatar todos os povos, mas iria começar pelas ovelhas perdidas de Israel. Todos os demais povos serão alcançados à medida que a mensagem do evangelho do reino for espalhada. O Senhor nos escolheu para isto.

Jesus também define o que deveria ser dito na transmissão do evangelho: é chegado o reino dos céus. Os discípulos não podiam pregar qualquer coisa ou transmitir qualquer mensagem. A ordem foi bem clara. O assunto é o reino dos céus. Isto significa que Deus deseja novamente governar o homem, ser pai e pastor. Não precisamos mais andar conforme nossos próprios caminhos e pensamentos. Agora teremos um guia que nos ajudará a trilhar o mais perfeito caminho. Ele deseja ser nosso rei e por esta razão envia os seus discípulos à procura das ovelhas que desejam servir ao Senhor. Cada um de nós, discípulos de Jesus, éramos ovelhas perdidas e filhos pródigos no passado, mas atualmente somos ovelhas encontradas e filhos reconciliados com o Pai Celeste e Supremo Pastor. Isto é motivo de alegria diária.

Durante a transmissão da mensagem, os discípulos receberam de Jesus o poder para curar os enfermos, limpar os leprosos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios. A mensagem do evangelho do reino dos céus deve ser acompanhada com os sinais do reino dos céus. Os sinais apontam para cura, purificação, vida e libertação das ovelhas que estavam perdidas. A mensagem tem um efeito prático e imediato na vida daqueles que creem. Por fim, o Senhor determina que a mensagem e os sinais são entregues de graça. A entrada no reino é gratuita. O Senhor já providenciou o acesso de cada filho ao Pai. Ele pagou o preço. O evangelho não deve ser negociado, mas compartilhado e repartido de graça. Esta é a nossa missão diária: repartir de graça o evangelho que recebemos de graça e promover a reconciliação de cada ovelha perdida com Deus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

quarta-feira, 11 de março de 2015

Texto 086: ENVIO

E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão, o Canaanita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” Mateus 10:1-4

O Senhor Jesus ensinou várias coisas no Sermão do Monte e logo depois demonstrou na prática como aplicar o ensino transmitido. Ele curou pessoas, expulsou espíritos maus e pela palavra de Deus trouxe consolo e libertação para muitos. Agora, ele chama os doze discípulos e transfere para eles a responsabilidade de realizarem as mesmas coisas que viram o mestre realizar. O alvo final do ensino teórico é conduzir o aprendiz à prática, na vida diária, de tudo que foi aprendido. Daqui para frente, cada discípulo terá a oportunidade de viver na prática tudo que viram o mestre realizar. Hoje, nós também temos a mesma oportunidade. Fomos chamados para realizar novamente a obra que Jesus realizou.

Ao serem enviados por Jesus, os discípulos receberam o poder para expulsarem os espíritos imundos e curarem toda a enfermidade e todo o mal. É importante lembrar que os discípulos atuais de Jesus também possuem este mesmo poder. Talvez, precisemos de mais ousadia, fé, coragem e disposição para exercitar este poder que recebemos do mestre quando nos tornamos seus discípulos. A manifestação do poder de Deus e a realização de sinais é algo naturalmente produzido na vida dos discípulos que desenvolvem um relacionamento diário com Deus. Podemos crer nisto e agir conforme este poder sempre que necessário. Não é por nossa virtude ou mérito, mas é pela graça de Deus que recebemos autoridade sobre o mal.

Por fim, notamos que o Senhor enviou os discípulos de dois em dois. Isto fica evidente nas duplas citadas: Pedro e André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus; Tiago e Tadeu; Simão e Judas. Os discípulos atuais não devem caminhar sozinhos. Cada discípulo precisa de um companheiro para dividir a carga, as tarefas e as vitórias na realização da obra de Deus. Também notamos que não há uma hierarquia. Os discípulos receberam o mesmo poder e a mesma tarefa. O maior é aquele que serve a todos. Com esta decisão, Jesus demonstra que a obra deve ser feita em unidade e em união. Não fomos chamados para realizar carreira “solo”. Fomos chamados para sermos cooperadores uns dos outros e realizar a obra que nos foi designada pelo Senhor.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

quinta-feira, 5 de março de 2015

Texto 085: SEARA

Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.” Mateus 9:37-38

Quem trabalha no campo sabe que há algumas etapas, envolvidas no processo de plantação e colheita, que precisam ser realizadas entre o desejo de plantar a semente e a tarefa de colher o fruto. Em primeiro lugar, a terra precisa ser arada. Depois disto, a semente tem que ser plantada. Em seguida, água, luz e calor auxiliam no crescimento do vegetal. Por fim, chega o grande dia da realização da colheita. O evangelho de Jesus também se desenvolver desta maneira no coração do homem que deseja restaurar seu relacionamento com Deus. O coração do homem é arado pelas experiências vividas; a palavra é plantada neste coração necessitado e carente; o amor de Deus e da igreja são cultivados e auxiliam no crescimento e na formação do caráter e no final deste processo nasce um homem conforme o coração de Jesus.

Por esta razão, Jesus informa aos seus discípulos que a seara é grande, mas são poucos os trabalhadores. Cada discípulo de Jesus precisa se alistar voluntariamente para trabalhar na seara de Deus. Há espaço e trabalho para todos. A tarefa é grande. O Senhor precisa daqueles que preparam os corações para ouvir (lavradores). Precisa também daqueles que pregam a mensagem do reino de Deus (plantadores). Necessita daqueles que cuidam do desenvolvimento da semente no coração dos discípulos (cuidadores). Por fim, carece daqueles que farão a colheita e conduzirão os discípulos novos na realização do propósito de Deus (ceifeiros). Por isto, cada servo de Jesus tem um papel importante no resgate dos homens e na reconciliação destes homens com Deus. Não podemos fugir da tarefa e ficar na posição de expectadores. Somos cooperadores de Cristo.

Por fim, Jesus ensina aos seus discípulos que eles devem rogar ao Pai que envie trabalhadores para a sua seara. É importante lembrar que o evangelho é de Deus, a igreja é de Deus, os discípulos são de Deus e a seara é de Deus. Nós somos seus colaboradores. Ele é o sumo Pastor. Por esta razão devemos solicitar ao Pai que ele envie outros para que continuem com a plantação e com a colheita. Porque tudo é por meio dele, por ele e para ele. A nossa parte neste negócio é cooperar com o que Deus deseja fazer. Não somos juízes nem donos das pessoas. Mas, somos aqueles que vivem e pregam o evangelho com autenticidade, verdade e amor. E fazemos isto porque cremos que o evangelho do reino é a única semente que plantada no coração conduz o homem a viver uma vida abundante conforme Deus planejou. 

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Texto 084: COMPAIXÃO

E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.” Mateus 9:36

O mestre Jesus olha para as multidões e sente grande compaixão. Ele olha de forma profunda e especial. Ele vê além da superfície. Ele observa além das aparências. Ele percebe o que acontece no íntimo delas. O adjetivo grande indica a intensidade da compaixão que há no coração de Jesus pelas multidões. Jesus tinha um sentimento piedoso de simpatia com a tragédia pessoal de cada pessoa. Ele era profundamente tocado pela infelicidade alheia e trabalhava incansavelmente com o objetivo de minorar o desespero, a solidão, o sofrimento e a tristeza das pessoas. Ele sabia a causa do problema e o seu desejo de minorar o sofrimento alheio, o impulsionava a ensinar o evangelho do reino que ele recebeu do Pai. Ele sabia que o evangelho tinha o poder para auxiliar cada pessoa a encontrar o caminho de volta para o criador e a reiniciar o relacionamento de paternidade com Deus. Somente a restauração deste relacionamento pode tirar o cansaço e nos fazer repousar tranquilos nos braços do pai.

O texto afirma que as pessoas estavam cansadas e desgarradas. Muitas pessoas continuam assim em nosso século atual. Estão cansadas porque buscam várias alternativas humanas para encontrar a paz, esperança, felicidade, alegria e contentamento. Mas, é impossível alcançar estas coisas sem a ajuda de Deus. A busca humana sem a orientação de Deus, na verdade, afasta as pessoas uma das outras e não resolve o problema principal. Cada um busca o seu próprio caminho e tenta com suas próprias forças, intelecto, bens e recursos encontrar um lugar de paz e descanso. Mas, é impossível encontrar este local sem obedecer aos princípios de Deus e cultivar os valores do seu reino. Deus deseja relacionar com os homens e deseja ensinar que há descanso, há paz, há amor e há amizade verdadeira à disposição para serem desfrutados pelos filhos de Deus. A luta sem Deus não traz paz, só traz cansaço e solidão.

Por fim, Jesus afirma que as pessoas estavam como ovelhas que não têm pastor. Ele veio para ser o nosso único pastor. Ele pode nos guiar a lugares alegres e tranquilos, mesmo que tenhamos lutas diárias e enfrentemos obstáculos, doenças, crises conjugais, apertos financeiros, ataques de nervos, solidão, depressão e outros inimigos modernos. Ele sabe como nos dar o descanso desta guerra diária que realizamos em busca da felicidade. Ele sabe como nos levar a viver uma vida que agrade a Deus. Ele sabe como nos unir como uma família e nos tornar um povo com um só coração, cujo desejo profundo é amar as pessoas e agradar a Deus. Como discípulos de Jesus, precisamos pedir a Deus que coloque em nosso coração a mesma compaixão que permitiu ao Senhor olhar as pessoas, se identificar com os seus problemas e trabalhar diariamente para minorar e extinguir a dor, o cansaço e a solidão de cada uma delas. Que ele nos encha com a sua compaixão diariamente. E que esta compaixão seja demonstrada diariamente por meio de nossas palavras e nossos atos de amor pelas pessoas. Que sejamos pequenos pastores, cheios de compaixão, que conduzem cada pessoa ao verdadeiro pastor chamado Jesus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

terça-feira, 3 de março de 2015

Texto 083: LIÇÃO

E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 9:35

Os discípulos aprenderam na prática a serem dinâmicos. Jesus não tinha o hábito de permanecer muito tempo na mesma localidade. Ele percorria todas as cidades e aldeias. Localidades ricas e pobres eram visitadas pelo Senhor com o mesmo entusiasmo. Ele não fazia acepções de pessoas.Não as discriminava pela cor, religião, sexo, status ou localização geográfica. Para o mestre cada pessoa era alvo prioritário do amor de Deus e por esta razão ele percorreu todas as cidades e aldeias ao encontro destas pessoas. Ao invés de esperar estático em um lugar fixo, como um gabinete ou um templo, o mestre Jesus com todo vigor e dinamismo se lançava por vários caminhos com o propósito bem definido: pescar homens para Deus.

O Senhor utilizava alguns instrumentos para transmitir a mensagem de Deus. Ele ensinava na sinagoga, pregava o evangelho do reino e curava as moléstias e enfermidades do povo. Ele não ficava somente com a teoria, ensinando e pregando, mas também atuava de forma prática curando as doenças e moléstias do povo. O evangelho do reino sempre tem consequências práticas na vida daquele que crê na mensagem trazida por Jesus. Por isto, o texto afirma que Jesus ensinava, pregava e curava. A mensagem do evangelho do reino se materializava na vida das pessoas por meio das curas que Jesus realizava. Em nosso século, o verdadeiro evangelho deve também produzir mudanças reais, práticas e visíveis na vida de cada pessoa que crê em sua mensagem.

Por fim, é impossível ficarmos impassíveis diante do relato da vida e obra de Jesus. Precisamos ser motivados pelo exemplo deixado pelo mestre. Não podemos ser passivos e reativos. Precisamos ser ativos e proativos na transmissão do evangelho do reino. Precisamos deixar nossa zona de conforto e sair ensinando e pregando o evangelho em todos os locais que tivermos a oportunidade de visitar. A nossa mensagem precisa ser transmitida, conhecida e aplicada em cada vida que relaciona com nossa vida. Pois, fomos chamados para pescar homens. Fomos convocados para continuar a obra que Jesus começou. Mas, só poderemos fazer isto se nos movimentarmos por todas as cidades e aldeias, fazendo exatamente o que o mestre fez quando passou por aqui. Esta é a lição principal que ele deixou para nós.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

segunda-feira, 2 de março de 2015

Texto 082: SILÊNCIO

E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel. Mas os fariseus diziam: Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios.” Mateus 9:32-34

O ritmo de Jesus é intenso. Sua caminhada é de tirar o fôlego. As pessoas se dirigiam a ele em qualquer horário e em qualquer lugar. Cada pessoa levava um problema, uma questão, uma expectativa e um desejo no coração. A maior parte acreditava que ele de alguma forma mudaria a sua vida. Algumas pessoas chegavam com o pedido pronto. Outras eram indagadas por Jesus sobre a sua necessidade. Ele recebia e ouvia a todas, e sempre com um toque ou uma palavra expulsava a doença, repreendia o mal e trazia paz e consolo para o coração necessitado. Era normal para Jesus viver desta forma. Os seus discípulos aprendiam na prática o que tinham que fazer. As lições teóricas eram colocadas em prática todos os dias. A teoria era demonstrada intensamente pela prática. Os discípulos aprendiam intensamente.

Desta vez um homem mudo e possesso é levado até Jesus. Este homem, diferente de muitos, não podia expressar com palavras o que desejava. Também não tinha forças em si mesmo para ir até o mestre solicitar ajuda. Por isto, algumas pessoas compassivas levaram o homem até Jesus e provavelmente explicaram a sua necessidade. Não há registro do diálogo, mas o texto indica que Jesus expulsou o demônio e o homem falou. A incapacidade de falar era produzida pela influência do mal na vida daquele homem. Hoje, também, temos pessoas incapazes de pedir ajuda ou de sair do seu lugar em busca de Deus. Por isto, precisam ser levadas, conduzidas até o mestre. Os discípulos de Jesus precisam receber cada uma destas pessoas com a mesma autoridade do Senhor, repreender o mal e liberar a cura para delas. Fomos chamados para ser a voz dos oprimidos. Falaremos com Deus a respeito delas e as conduziremos para que sejam tocadas pelo Senhor.

A multidão ficou admirada e exclamou que nunca tinha vista algo semelhante naquele país. A ação do poder de Deus ainda tem maravilhado muita gente, hoje. Cada ato de amor praticado por um discípulo legítimo traz admiração aos olhos das pessoas. Isto acontece porque no século atual não é natural amar e demonstrar amor. Mas, os discípulos de Jesus não precisam agir conforme o século atual. Eles devem agir segundo o modelo do mestre. Os discípulos legítimos recebem as pessoas e mostram para elas o caminho da redenção que há em Jesus. Porém, isto pode trazer oposição e inimizade. Por isto, o texto também afirma que os opositores mentiram contra Jesus. Isto também acontecerá conosco. Muitos dirão que os nossos sinais são frutos de alguma magia, feitiçaria ou obra do demônio. Mas, isto não deve nos desanimar, precisamos libertar as pessoas do silencio interior e levar cada uma delas para um encontro com o Senhor, ainda que sejamos difamados. Quando conduzirmos elas a Deus, com certeza, serão libertas e com grande voz louvarão ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

domingo, 1 de março de 2015

Texto 081: CLAMOR

E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando, e dizendo: Tem compaixão de nós, filho de Davi. E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: Credes vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor. Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.E os olhos se lhes abriram. E Jesus ameaçou-os, dizendo: Olhai que ninguém o saiba.Mas, tendo eles saído, divulgaram a sua fama por toda aquela terra.” Mateus 9:27-31

Já afirmamos antes que Jesus em sua caminhada buscava pessoas, mas também falamos que muitas pessoas venciam obstáculos e saíam ao encontro do Senhor. Desta vez, dois cegos nos dão um belo exemplo, superam a sua limitação visual e seguem a Jesus. Eles não tinha pretensão de negociar a sua cura nem fazer uma troca de favores com Deus. Queriam apenas a compaixão do mestre Jesus, do filho de Davi. Isto demonstra que quando resolvemos seguir ao mestre Jesus, precisamos ter um coração humilde e quebrantado. Precisamos saber que não há nada que possamos oferecer. Quando nos aproximamos de Deus com nossos problemas, necessidades, solicitações e angústias, devemos entender que só a compaixão dele é suficiente para nos dar o consolo e a solução que precisamos. Apesar da sua cegueira, os dois homens seguiram a Jesus, se aproximaram dele e fizeram um único pedido: “tem compaixão de nós”. Esta deve ser nossa oração diária.

Mais uma vez, o mestre Jesus se apresentou como alguém acessível e disponível. Não rejeitou os homens porque eram deficientes. Pelo contrário, Jesus perguntou se eles criam que podiam ser curados da cegueira. Esta questão indica que se alguém deseja ser discípulo de Jesus precisa ter fé verdadeira e autêntica nele. Um discípulo precisa conhecer o poder, a autoridade e a vida do seu mestre. Como discípulo devo seguir ao mestre porque confio nele e sei que ele é capaz de me conduzir pelo caminho correto, ainda que eu seja cego. Mesmo que eu não enxergue, ele pode me conduzir. Os cegos demonstram que criam no Senhor e sem gaguejar responderam sim a pergunta que Jesus fez. Eles disseram: “sim, Senhor”. Eles reconheceram que Jesus era o Senhor. Este reconhecimento os colocou na posição de servos necessitados que dependem unicamente da compaixão do Senhor. Esta deve ser nossa posição diária.

Por fim, Jesus demonstrou compaixão por eles e os curou. Jesus tocou em seus olhos. Como discípulos precisamos tocar nas pessoas. Não temos a opção de ajudar as pessoas sem tocar nelas e nas suas vidas. Mais uma vez o mestre nos mostra que devemos demonstrar nossa compaixão pelas pessoas com nosso toque de amor. Os homens foram curados e saíram dando testemunho da mudança que Jesus operou. Como discípulos precisamos tocar nas pessoas e permitir que por meio de nosso toque de amor haja cura na vida delas. Somos instrumentos de Deus neste mundo. Cada pensamento, palavra e atitude que desenvolvemos em relação às pessoas que relacionam conosco devem ser totalmente preenchidas com amor e compaixão. Somos guias de cegos que precisam ter um encontro com o Senhor para começaram a ter uma vida nova cheia de luz. Que haja em nosso coração este desejo de tocar nas pessoas com compaixão e amor.  Esta deve ser nossa tarefa diária.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade".

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Texto 080: APROXIMAÇÃO

E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa; Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã. E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.” Mateus 9:20-22

Produzimos cada texto sobre a vida de Jesus com o objetivo de nos desafiar a viver uma vida plena e abundante diante de Deus. Cada texto precisa ser desafiador para nos tirar da zona de conforto e nos levar aos campos de batalha. Sair do nosso lugar e partir corajosamente em busca de pessoas carentes de amor não é uma tarefa fácil, mas é totalmente possível com a ajuda de Deus. Jesus sempre partiu com os seus discípulos em busca dos necessitados, mas em alguns momentos as pessoas também superavam seus obstáculos, enfrentavam seus desafios, ignoravam suas doenças e problemas e saiam corajosamente em busca de Jesus. Elas tinham coragem de buscarem a Jesus porque ele sempre as recebia com o coração aberto, olhar atento, ouvidos sensíveis e braços prontos para acolher. Ele representava o porto seguro para aqueles que se aproximavam dele. Os seus discípulos devem agir da mesma forma.

Neste texto, uma mulher que estava sofrendo a doze anos resolveu ir ao encontro de Jesus. Provavelmente, ela já havia buscado a solução em outros lugares, mas agora como último recurso ela buscou o auxílio e a cura em Jesus. Ele foi tocado por ela. O toque dela tinha algo especial. Foi um toque misturado com esperança, fé e humildade. Ela percebeu que poderia tocar no mestre. Ela entendeu que não seria desprezada e deixou de lado a vergonha e o medo. Nós, discípulos de Jesus, precisamos estar disponíveis para que as pessoas nos toquem. Não devemos construir muros de separação ou discriminação. Pelo contrário, somos desafiados a construir diariamente pontes de reconciliação, de cura, de perdão, de amizade e amor. Cada pessoa que relaciona conosco precisa ter a certeza de que estamos abertos para sermos tocados. Devemos desejar ser tocados para que o amor do Senhor seja demonstrado por meio de nossas palavras e ações.

Assim que o Senhor sentiu o toque, ele se aproximou da mulher e com poucas palavras promoveu a cura e a libertação dela. Ele se aproximou com amor, atenção, empatia e respeito. Ele não a desprezou. Antes, a considerou como alguém importante, valorizou a fé dela e promoveu a sua entrada no reino de Deus. Esta também é a nossa missão. Precisamos nos aproximar das pessoas que nos tocam e com nossas palavras e atitudes promover a inclusão de cada uma delas no reino de Deus. O evangelho é prático e por isto precisa ser praticado e desenvolvido em nossos relacionamentos. Não devemos ter medo de sermos tocados. Não devemos ter medo de nos aproximar dos carentes e necessitados. Pelo contrário, precisamos ser discípulos autênticos e com amor constante e diário promover a aproximação de cada pessoa a Deus. Que o Senhor nos ajude a sermos tocados pelos carentes e que ele nos dê um coração dilatado para que nos aproximemos com amor de cada uma das pessoas que nos tocam.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 137 : POSIÇÃO

  “ Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com ju...