sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Texto 018 : MANSIDÃO

"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;". Mateus 5:5

Diante da agitação mundana, descontentamento político, incerteza econômica, distorção dos valores morais e outras angústias modernas, somos desafiados pelo mestre Jesus com a proposta de praticarmos a mansidão. Parece um desafio impossível! Mas, na verdade a prática da mansidão leva o nosso coração para mais perto de Deus e tranquiliza a nossa alma diante das tempestades da vida. A mansidão pode ser entendida como qualidade daquele que pratica a ternura, o domínio próprio e o cuidado com outras pessoas diante de situações de crise.

Por isto, considero uma tarefa bem difícil de ser praticada. A prática da mansidão exige que sempre tenhamos a nossa mente repousada na esperança do cuidado e misericórdia de Deus. Isto significa que ao invés de enxergarmos as pessoas como adversárias, o sistema político como a raiz de tudo de ruim que acontece, a crise econômica com o fim do mundo, as doenças modernas como males incuráveis, enxergaremos o cuidado, a proteção de Deus sobre nossas vidas e a expressão incondicional de seu amor. Com esta atitude interior levaremos nossa alma a praticar a ternura, o domínio próprio e a mansidão diante de quaisquer situações.

O texto afirma que os mansos herdarão a terra. O verbo herdar neste contexto indica que as pessoas que praticam a mansidão terão a capacidade de orientar, guiar, influenciar as demais pessoas que vivem na terra. Poeticamente, os mansos serão os “donos” da terra. Não terão posse da terra, não serão proprietários do espaço terrestre, mas serão os guias que, de forma prática, demonstrarão com a sua própria vida como agir diante de um mundo tão conturbado e cheio de problemas tão difíceis. Os mansos não usarão de violência, engano, desprezo, preconceito e egoísmo, mas usarão ternura, empatia, compaixão, altruísmo, fé, esperança e sobretudo amor em seus relacionamentos diários, para transformar a realidade que os cercam e assim estabelecer o reino de Deus em sua vida e na vida das demais pessoas.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 017: COMPAIXÃO

"Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;" Mateus 5:4

A expressão parece contraditória ao afirmar "felizes os que choram, porque serão consolados". Porém, a questão que deve ser considerada é o tipo de choro que nos traz a garantia de consolo. É possível chorar por nossos problemas ou por problemas alheios, o choro pode ter motivo egoísta ou altruísta, o choro pode ser baseado em propósitos terrenos ou celestiais. O desafio é chorar pelo motivo certo, baseado na motivação correta e com o coração posicionado da mesma forma que o coração do mestre se posiciou ao chorar.

Nas escrituras temos dois relatos que demonstram que Jesus chorava também. O primeiro ocorre quando diante do túmulo de Lázaro, seu amigo, ele chora ao ver a multidão incrédula diante da possibilidade do poder de Deus trazer à vida novamente um homem morto. O segundo acontece quando ele olha para Jerusalém e se lamenta porque aquele povo não perceberia a preciosidade da mensagem, da boa notícia que estava sendo trazida para ele. Podemos notar que o mestre sempre chorava por causa da incredulidade de outras pessoas. Parece que este motivo é nobre e realmente causa uma grande tristeza no coração daquele que já conhece a Deus. A incredulidade é algo triste porque afasta do homem a possibilidade de se relacionar com Deus e experimentar a vida abundante que Deus preparou.

Sendo assim, devemos realmente chorar pelas pessoas que ainda vivem deprimidas, desesperadas, tristes, sem direção, angustiadas e sem perceber que há um Deus que as ama e que já fez tudo para abrir uma porta de acesso à ele. A incredulidade nos leva a chorar porque amamos muita gente e desejamos que cada uma das pessoas que se relaciona conosco conheça o nosso Deus da forma como o conhecemos. Diante disto, temos a palavra de consolo que nos diz que seremos consolados. Posso imaginar que depois de muito choro teremos a satisfação de ver muitos que amamaos se renderem diante de Deus e iniciarem um relacionamento eterno com ele. Acredito que esta será a nossa consolação. Que o Senhor nos ajude a chorar pelos motivos corretos e a aguardar nele a verdadeira consolação.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade"

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Texto 016: HUMILDADE



"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;"  Mateus 5:3

Jesus inicia seus ensinamentos falando sobre algo bem difícil de ser praticado: a humildade. A expressão "pobres de espírito" pode ser entendida também como "humildes de espírito". Acredito que era importante começar por este tema porque o coração do aprendiz deve ser cheio de humildade e vazio de si mesmo para que os ensinamentos encontrem local para serem armazenados e praticados. A pobreza de espírito é uma qualidade daquele que reconhece que não é suficiente em si mesmo, que não sabe tudo, que é um aprendiz, que precisa receber coisas novas para seguir em frente e que está em processo contínuo de construção e crescimento.

A humildade de espírito nos leva a reconhecer a nossa pequenez diante do caráter e vida do mestre. Esta atitude ou qualidade não é simples de ser praticada e mantida porque no presente século somos diariamente motivados a postar publicações que nos exaltem, que nos engrandeçam, que mostrem o nosso lado bom e que esconda todas as nossas carências e necessidades. A necessidade de ser reconhecido e aceito leva a pessoa a praticar a auto exaltação e criar uma imagem de autossuficiência. Por esta razão, a humildade não é bem vista no meio social. Ser humilde parece que está fora de moda. Porém, a primeira qualidade que nos aproxima de Deus é a humildade. E por esta razão, Jesus iniciou seus estudos falando sobre este tema e praticando a humildade.

Jesus tinha autoridade para falar sobre humildade porque ele mesmo deixou a glória celestial e se tornou homem. Um rei eterno tornou-se um simples mortal nascido em um estábulo para demonstrar que só podemos nos aproximar de Deus quando assumirmos a nossa profunda necessidade de sermos preenchidos por Deus, ao mesmo tempo em que reconhecemos que não há nada de bom em nós que não tenha sido produzido pelo próprio Senhor. O primeiro passo para recebermos em nós a vida de Deus é reconhecer que ele é tudo e nós não somos nada. Não há nada que possamos oferecer a ele que não tenhamos recebidos dele. Não há sabedoria, inteligência, força ou vida em nós que não tenham sido gerados por ele. O coração humilde é o terreno fértil que Jesus deseja encontrar para que os ensinamentos sejam plantados e o amor, que é fruto direto do ensinamento, seja diariamente praticado. O reino dos céus, que está também na terra, é formado por humildes de espírito que precisam diariamente serem cheios de Deus.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade"

Texto 015: ENSINO

"E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:" Mateus 5:1-2

Daqui pra frente, segundo o relato bíblico, Jesus iniciará a transmissão oral dos seus ensinamentos. Sabemos que será um ensino teórico-prático. Cada coisa dita, na medida do possível, será demonstrada de forma prática durante os três anos de convivência de Jesus com os seus discípulos. O ensino será proferido em vários lugares e em situações diversas da vida em comunidade. Na verdade, o ensino só tem valor quando é praticado, vivido e experimentado pelo aprendiz.

No texto notamos que o mestre senta para ensinar. Isto revela a atitude de um verdadeiro professor que se assenta para que não pareça superior, que se nivela para não exibir uma hierarquia e que desfruta do mesmo conforto que os seus ouvintes experimentam. Jesus nos ensina que o primeiro passo para se ensinar a alguém é assumir uma posição de igualdade com aquele que irá aprender. Não é necessário trajes especiais, palavras difíceis, boa oratória, posição elevada, mas é necessário em primeiro lugar um coração humilde que se iguala em posição àquele que ainda está aprendendo. O texto revela que quando Jesus se assenta então os seus discípulos se aproximam dele. Acredito que precisamos nos assentar no mesmo nível que os nossos aprendizes para que possamos transmitir de forma prática e real a mensagem do evangelho que mudou nossas vidas.

Por fim, o texto fala que Jesus abrindo a sua boa, os ensinava. Não abria a boca para criticar, maldizer, humilhar ou rebaixar os aprendizes. Ele abria a boca para proferir os valores divinos e os aspectos práticos do evangelho do reino. Nos próximos textos, experimentaremos gradativamente o que Jesus ensinou neste monte. São ensinamentos que atravessaram os séculos e ainda hoje são atuais e úteis para nos tornar legítimos cidadãos do reino dos céus e autênticos filhos de Deus. Veremos nos próximos textos que o ensino era prático e o valor transformador do ensino se concretiza somente com a prática. Desta forma, não adianta decorar e recitar os ensinos do mestre, mas sentar em silêncio ao lado dele para ouví-lo e imediatamente sair para praticar cada ensino transmitido.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade"

sábado, 8 de novembro de 2014

Texto 014: ENVOLVIMENTO

"E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." Mateus 4:23

Depois de convocar alguns discípulos, Jesus iniciou o trabalho como pescador de homens. Jesus se movimentava por toda a comunidade. Ele não ficava parado. Segundo o texto ele percorria toda a Galileia realizando três ações fundamentais: ensinava, pregava e curava o povo. As ações citadas exigia do Mestre um envolvimento com o intelecto, alma, espírito e corpo de cada pessoa. A expressão  "toda a Galiléia" indica também que nenhuma pessoa era excluída pelo Mestre. Todas eram alvos potenciais de seus atos de amor que eram expressados de forma prática pelo ensino, pregação e cura.

O ensino do mestre tinha como objetivo demonstrar que a palavra escrita de Deus foi projetada para produzir um efeito prático na vida de cada pessoa. Sendo assim, Jesus demonstrava às pessoas como praticar a palavra escrita nas relações diárias e nas atividades mais simples da vida. A pregação trazia uma mensagem clara vinda dos céus de que o Reino de Deus seria implantada na vida de cada homem que desejasse se tornar dependente de Deus. A mensagem pregada afirmava que existia um reino melhor cmo valores e leis baseadas no amor e na liberdade que o próprio Deus planejou para a vida do homem. Por fim, a cura revelava que Deus se preocupa com todas as nossas necessidades. Ele não deseja apenas motivar nosso espírito, alma e intelecto, mas nosso corpo físico também é alvo do seu amor.

Diante deste exemplo notável de demonstração prática de amor de Jesus, devemos pedir a Deus que nos mova pela nossa "Galileia" em busca de pessoas que necessitam conhecer o grande amor de Deus. Devemos suplicar ao Senhor que nos encha com o seu amor para que de forma simples possamos ensinar, pregar e curar cada pessoa que tiver a oportunidade de ter um relacionamento conosco, mesmo que este relacionamento seja rápido e aconteça somente em um momento específico de nossa vida. Ser pescador de homens é realizar com amor estas três ações básicas: ensinar, pregar e curar. Deus deseja nos capacitar a realizar estas tarefas tão nobres em favor da demais pessoas, porque Ele é amor e os seus discípulos que pescam homens precisam ter os corações cheios de amor também.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade"

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Texto 013: CHAMADO

"E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no." Mateus 4:18-20

O mestre iniciou seu trabalho de espalhar a boa notícia a respeito da chegada do reino dos céus e decidiu fazer isto junto com outras pessoas. Desde o começo ele procura homens ocupados, batalhadores, simples e que já possuem alguma responsabilidade na vida terrena. Pedro e André, pescadores que estavam na lida diária, batalhando pelo seu sustento, foram chamados enquanto estavam trabalhando. O chamado é um privilégio e junto com o chamado há uma responsabilidade envolvida: pescar, resgatar, restaurar e salvar outras pessoas.

A condição para o cumprimento eficaz do chamado é bem simples: seguir a Jesus. A ordem "vinde após mim" revela que eles deveriam se espelhar no modo de viver e de ser do mestre. Só por meio da imitação prática do exemplo deixado pelo mestre poderiam ter êxito na tarefa de pescar outros homens para o reino de Deus. Olhar para Jesus e imitá-lo em suas palavras e ações é suficiente para fazer do mais simples pescador um excelente ganhador de vidas para o reino dos céus. Eles não foram chamados para formar uma religião ou organização, mas para seguirem o mestre e serem como ele, e por consequência trazerem outras pessoas para o reino de Deus.

Eles entenderam e aceitaram o chamado. Por isto, deixaram de lado a pescaria e a ocupação mundana para exercerem uma melhor tarefa. Isto demonstra que compreenderam a importância da missão para que foram chamados. O sustento e o trabalho terreno são importantes, mas aqueles homens perceberam que o chamado de Jesus trazia uma tarefa mais importante: resgatar vidas atribuladas, deprimidas, abandonadas e sem esperança, para o reino dos céus. No presente século, o Senhor continua fazendo o mesmo chamado para nós. Como discípulos modernos precisamos seguir o mestre para que nos tornemos legítimos pescadores de almas. Que os nossos pensamentos, palavras e ações sejam usados pelo Senhor para resgatar outras vidas para o reino de Deus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Texto 012: NOTÍCIA

"Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus." Mateus 4:17

Jesus inicia seu ministério terreno com uma boa notícia: é chegado o reino dos céus. Finalmente, o governo segundo o modelo idealizado por Deus poderá ser implantado na vida do homem. A humanidade tem agora a oportunidade de ser guiada pelo Criador em seus negócios e em suas decisões. O homem não precisa mais viver com medo e sem esperança, porque agora o próprio Todo-Poderoso faz questão de ser parceiro, companheiro e líder do homem em sua jornada temporal, e mais além eu sua jornada eterna.

Porém, junto com a boa notícia vem também um apelo: arrependei-vos. O ser humano precisa dar meia volta e mudar de atitude interior para perceber que sem a direção divina não é possível caminhar pela melhor estrada. Chegou a hora de renunciar o auto-governo e permitir que Aquele que tudo conhece dê opiniões, direções e mandamentos amorosos para que a trilha terrestre tenha um objetivo e ser percorrida da melhor maneira. Aì está o desafio: deixar de ser independente e tornar-se dependente dos conselhos de Deus. Isto é arrependimento.

Poderíamos traduzir a mensagem de Jesus da seguinte maneira: deixe de serem independentes de Deus e dependam completamente dele para que o reino dos céus seja implantado no corações de vocês. Desta boa notícia podemos concluir que Deus deseja implantar em nós os seus valores, conceitos e padrões para que sejamos legitimados com seus filhos e cidadãos celestiais. Mas, precisamos voluntariamente desejar isto. Não é algo forçado ou imposto, mas é uma decisão baseada no amor e na fé que tenho nele. Certos disto, podemos nos arrepender e permitir que ele implante o reino dos céus dentro de nós. A partir daí seremos pessoas que expressam a vida e o caráter de Deus em qualquer local que estivermos.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade"

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Texto 011: BATALHA

"Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam." Mateus 4:11

Em alguns trechos bíblicos aparecem algumas palavras que representam aquele que tenta fazer oposição a Deus: satanás, diabo, demônio, etc. E também há muitos mitos ao redor desta personagem bíblica. O mais importante nisto é reconhecer que o mal existe, que ele nos tenta, que ele deseja nos afastar de Deus e que ele se esforça para explorar nossas fraquezas e destruir nossa fé em Deus. Isto fica bem claro no texto que apresenta a tentação sofrida por Jesus. O inimigo explorou sua necessidade física, sua necessidade de amparo e proteção e por fim tentou induzir Jesus a receber glória e poder terrestres.

Atualmente os homens são tentados da mesma forma. Precisam de pão, amizade, segurança, reconhecimento, amparo, status, dinheiro e poder. Muitos conseguem estas coisas em troca de sua declarada renúncia ao amor de Deus. Jesus, como nosso modelo, ensina que a presença de Deus e amizade de Deus superam e suprem todas as nossas necessidades físicas, emocionais, intelectuais, sociais e espirituais. Para sermos felizes não precisamos receber coisas materiais ou bençãos, mas precisamos apenas da certeza da presença do amor de Deus em nossas vidas.

Por fim, o texto afirma que o mal deixou Jesus em paz e chegaram os anjos para prestar um serviço a ele. Já experimentei isto algumas vezes em minha vida. O mal chega com toda a força e nos deprime, nos desencoraja, nos enfraquece e tenta desanimar a nossa fé em Deus. Mas, ao final, depois de muita resistência e pedidos de ajuda a Deus saímos vitoriosos e os anjos aparecem com o cuidado e consolo de Deus para nos reanimar e nos fortalecer para enfrentar novos desafios e tentações. Por isto que a oração modelo tem uma súplica: "não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do mal". Esta súplica deve ser diária e constante em nossas vidas. E junto com a súplica temos a certeza de que venceremos o mal e o próprio Deus nos consolará durante e após a batalha.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade"

Texto 010: NEGÓCIO

"Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." Mateus 4:8-10

Há um ensino que afirma que o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males. Esta verdade é válida para as sociedades de todas as épocas. Sempre foi assim. Todas as guerras, inclusive as religiosas, foram motivadas pela cobiça de terras, riquezas e poder. A flora e a fauna estão sendo dizimadas e algumas espécies já sofrerão extinção e algumas estão ameaçadas ao desaparecimento total. Até povos inteiros já desapareceram e traços culturais foram perdidos para sempre porque os homens colocaram a aquisição de riquezas como seu foco principal. Mas, será que acumular riquezas é o propósito verdadeiro da nossa existência.

Notamos no trecho que o tentador oferece a Jesus toda a glória de todos os reinos terrestres em troca de adoração. De pronto, o Senhor Jesus recusou e reafirmou que o único que pode ser adorado e servido é o Criador, o Senhor nosso Deus. O fato interessante é que Deus nunca ofereceu isto ao homem em troca de adoração. A adoração a Deus é algo voluntário, motivado pelo amor e sem desejar nada em troca. A verdadeira aproximação do homem com Deus não é uma base para se fazer um negócio. Não adoro a Deus porque desejo riquezas, poder, saúde, status, honra e vida. Não adoro a Deus porque desejo me dar bem. Adoro a Deus porque tenho certeza do amor dele por mim e por esta razão também desejo demonstrar meu amor por ele. 

Há muitos ensinamentos que induzem ao homem se aproximar de Deus em busca de algum interesse pessoal. Mas o fato é que Deus não deseja isto. Meu relacionamento com Deus não deve ser estabelecido como um negócio. Pelo contrário, me aproximo dele porque confio nele, acredito em seu amor e desejo de todo o meu coração gastar cada minuto de minha vida para expressar o amor que sinto por ele a outras pessoas. Não preciso receber bençãos, favores ou bens para que o ame. Amo-o incondicionalmente porque é deste jeito que ele me ama. Desejo dar tudo que tenho para ele, inclusive a minha vida, sem receber nada em troca, porque só o amor dele me basta.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 009: PROTEÇÃO

"E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus." Mateus 4:6-7

Será que o Criador realmente se preocupa comigo? Será que é possível que ele me dê uma atenção singular e me proteja de todas as adversidades? Será que a proteção dele e o amor que ele tem por mim são constantes e permanentes? São perguntas que tocam em nossa necessidade de proteção e aceitação. O tentador desafia Jesus e propõe que algo errado seja feito para acionar, instantaneamente, o livramento e providência de Deus. A proposta diz: faça algo errado contra sua própria vida porque Deus mandará anjos para te ajudar e você não sofrerá mal algum. 

Mas, será que preciso fazer algo de ruim contra mim para que Deus demonstre seu amor e cuidado? É lógico que não! Não preciso fazer birra ou ameaçar a minha vida para chamar a atenção de Deus. Ele não reage às minhas tolices, chantagens e meninices para demonstrar o seu amor e cuidado por mim. Ele sempre nos protege, mesmo quando não pedimos, mas de modo algum ele espera que façamos um mal contra nós mesmos para que se apiede de nós e nos ajude. Ele se importa com cada criatura, desde o pequeno pássaro a uma grande baleia. Então, ele também se importa conosco e faz questão de demonstrar esta proteção e cuidado diariamente.

De forma sábia, Jesus responde ao tentador: não preciso tentar o Senhor, sei que ele me ama e não preciso coagir a Deus para experimentar o seu cuidado e amor. Não colocarei Deus na parede para que ele expresse seu cuidado por mim, porque sinto o cuidado dele em todos os momentos de minha vida. Por esta razão, ficarei quieto e em paz esperando por ele, porque sei que ele sempre vem ao meu encontro com a sua boa, perfeita e agradável vontade.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 008 : SOLUÇÃO

"E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Mateus 4:3-4

Somos tentados diariamente durante nossa curta jornada terrestre. Sempre que surge um problema na vida, normalmente, nossa primeira reação é buscar um método humano e quem sabe "mágico" para resolver a dificuldade enfrentada. Na verdade, é bem difícil parar diante de uma situação adversa e consultar a Deus. Isto acontece porque acreditamos que talvez seja mais rápido usar nossa técnica, conhecimento, dinheiro, posição social ou qualquer outro recurso a nossa disposição para nos livrar rapidamente do problema. Não queremos aprender com a experiência vivida, queremos viver sem obstáculos ou dificuldades.

No trecho bíblico apresentado o tentador tenta induzir a Jesus a se livrar rapidamente do problema usando sua posição de Filho de Deus. Se Jesus fizesse isto, não teria demonstrado como devemos fazer para confiar no Pai Celeste diante das adversidades. Porém, o Senhor Jesus repete um ensino do Velho Testamento e afirma que só a palavra que sai da boca de Deus pode trazer solução e vida para o homem. Diante desta afirmação, Jesus baseia a solução para a sua fome, para os seus problemas, para a sua dificuldades, para as suas tentações no poder da palavra que sai da boca de Deus. Palavra é sinônimo de promessas, de leis, de valores, de propósitos divinos preparados pelo próprio Deus.

Este ensino deve ser real em nossas vidas diariamente quando os problemas, provações ou tentações surgirem. Precisamos sempre nos apegar à palavra de Deus e buscar nela o caminho que devemos trilhar para realizarmos em nossa vida aquilo que o próprio Deus planejou. Não quero dizer que não teremos problemas, mas afirmo que a palavra de Deus escrita em nossos corações nos capacitará a passar pela dificuldade com a cabeça erguida e convictos de que a experiência vivida nos trará vida e nos aproximará de Deus. 

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 007: POSIÇÃO

'Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?' Mateus 3:13-14

João foi convidado a batizar Jesus, mas logo reconheceu que a posição estava invertida. Na verdade João precisava ser batizado por Jesus, porque Jesus é o Senhor e João é o servo. Isto demonstra um coração humilde que já aprendeu a não se exaltar diante de Deus. Isto, também, revela um coração que deseja desaparecer para que Deus apareça.

Reconhecer a posição diante da presença divina é uma das mais poderosas demonstração de um coração humilde e nobre. João usa o verbo carecer para revelar a profunda necessidade que tem de ser batizado por Jesus e receber em si mesmo a vida de Jesus para moldar nele o caráter de Deus. João reconhece que não possui nada para ser digno de batizar Jesus, mas demonstra uma real necessidade de ser batizado pelo Mestre.

Os discípulos devem reconhecer em todo o tempo que Jesus é aquele que batiza, que mergulha cada um deles no próprio Deus. Os discípulos verdadeiros sempre se aproximam com este coração: "eu careço de ser batizado por ti". Que desejemos diariamente sermos batizados, mergulhados na vida de Deus para que ocupemos a posição que ele reservou para nós.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 006: PRESENÇA

"E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo." Mateus 3:16-17

Jesus foi batizado por João antes de iniciar seu ministério de amor. Ele fez isto para dar exemplo e também para indicar que o cordeiro tem que ser lavado antes do sacrifício. O batismo também serviu para ratificar que Deus e o Espírito Santo estavam de acordo com a vida de Jesus. Por isto o texto afirma que o Espírito de Deus desceu sobre ele e o próprio Deus afirmou que Jesus é o filho amado dele.

Diante deste exemplo, podemos entender que somos batizados porque decidimos nos arrepender de uma vida de independência e agora queremos ser lavados para que o Espírito de Deus repouse sobre nós e Deus nos confirme como seus filhos. A partir desta decisão estaremos prontos para iniciar nosso ministério de amor à semelhança de Jesus.

Por fim, entendemos que qualquer iniciativa de amor em favor de outras pessoas devem ser precedidas do arrependimento de uma vida de independência de Deus e da presença do Espírito de Deus em nossas vidas. Precisamos do caráter e da vida de Deus sobre nós para que sejamos capazes de amar as pessoas integralmente e oferecer nossas vidas em favor delas.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade"

Texto 005: MENSAGEM

"E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus." Mateus 3:1-2

Alguns anos após o nascimento de JESUS, seu primo João Batista iniciou um trabalho solitário no deserto com uma mensagem bem objetiva e direta: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". A mensagem não traz palavras difíceis, não caracteriza um discurso eloquente de um orador profissional, não tenta conduzir pessoas à decisões baseadas em emoções, mas aborda de maneira bem simples dois pontos fundamentais: o arrependimento do homem e a chegada do reino dos céus. 

Apesar de terem passados dois mil anos, nada mudou na mensagem. O homem precisa se arrepender, mudar de atitude interiormente, deixar o caminho da independência de Deus, reconhecer que não dá conta sozinho, perceber que o fardo é muito pesado e aceitar que precisa de ajuda do próprio Criador. Só depois desta atitude interior que sempre é expressada por atos de amor e bondade em relação ao próximo é que o reino de Deus chegará para cada um de nós. 

Diante disto, podemos concluir que o arrependimento é a condição e a principal atitude que pode trazer o reino de Deus para dentro de nós. O reino de Deus é o motivo que deve nos conduzir ao arrependimento. A mudança de caráter e atitude que é gerada pelo arrependimento permite que o próprio Deus seja o nosso rei e estabeleça o seu reino dentro de nós. Como eu peco todos os dias, então me arrependo todos os dias, para que ELE seja meu rei e estabeleça seu reino em mim todos os dias.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

Texto 004 : PRESENTES

"E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra." Mateus 2:9-11

É muito difícil pensar que seja possível oferecer algo àquele que criou todo o universo, visto que ele mesmo é o autor, criador e sustentador de todas as coisas. Porém, os magos se arriscaram nesta empreitada e percorreram um longo caminho para presentearem o filho de Deus.

Quando avaliamos a nossa vida com sinceridade e sem hipocrisia percebemos que tudo que temos foi nos dado de presente. Não foi o nosso esforço, conhecimento, emprego ou grau de estudo que nos proporcionou o que temos, mas a vida que DEUS colocou gratuitamente dentro de nós é que gerou a possibilidade de possuirmos dons, bens, riquezas, amigos, família e esperança. Parece que os magos sabiam disto e por esta razão se esforçaram para expressar este sentimento de gratidão por meio de presentes.

Os magos do texto, com certeza, sabiam que tudo que possuíam era uma dádiva do Criador, mas mesmo assim ofereceram ao rei Jesus aquilo que eles tinham de precioso: ouro, incenso e mirra. Em nossos dias muitos desejam se aproximar de Deus para receber algo dele, mas estes homens percorreram um longo caminho para entregarem a Deus aquilo que era precioso para eles. Que o Senhor nos ajude a ter um coração que deseja se aproximar dele para oferecer o que temos de precioso: a nossa vida!

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade"

Texto 137 : POSIÇÃO

  “ Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com ju...