sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Texto 062 : FRUTO

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:15-20

Atualmente, muitos se autodenominam discípulos de Jesus ou cristãos. E por isto, cada dia fica mais difícil identificar quem realmente é um seguidor de Jesus e quem está apenas usando o nome de Cristo para promoção pessoal, ou obtenção de dinheiro, status e poder. Os falsos são muito parecidos com os verdadeiros. Por isto, o Senhor diz que eles parecem ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Jesus sabia que os falsos profetas surgiriam e por isto orientou aos seus discípulos que ficassem prevenidos contra eles. O falso profeta é alguém que não obedece ao Senhor e mesmo assim anuncia o evangelho para ter lucro, status ou poder. Pode ser também alguém que anuncia a mensagem do evangelho de forma distorcida com objetivos malignos, desonestos, impuros, mentirosos e interesseiros. Em resumo, os falsos trabalham para desvirtuar a verdadeira mensagem e o propósito do evangelho. Enquanto o evangelho trabalha para aproximar o homem de Deus por amor, o falso evangelho tenta aproximar o homem a Deus por interesse material e mundano. Esta é a marca do falso.

O Senhor entende como é difícil identificar os falsos e deu uma dica preciosa para facilitar isto. Ele afirma que os frutos identificam o tipo de árvore. Uma árvore benigna não pode produzir malignidade ou maldade. Da mesma forma uma árvore maligna não pode produzir atos cheios de bondade e amor. O mal não produz o bem, nem o bem produz o mal. Os frutos produzidos por um legítimo discípulo de Jesus, um legítimo profeta, produz amor, bondade, alegria, domínio próprio, moderação, fé, paz e toda a sorte de pensamentos, palavras e atos recheados de amor. O verdadeiro enviado de Deus doa a sua vida sem interesse, ama sem desejar retribuição e obedece ao Senhor com alegria e prazer. O falso profeta, ou falso discípulo, sempre traz ódio, separação, tristeza, egoísmo, incredulidade, descontrole, depressão e outras coisas ruins que diminuem o valor do homem e levam o homem para longe de Deus. Diante disto, precisamos discernir o caráter da pessoa e o caráter de sua mensagem para identificar se ele é um verdadeiro ou um falso. A marca do verdadeiro é o amor.

Jesus afirma que os falsos, no final, serão removidos da mesma forma que uma árvore infrutífera é tirada pra que uma árvore boa seja colocada no lugar. Diante disto, quero tocar em um ponto mais importante: somos discípulos e profetas verdadeiros ou somos falsos? Talvez, esta pergunta seja mais importante para nossas vidas, do que ficar apontando o dedo para outros e julgando os demais como falsos. Tenho aprendido que nesta confusão toda o que importa é o quanto eu sou verdadeiro. Não importa as trevas que me rodeia, mas importa o quanto brilho diante das trevas. Por esta razão, cada discípulo deve ser uma árvore boa plantada por Deus que produz em sua vida todo bom fruto que é gerado por Deus. Nós precisamos ser verdadeiros em pensamentos, palavras e ações, mesmo que a maioria que vive conosco seja falsa. Nós precisamos produzir os bons frutos do Espírito Santo em todos os nossos relacionamentos, mesmo que os demais não produzam. Nós devemos conquistar outras pessoas para Deus vivendo uma vida excelente e santa, mesmo que a vida dos demais seja impura e indigna. Nós, verdadeiramente, precisamos ser ovelhas e não lobos. Se fizermos o que o Senhor nos ordenou sem acrescentar ou tirar seremos legítimos profetas de Deus e conquistaremos outras pessoas para o reino dele com um legítimo amor. Na verdade o amor é o único fruto que importa. Todos os demais são gerados pelo amor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Texto 061 : PORTA

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." Mateus 7:13-14

A capacidade de tomar decisões e fazer escolhas é uma das características primordiais do ser humano. Deus, desde o início, capacitou o homem com o livre arbítrio para permitir que cada pessoa fosse totalmente responsável pelas suas escolhas e pelas consequências geradas por elas. Jesus usa a figura da porta para ilustrar o direito do homem de fazer o seu próprio caminho. Deus é tão bom que permite ao homem escolher por onde deseja andar. Muitas vezes, o homem não escolhe a melhor opção, mas Deus respeita à sua escolha. Mas, junto com a escolha vêm os benefícios ou os prejuízos produzidos por ela. Neste ensino de Jesus, a porta representa o acesso para algum lugar, para um caminho, para uma trajetória, para uma caminhada terrena e espiritual. Ele usa a expressão “entrai pela porta estreita” para expressar a opinião dele sobre o melhor caminho. Deus permite que façamos nossa escolha e se reserva o direito de nos dar dicas sobre a melhor opção. Na opinião dele a melhor escolha é a porta estreita.

O Senhor ensina que a porta larga leva a um caminho espaçoso que conduz à perdição. Entrar pelo caminho espaçoso é mais fácil. Por isto a porta é larga. O caminho espaçoso representa uma trilha de independência de Deus. Nesta trilha o homem vive de acordo com as suas paixões e desejos, satisfazendo suas intenções boas ou ruins. Os que aderem este caminho não se preocupam com os pensamentos de Deus, nem com os valores e princípios divinos. Buscam apenas o prazer momentâneo e temporário. Vivem como se a vida se resumisse apenas a este curto tempo terreno. O Senhor afirma que o caminho espaçoso é a escolha da maioria. Este caminho representa uma vida de pecados, sem arrependimentos ou mudanças. Não é uma boa escolha. No final só há solidão, trevas e morte. É um caminho que leva o homem para longe de Deus. A marca deste caminho é a independência de Deus e de qualquer autoridade instituída por ele. O fim desta trilha leva o homem à perdição.

Porém, há o caminho apertado cuja porta é estreita e leva à vida. Passar por esta porta é uma tarefa mais difícil. Esta porta representa a entrada para o reino de Deus. O caminho apertado simboliza uma trilha de dependência de Deus. A pessoa que trilha este caminho, antes de passar pela porta, renunciou à sua própria vida, se arrependeu sinceramente dos seus pecados e solicitou humildemente que Deus a conduzisse pela jornada. O legítimo discípulo escolhe este caminho. É um caminho de desafios e obstáculos. Neste caminho terei que lutar contra mim mesmo todos os dias para ensinar a minha alma a depender de Deus. Mas, é um caminho de alegria, paz e amor. Um discípulo percorre esta trilha com alegria ao invés de tristeza, em companhia de Deus ao invés de sozinho, em boa luz ao invés de trevas, cheio de vida ao invés de morte. Neste caminho somos conduzidos por Deus a realizar todo o bom projeto que ele idealizou para nossa vida. Apesar das dificuldades enfrentadas, este é o caminho predileto de Deus para as nossas vidas. O fim desta trilha leva o homem à vida eterna.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Texto 060 : EQUIDADE

"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas." Mateus 7:12

Há uma regra fundamental que auxilia a manter a qualidade dos relacionamentos entre as pessoas. Alguns a chamam de “regra de ouro”. Esta regra afirma que só devemos fazer com os outros aquilo que desejamos que os outros façam conosco. Isto nos ensina a pensar em coisas boas, falar sobre coisas boas e praticar coisas boas, se desejamos que outros sigam o nosso exemplo. Aprendemos com este ensino que é natural desejar que as outras pessoas ajam de forma correta conosco. Não queremos ser maltratados, desprezados, humilhados ou desconsiderados por outros. É lógico que desejamos que as pessoas que relacionam conosco demonstrem consideração pela nossa vida e sejam éticas e corretas quando fizeram algo para nós ou por nós. Isto é um desejo legítimo. Mas, sabemos que muitas pessoas pisam na bola e não nos tratam de forma digna e leal. Nossa primeira reação é tentar corrigir esta pessoa com palavras e sermões. Porém, o Senhor Jesus ensina outra maneira: devemos fazer aos outros  em primeiro lugar tudo aquilo que desejamos receber deles.

O Senhor afirma que se almejamos que as pessoas nos tratem bem, precisamos primeiro tratá-las bem. Se quisermos que sejam honestas conosco, então, precisamos ser honestos com elas em primeiro lugar. Note que não há uma garantia de que sejamos tratados da mesma forma que tratamos os outros. Mas, há um princípio que diz que as nossas atitudes são a nossa mensagem. Significa que aquilo que desejo que façam comigo, devo ser o primeiro a fazer. O alvo de cada discípulo é ser um modelo para as demais pessoas da mesma forma que Jesus é o modelo para os seus discípulos. Por isto, se desejo que não mintam para mim, então, não devo mentir. Se desejo que cumpram a palavra comigo, devo cumprir sempre a minha palavra. Eu devo ser a mudança que desejo na vida das outras pessoas. Se eu agir corretamente não precisarei usar sermões nem discursos para corrigir outros. Se a minha prática for coerente, ética, justa e santa, outros serão motivados pela minha vida. A minha vida falará por mim e transmitirá a mensagem que desejo. Pelas minhas ações, revelo aos demais como gostaria de ser tratado. Isto ajuda a melhorar a qualidade dos relacionamentos e a resgatar o amor e a amizade.

Por fim, o Senhor afirma que o cumprimento de toda a lei e de todos os ensinos dos profetas está resumido nisto: devo fazer aos outros aquilo que desejo que façam comigo. Mas, devo fazer com amor, por amor e sem a expectativa de receber o mesmo em troca. Porém, não devo desistir de fazer o bem ou de tratar bem as pessoas somente porque sou maltratado e recebo sempre o mal em troca, na maioria das vezes. O Senhor deseja que seus discípulos sejam modelos ainda que tenham prejuízo com as suas atitudes de bondade. O Senhor deseja que seus discípulos transmita a sua mensagem com ações práticas simples e diárias, ao invés de usar longos sermões e textos da Bíblia. A regra é clara e simples: devo fazer em primeiro lugar aos outros todo o bem que desejo que façam comigo. E se não os outros não fizerem da mesma forma? Continuarei praticando o bem com amor para que a expressão da minha vida seja o modelo que influencie a outros na prática do bem, da bondade e do amor. Mas, é lógico que só conseguirei fazer isto com a ajuda de Deus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Texto 059 : CONFIANÇA

"E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?" Mateus 7:9-11

Jesus sempre usa expressões simples para ensinar aos seus discípulos. A simplicidade é a marca do mestre. Ele usa coisas do mundo natural para abordar questões espirituais. Desta vez ele ensina por meio de perguntas e por meio de comparações. Neste ensino ele explica por com algumas perguntas que um pai legítimo nunca dará algo de ruim para seu filho. Se o filho precisar de alimento, o pai não dará para ele uma pedra ou uma serpente. É da natureza do pai verdadeiro proteger, alimentar e ser bondoso com seus filhos. Um filho não espera receber do pai algo que prejudique a sua vida. Isto é uma lei natural. É muito natural que um pai forneça aquilo que seu filho necessita. Por esta razão, em uma relação normal, o filho confiará na bondade do seu pai e sempre esperará coisas boas do seu progenitor. O filho descansa nesta confiança e sabe que será alimentado e protegido sempre. Ele confia no amor do pai.

Por isto, o mestre afirma que mesmo o pai mau dará boas coisas aos filhos. Nós sabemos que somos maus por natureza. Então, esta mensagem é pra nós. Temos uma inclinação natural para praticar o mal. Ninguém precisa nos lembrar disto. A nossa maldade se revela em nossos pensamentos, atos e palavras. Apesar desta maldade que há em nós, Jesus afirma que sempre batalharemos para dar coisas boas aos nossos filhos. Não iremos alimentá-los com pedras, nem iremos entregar uma serpente viva como refeição. A nossa natureza nos leva a proteger as nossas crias e a nos sacrificar pelo bem delas. Quando um pai faz algo de mau contra o seu filho, ele demonstra que não é pai. O legítimo pai sempre cuidará do bem-estar dos seus filhos. Por isto, o mestre usa esta relação de paternidade para explicar porque o filho, espontaneamente, confia em seus pais. Os filhos sabem que serão protegidos. Eles confiam completamente na bondade dos pais. Há exceções, mas a regra é uma relação de amor e confiança entre pais e filhos.

Para concluir, o Senhor afirma que Deus é o melhor dos pais. Não há pai melhor que Deus. Porque Deus é, completamente, bondade e amor. Ele não faz apenas coisas boas. Ele é a própria bondade. Ele é incapaz de praticar o mal contra os seus filhos. Deus é o pai dos pais. Nenhum pai se compara a ele. Então, o mestre afirma que se os pais terrenos, que são maus, sempre dão coisas boas aos filhos, Deus, o nosso Pai que está nos céus, dará também aos seus filhos as coisas boas que eles pedirem. Isto não significa que ele nos dará tudo, porque nem tudo é bom para nós. Mas, ele nos dará tudo que necessitamos, mesmo que não seja aquilo que desejamos. Ele nos dará o que é bom para nos aproximar dele. Ele nos presenteará com aquilo que precisamos para demonstrar amor às outras pessoas. Ele nos abençoará com tudo que faz bem para nossa vida. Ele é bondoso e por isto nunca nos entregará o que nos prejudica ou o que nos afasta dele. Ele fará tudo na hora certa, no momento certo e pelo motivo certo. Não atenderá o nosso desejo para nos dá conforto, mas atenderá cada pedido que ajude a moldar o nosso caráter. Ele atenderá cada desejo que nos torne semelhantes a Jesus. Podemos confiar nele. Ele sempre cuidará de nós.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Texto 058 : PERSISTÊNCIA

"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á." Mateus 7:7-8

Nós temos muitas necessidades.  Algumas são fáceis de serem supridas, outras mais difíceis. Cada pessoa tem necessidades bem diferentes. Umas precisam ainda do básico: alimento e água. Alguns precisam de roupas e proteção. Outros precisam de moradia e segurança. Muitos precisam de saúde, amor e atenção. E há alguns que precisam de fé e comunhão. Realmente as necessidades são ilimitadas, mas os recursos disponíveis sempre são bem limitados. Sabendo disto, Jesus ensina aos seus discípulos a perseverarem em busca dos seus desejos lícitos, sonhos, aspirações e necessidades. Ele utiliza três verbos de ação para nos ensinar a persistir: pedir, buscar e bater. São verbos que expressam que devemos agir ou fazer algo para encontrar aquilo que necessitamos. Jesus nunca estimulou a preguiça ou passividade. Ele sempre motivou os seus discípulos a serem agentes ativos e atuantes em seu grupo social.

O verbo pedir indica a necessidade que temos de conseguir algo que necessitamos.  Pedir não é exigir, mas solicitar que alguém nos conceda um pedido ou atenda um desejo.  Para pedir precisamos expor as nossas necessidades e revelar que não somos autossuficientes. Com esta atitude, praticamos a humildade e nos rendemos à bondade de Deus.  É lógico, que às vezes o nosso pedido não será atendido, mas se for algo justo e bom podemos insistir no pedido até que tenhamos a resposta. A ação de procurar indica que devemos sair do nosso local e partir em busca daquilo que desejamos para as nossas vidas.  Precisamos ter o cuidado para não gastar nosso tempo, energia e talentos buscando coisas que não agradam a Deus e não trazem benefícios para a nossa vida. Devemos procurar coisas legítimas, puras, virtuosas, santas e de boa fama. Por fim, o verbo bater mostra a necessidade de entrar em um recinto e fazer parte de algo.  Desejamos entrar na família e no reino de Deus. Isto também deve ser feito com persistência, todos os dias. O Senhor ensina que a persistência trará bons resultados.

Se precisamos de algo, se buscamos algo ou se desejamos entrar em algum lugar , precisamos diariamente persistir de forma honesta, justa e espiritual até que alcancemos os objetivos traçados. Porém, é correto entender que a nossa necessidade, a nossa busca e o nosso desejo de entrar e pertencer devem estar completamente alinhados aos ensinamentos do mestre Jesus e à sua vontade. Não há necessidade nem desejo legítimo fora da vontade de Deus. Quebrar leis, enganar pessoas, usar métodos ilícitos ou força bruta para suprir alguma necessidade ou encontrar alguma coisa não é correto. A persistência deve ser praticada de forma santa. Devemos insistir nas coisas que agradam ao Senhor. Por isto, sempre devemos levar nossa alma a pedir e buscar as coisas que agradam a Deus. Precisamos também desejar entrar em grupos que desejem agradar a Deus, mas sem esquecer de relacionar com outros que ainda não desejam. Se o nosso pedido e busca estiverem alinhados com o que Deus deseja, devemos persistir diariamente até que o pedido seja atendido, a coisa seja encontrada e a porta seja aberta.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Texto 057 : PRECIOSIDADE

"Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem." Mateus 7:6

Sempre que olhamos para este ensino de Jesus somos levados a pensar nos cães e nos porcos. Voltamos nossa preocupação para estes símbolos e começamos a imaginar quem são as pessoas representadas por estes animais. Tudo indica que estes animais são as pessoas que não valorizam os ensinos do evangelho do reino. Parece que são aqueles incapazes de reconhecer o valor e a importância do ensino de Jesus. Também, pensamos que em algum momento estas pessoas irão voltar de forma agressiva e combater os que creem no evangelho. Tudo isto parece coerente e verdadeiro com o que Jesus ensinou em outros momentos. Ele sempre disse aos discípulos que deveriam ensinar e propagar o evangelho para os que desejam ouvir. O evangelho não é uma esmola ou mercadoria barata que deve ser empurrada goela abaixo de qualquer pessoa. Ouvir, crer e obedecer ao evangelho é uma escolha voluntária motivada pelo amor de Deus. Isto não pode ser feito por coerção, ameaça ou violência. Então, podemos concluir que realmente os cães e os porcos são todos que não valorizam o ensino de Deus, desprezam este ensino e vivem conforme seus próprios padrões humanos e mundanos.

Apesar disto, consideramos mais útil pensar nas coisas santas e nas pérolas citadas, ao invés de gastar nosso tempo pensando nos referidos animais. Todo ensino produzido por Deus, transmitido pela vida de Jesus e praticado pelos seus discípulos são santos e preciosos. Mas, o seu valor só é visto quando manifestado diariamente pelos seguidores de Jesus. Ou seja, a prática é mais importante que a teoria. Por esta razão, precisamos valorizar cada frase proferida pela boca de Jesus e meditar profundamente em cada uma delas. Após o momento de reflexão, precisamos partir corajosamente para coloca-las em prática, em nossas próprias vidas. O ensino de Jesus só tem valor quando aplicado integralmente em nós mesmos. Não tenho permissão para fazer uma coisa e não fazer outra. Se realmente sou um discípulo terei prazer e alegria em obedecer cada instrução dada pelo mestre. Seus ensinos são santos e preciosos para mim. Não devo desprezá-los, nem trata-los de qualquer maneira. Antes, preciso desenvolver o prazer de praticar diariamente cada um deles.

Diante disto, cabe uma pergunta: o que tenho feito com o ensino recebido por Jesus? Será muito importante não tratar este ensino como algo sem valor e entregar aos cães e porcos que não saberão compreender nem valorizar o que estão ouvindo. Pelo contrário, preciso acordar, viver e me deitar pensando, refletindo e meditando em cada parágrafo produzido pela boca de Jesus. Preciso entender que são palavras santas e preciosas produzidas para trazer cura para minha vida e me levar a ter um relacionamento autêntico com Deus. O valor destas palavras é superior ao maior tesouro do mundo. São palavras que devem ser aplicadas em minha vida para me transformar em alguém semelhante a Jesus. Na verdade, o objetivo de cada ensino do mestre é transformar o discípulo à semelhança do mestre. Basta que o discípulo seja como o mestre. Por isto, é importante meditar nestas palavras santas e preciosas dia e noite. Por isto, é muito mais importante praticar esta palavra na própria vida e tornar-se exemplo para outros. Então, ao invés de tentar forçar outros a crerem na palavra, vamos praticá-la em nossas vidas e mostrar aos demais pela nossa prática que estas palavras são santas e preciosas. Vamos demonstrar com os nossos atos de amor que somos discípulos de Jesus, guiados pelas suas santas e preciosas palavras.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Texto 056: VISÃO

"E por que te reparas no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeira a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7:3-5.

Uma das funções do evangelho é aproximar pessoas, destruir muros e construir novas pontes de relacionamentos baseadas no amor. A prática do evangelho nos aproxima das pessoas e nos ensina a não exigir nada em troca. Aprendemos a relacionar por amor e não por interesse. Mas, todo relacionamento, mesmo com amor, sempre gera um pouco de conflito. Isto ocorre porque as pessoas envolvidas possuem formação, temperamento, objetivos, expectativas, preferências e temperamentos diferentes. Mesmo assim, Deus deseja que façamos novos amigos e demonstremos amor verdadeiro. Só que, muitas vezes, praticamos demais a crítica e deixamos de lado o amor. Por isto, Jesus nos adverte sobre o perigo de querer remover o cisco que está no olho do próximo, enquanto temos uma trave de madeira em nosso olho.

Neste ensino, o cisco representa algo sem importância, mas que incomoda. É uma coisa que não deveria estar no olho, que dificulta a visão e pode provocar dor. O cisco revela um pequeno defeito ou falha na vida de uma pessoa. É um ato de amor tentar remover o cisco. Jesus não proíbe isto. É certo tentar remover o cisco do olho do irmão. Queremos ajuda-lo porque o amamos. Mas, Jesus alerta que não devemos tentar remover o cisco do olho alheio enquanto temos uma grande trave no nosso. A trave representa algo grande, pesado e que pode causar um mal enorme. Ele afirma que tentar corrigir o defeito de alguém sem antes corrigir os próprios defeitos é hipocrisia, fingimento e falsidade. Por esta razão, é importante praticar o ensino do evangelho antes de ensinar a outrem. Devemos compartilhar o ensino do mestre, mas precisamos praticá-lo antes. A nossa mensagem é a nossa vida vivida. Quando tentamos ensinar sem praticar nos tornamos falsos, artificiais e hipócritas.

Por fim, Jesus afirma que devemos, em primeiro lugar, tirar a trave do nosso olho e depois ajudar a tirar o cisco do olho do irmão. Note que devemos ajudar o outro a perceber suas debilidades, fraquezas e pecados. Mas, é mais prudente e correto fazer isto após remover de nossa vida os pecados que roubam nossa comunhão com o próximo e com Deus. Isto não significa que não ajudaremos os demais enquanto houver pecados em nossa vida. Porém, seremos mais sinceros e produtivos em nossos relacionamentos quando admitirmos que apesar dos nossos pecados e erros, desejamos ajudar o nosso próximo e também desejamos ajuda para viver a vida que Deus planejou. De forma geral, o ensino nos estimula a buscar a correção de nossos atos e depois partir corajosamente para ajudar aos demais a terem uma vida correta. A palavra de Deus é uma espada que deve ser usada, em primeiro lugar, contra mim mesmo para gerar cura em minha vida. Então, depois da minha cura poderei ajudar a curar a vida de outros. O mal que há em mim sempre é maior que o mal que há no outro. O amor nos ajuda a ver isto. Nos ajuda a buscar a cura. E em seguida, nos ajuda a curar às outras pessoas.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Texto 055 : MEDIDA

"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:1-2

Somos seres relacionais. Fomos criados para iniciar, desenvolver e manter relacionamentos com outras pessoas. Não fomos colocados aqui para vivermos isolados como uma ilha em um imenso oceano. Nosso modelo neste assunto é Jesus. Assim que ele iniciou seu ministério, escolheu doze homens para estarem com ele. Jesus relacionava diariamente com seus discípulos e com as demais pessoas da sociedade. Só ficava isolado em alguns momentos de oração individual e comunhão íntima com o pai. Mas, é lógico que não é fácil relacionar com outros. É uma tarefa que exige amor, renúncia, altruísmo e paciência. Só com a ajuda de Deus é possível desejar ter relacionamento com todas as pessoas diferentes de nós. Naturalmente, por causa disto, selecionamos alguns pessoas com base em nossos julgamentos e descartamos as demais que não correspondem às nossas expectativas. Basicamente, escolhemos pessoas que nos trarão alguns benefícios e desprezamos aquelas que trarão muitos problemas. Mas, não foi desta maneira que Jesus fez. Ele incluiu todos que desejavam ser incluídos. Como discípulos precisamos imitá-lo e viver como ele viveu.

O nosso juízo, capacidade de julgar ou emitir opinião, muitas vezes, atrapalha os nossos relacionamentos. Isto ocorre porque estabelecemos uma medida, um padrão e tentamos enquadrar todos dentro deste padrão. Daí, aqueles que não se adaptam ao nosso modelo são deixados de lado e descartados como uma peça inútil. Podemos ter discernimento e emitir opinião ou juízo. Mas, devemos fazer isto sempre com a base correta: o amor. Por isto, o mestre diz: “não julguem para que não sejam julgados”. Ele nos adverte que seremos julgados da mesma forma que julgamos as demais pessoas. Normalmente, julgamos os nossos atos de uma maneira mais branda, e julgamos os atos das pessoas de uma maneira severa. Também, por isto, que Jesus nos estimula a não praticar julgamento com bases erradas. Só devemos emitir alguma opinião, parecer ou juízo quando desejamos ajudar e quando o nosso coração estiver cheio de amor. Se não fizermos deste modo, mataremos a outra pessoa.

Deus nos deu discernimento e bom senso para conhecer um pouco as intenções das pessoas que relacionam conosco. Isto é um dom. Porém, precisamos lembrar que as demais pessoas também possuem esta faculdade. Sendo assim, não devemos nos apressar em julgar os outros. Mas, devemos gastar muito tempo nos julgando e comparando a nossa vida com o modelo: Jesus. Na prática, o evangelho nos estimula a buscar uma vida semelhante a de Jesus. Porém, o evangelho não nos ensina a obrigar outras pessoas a terem esta vida, ou desprezar as pessoas que ainda não estão vivendo conforme os ensinos do mestre. Não somos juízes. Somos pecadores que necessitam diariamente do perdão de Deus. Se fôssemos julgados, certamente, seríamos condenados. Só não somos condenados por causa da graça de Deus. Então, devemos agir com as demais pessoas da mesma forma que Deus age conosco. Ao invés de criticar, julgar, rejeitar, desprezar e abandonar as pessoas, como discípulos que somos, vamos orientar, exortar, respeitar, acolher e amar cada um. Deixemos o julgamento com Deus que é justo e amoroso e nunca cometerá nenhuma injustiça, mas sempre exercerá o amor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Texto 054 : AMANHÃ

Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” Mateus 6:34

Já sabemos que o nosso tempo na terra é limitado. É verdade, que vivemos como se nossa vida terrena fosse durar pra sempre e esquecemos que temos pouco tempo para realizar o propósito para o qual fomos criados. Além disto, não sabemos quando nosso tempo terminará. Não escolhemos o dia do nosso nascimento e não escolheremos o dia da morte. Pelo fato de não conhecermos o futuro, ficamos inquietos, preocupados, agitados e intranquilos. É frustrante não saber se conseguiremos realizar nossos sonhos e projetos. Por esta razão, Jesus ensina que não devemos entrar em estado de preocupação com o dia de amanhã. Precisamos viver o hoje com os recursos, bens, talentos e tempo que Deus já nos deu. Hoje é o dia de resolver os problemas de relacionamento e pedir perdão. Hoje é o dia de amar mais e se doar mais as demais pessoas. Hoje é o dia de ampliar a nossa comunhão com Deus e fazer o que ele nos pede.

Em várias ocasiões Jesus falou para os seus seguidores que a ansiedade não garante a resolução dos problemas humanos. Na verdade, a preocupação com o futuro tira o nosso repouso, paz e tranquilidade. Isto não significa que viveremos de forma irresponsável e não faremos planos. O Senhor não é irresponsável. Mas, ele deseja que depositemos nossa confiança em Deus em relação ao nosso futuro e não em nossos talentos, bens ou riquezas. Ele afirma que o amanhã cuidará de si mesmo. Com isto, ele nos motiva a perceber que Deus é capaz de nos suprir todos os dias. Podemos dormir e acordar sabendo que o recurso que precisaremos para o amanhã – dinheiro, talento, saúde, bens, amigos, vida, descanso – será novamente fornecido gratuitamente por Deus. Podemos descansar nesta esperança e seguir em frente confiantes.

É certo que devemos fazer nossa parte. Devemos trabalhar honestamente, cuidar de nossa saúde e de nosso corpo, povoar nossa mente com coisas boas e alimentar nosso espírito e alma com a palavra de Deus. Mas, também, devemos entender que por mais talentosos, sadios, seguros, espirituais ou ricos que sejamos, não poderemos prolongar nossa vida além do que Deus planejou, nem evitar todas as coisas ruins que podem acontecer. Não sabemos se o futuro será feito de coisas boas ou ruins. Porém, como discípulos de Jesus, podemos ter a certeza de que Deus cuidará do nosso futuro e nos suprirá de forma abundante para viver o amanhã da maneira mais feliz possível. Devemos entregar hoje os nossos sonhos e projetos nas mãos do Senhor e orar para que ele, o Senhor, faça parte do nosso futuro. Se tivermos nada amanhã, mas tivermos ele, o Senhor Jesus, ao nosso lado, teremos o melhor futuro que alguém pode desejar.


“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 053 : PRIORIDADE

Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33

Sabemos que nosso tempo é muito curto aqui na terra e por causa disto precisamos eleger o que estará em primeiro lugar em importância em nossa vida. Naquilo que é mais urgente ou mais necessário gastaremos nossa energia, talentos, bens, dinheiro e tempo. Por isto é importante definir, desde cedo, o que é prioritário para o nosso viver. Jesus ensina que os seus discípulos devem buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça. Isto indica que os projetos e sonhos de alguém que segue a Jesus devem estar alinhados aos valores, princípios, justiça e propósitos do reino de Deus. Não devemos gastar nosso tempo de qualquer jeito, apenas buscando coisas materiais, efêmeras e passageiras. Não é razoável viver para si mesmo e não se importar com aquilo que Deus em sua bondade planejou para nossa vida. Por isto, Jesus, categoricamente, afirma que a busca pelo reino de Deus deve ser a tarefa principal de nossa vida. Quando buscamos este reino, deixamos de ser o centro de nossas vidas.

Se olharmos a vida somente do ponto de vista terrestre, gastaremos todo nosso tempo, talentos, bens e recursos para acumular coisas materiais. Isto não é um bom objetivo. Parece nobre, mas é um propósito egoísta e passageiro. O cidadão do reino de Deus possui objetivos mais nobres, que ficam para a eternidade. O discípulo de Jesus estabelece em primeiro lugar o reino de Deus em sua vida. Ele sabe que Deus precisa governá-lo, e ele também sabe que precisa desejar isto e buscar este governo em todos os momentos de sua vida. Buscar o reino de Deus significa encontrar a sua vontade para minha vida, obedecer às suas ordens, viver conforme os seus princípios e amar incondicionalmente cada pessoa que se relaciona comigo conforme ele ama. Desejar o reino de Deus para mim, me estimula a abandonar os velhos hábitos. Me estimula a viver conforme os princípios de amor e bondade estabelecidos por Deus. Me motiva a deixar de viver para mim mesmo e buscar o interesse de Deus e das demais pessoas. 

Por fim, o Senhor afirma que quando desejamos o reino de Deus e o buscamos como prioridade para a nossa vida, as demais coisas – comida, bebida e vestes – serão naturalmente acrescentadas. Em outras palavras, ele afirma que se voltamos nossa mente para viver conforme o reino de Deus e demonstramos isto na prática em nossos relacionamentos diários, o próprio Deus dará um jeito de suprir as nossas necessidades básicas. Mas, precisamos ser honestos e avaliar o nosso coração para definirmos o que tem sido prioridade em nossas vidas. Tem sido o lazer, a segurança, o conforto, a bebida, a comida, a riqueza, o status, os estudos ou o emprego? Se estas são nossas prioridades, ainda não estamos buscando o reino de Deus em primeiro lugar. O reino de Deus é justiça, amor e paz. Por isto, á medida que levamos nossa alma a meditar nos ensinos de Jesus, a praticar a oração e a generosidade, e a dedicar-se às necessidades das demais pessoas, estaremos de fato buscando o reino de Deus em primeiro lugar e estabelecendo seu governo em nossas vidas. Quando ele nos governar totalmente, então a nossa prioridade será amar às pessoas e gastar nossas vidas em favor delas.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Texto 052 : INQUIETAÇÃO

Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;” Mateus 6:31-32

Mais uma vez Jesus repete que não é bom ficar agitado, preocupado ou desassossegado por causa da comida, bebida ou vestimentas. Ele ensina que não precisamos perder a paz, a tranquilidade e o sossego pensando no que comeremos, beberemos ou vestiremos. Sabemos que são três coisas importantes e básicas. Sem comida e bebida ficaremos doentes e poderemos morrer e sem as roupas não poderemos nos apresentar de forma digna na vida social. O Senhor sabe que precisamos destas coisas. Ele se importa com o nosso bem-estar e conforto, mas ensina que não precisamos ficar desesperados em uma busca do alimento e vestes. Ele conhece as nossas necessidades. Ele não está estimulando a preguiça, mas está ensinando a combater a ansiedade e inquietação e colocar a confiança em Deus.

O Senhor afirma que todas as pessoas vivem a procura da comida, bebida e do vestuário. Isto é uma característica natural do ser humano. Não é errado trabalhar para ter estas coisas. É justo, correto e necessário. Porém, o Senhor adverte que não precisamos nos preocupar além dos nossos conhecimentos e forças, como se não tivéssemos a oportunidade de conseguir água e comida para a nossa sobrevivência. Ele, com o seu ensino, estimula os seus discípulos a confiarem no suprimento e providência de Deus. Se não somos capazes de confiar em Deus para nos suprir as coisas básicas, como confiaremos nele para resolver as coisas mais difíceis de nossa alma e espírito? O ensino nos direciona a depender de Deus e não confiar em nossas próprias forças e recursos.

Para concluir, ele afirma que Deus sabe que necessitamos destas coisas. Então, podemos deixar de lado a ansiedade, a inquietação e o medo. Podemos desenvolver a confiança e a fé em sua bondade e viver a vida de forma tranquila e feliz. Pode ser que em algum momento, nos falte alimento ou roupa. É possível que isto aconteça. Porém, mesmo que isto ocorra devemos continuar esperando pela bondade e misericórdia de Deus que no tempo certo nos suprirá com o que necessitamos. Na verdade, o Criador está preocupado em moldar o nosso caráter e nos transmitir os valores e princípios que regem o seu reino. Mesmo que isto nos cause algum desconforto. Um desses valores é a fé. A fé é a certeza daquilo que não vemos, porque estamos com os nossos olhos fixos em Deus. Apesar das circunstâncias, pela fé continuamos olhando para Deus e aguardando o fruto da sua bondade e misericórdia. Ele é totalmente capaz de nos sustentar e nos vestir ainda que não tenhamos mais nenhum recurso.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Texto 051 : VESTUÁRIO

E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?” Mateus 6:28-30

Sempre é importante lembrar que os ensinos de Jesus foram ministrados com o objetivo de transmitir aos seus discípulos os valores do reino de Deus e os traços desejáveis no caráter de um discípulo. É impossível ser discípulo sem confiar nos valores do reino de Deus e sem o desejo de expressar o caráter divino na própria vida. Mas, isto não é feito por meio de rituais religiosos, força de vontade ou conhecimento teórico. Só é possível viver conforme os valores do reino de Deus com a ajuda do próprio Deus. Por isto, o Senhor ensinou coisas profundas e difíceis, mas nunca desejou que as fizéssemos sozinhos. Ele sempre nos motivou a buscar a ajuda de Deus e o auxílio dos nossos irmãos para que pudéssemos viver de forma plena e abundante aqui na terra.

Desta vez, ele enfatiza que não devemos ficar ansiosos por causa do vestuário. Sabemos que as roupas servem para proteger o corpo e também para expressar quem nós somos. A roupa nos dá dignidade diante dos outros . Isto é algo bom. Mas, Jesus ensina que não devemos ser excessivamente preocupados com aquilo que iremos vestir. Ele ensina que Deus veste as plantas de uma forma que nem o mais rico do homem consegue se vestir. Se Deus é capaz de vestir as plantas, ele também é capaz de nos vestir. A roupa representa a proteção, a dignidade e a imagem da pessoa. Então podemos reconhecer que Deus se preocupa em nos proteger, nos dignificar e cuidar de nossa autoestima. Por isto, não precisamos ficar excessivamente preocupados com este assunto. Ao invés disto, devemos cuidar melhor de nosso corpo. Isto não quer dizer que seremos relaxados ao nos vestir, mas significa que reconheceremos que Deus nos veste de uma forma mais completa e perfeita. Além do corpo, ele também veste a nossa alma, o nosso ser.

Por fim, o Senhor revela que os seus discípulos são homens de pouca fé. Isto nos inclui. Esta advertência é uma alerta para nossas vidas. Se não somos capazes de confiar em Deus para nos vestir e para nos dá o sustento diário, como confiaremos a ele os demais assuntos que afligem a nossa alma e nos conduzem à solidão, medo, depressão, rancor, tristeza e morte? Precisamos reavaliar a nossa fé e confessar a Deus que ainda somos incrédulos. Precisamos admitir que ainda lutamos desesperadamente para conquistar roupas e bens neste mundo, confiando em nossas próprias forças e para o nosso próprio prazer. Depois desta confissão, devemos nos abandonar em Deus e descansar na sua bondade diária. Quando fizermos istor, iremos viver com a certeza que ele providenciará a roupa para nos cobrir e a saúde para o nosso corpo. Ele não nos deixará nus nem desprotegidos. Ele sempre nos vestirá de forma digna.’

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Texto 050 : SUSTENTO


Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?” Mateus 6:26-27

Sabemos que o sustento representa o ato ou efeito de manter-se e alimentar-se para continuar vivo com boa saúde. O sustento físico é aquilo que garante a nossa vida aqui na terra do ponto de vista biológico. Do ponto de vista humano, é impossível se manter vivo por muito tempo sem alimento ou água. Por isto, gastamos mais de um terço de nossa vida trabalhando para conseguirmos o sustento. Isto nos preocupa todos os dias. Alguns tem um emprego fixo ou são funcionários do governo, outros trabalham por conta própria ou são empresários, e muitos dependem da bondade de outras pessoas para ter pelo menos uma refeição diária. De uma forma ou de outra, todos precisam lutar diariamente para obter o sustento. Além, disto muitas pessoas não tem nenhuma garantia que terão comida ou bebida no dia seguinte. O Senhor usa este assunto para apresentar novamente a bondade de Deus e incentivar a fé verdadeira no coração dos seus discípulos.

O Senhor mostra que as aves, não plantam, não colhem e nem ajuntam em celeiros. Apesar disto, o Pai celestial as alimenta diariamente. Isto não é um incentivo a preguiça. As aves também têm um papel na natureza e trabalham. Isto é um incentivo a reconhecer a bondade e a providência de Deus. Por isto, Jesus pergunta: vocês não valem mais que as aves? Se vocês são mais importantes que as aves, com certeza, Deus também dará um jeito de sustentar vocês. Quando reconhecemos que somos sustentados por Deus, liberamos o nosso coração para dividir nossas provisões, nossos alimentos com aqueles que são mais necessitados que nós. O coração do verdadeiro discípulo não está voltado exclusivamente para atender às suas necessidades, mas está devotado, também, a perceber às demais vidas e colaborar para diminuir a dor e sofrimento alheios. O importante, nisto tudo, é entender que o nosso sustento vem do mesmo Criador que sustenta as aves. Podemos descansar nosso coração e afastar de nós a ansiedade e a depressão. Deus cuida das aves e cuidará também do nosso sustento. Além disto, nos dará o suficiente para dividir com outros.

Por fim, o mestre faz uma pergunta que pode ser traduzida assim: qual de vós com todas as preocupações que têm pode prolongar o seu tempo de vida aqui na terra? Novamente, ele fala sobre a ineficácia da ansiedade. É ilógico ficarmos preocupados excessivamente com o alimento, quando não podemos fazer nada para prolongar a nossa vida. Da mesma forma que cremos que Deus é o responsável por ampliar a nossa vida aqui na terra, devemos também confiar que ele nos sustentará com água e pão todos os dias. O Senhor quer dizer que a ansiedade é oposta a fé. Ou cremos em Deus totalmente, ou ficaremos permanentemente ansiosos e depressivos. Não é possível ter fé e ficar ansioso ao mesmo tempo. Precisamos nos abandonar na bondade e no amor de Deus e entender que não somos capazes de ampliar o nosso tempo aqui na terra, ou garantir o nosso sustento só porque trabalhamos e temos uma renda. Antes, precisamos crer na misericórdia diária do Pai que nos dá saúde e vida, mesmo antes de providenciar o nosso sustento.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 049 : ANSIEDADE

Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” Mateus 6:25

O Senhor Jesus ensina aos seus discípulos quais são as principais prioridades da vida. Ele afirma que comer, beber e se vestir são coisas importantes, mas, também, afirma que há coisas mais importantes. Ele informa que a vida é mais importante que o alimento e que o corpo é mais importante que as roupas. Por esta razão, não é prudente ficar ansioso por causa da comida, da bebida e da roupa. A ansiedade é um grande mal-estar físico e psíquico que revela a nossa angústia e a nossa falta de fé no bondoso Criador, que supre todas as nossas necessidades. A ansiedade gera uma aflição e uma agonia tão grande em nossa vida capaz de fazer com que tiremos os olhos de Deus e coloquemos os olhos apenas em nossas necessidades físicas e materiais. Por isto, o Senhor mostra que seus discípulos não devem viver angustiados ou desesperados pelo pão de cada dia ou pela veste que cobrirá o seu corpo.

Parece loucura quando Jesus diz: não fiquem preocupados com o que vão comer ou beber. Isto não parece muito lógico. Precisamos do alimento para sobreviver. Como iremos trabalhar, ganhar a vida e cuidar dos nossos entes queridos se não tivermos a alimentação? É lógico que precisamos da bebida e da comida. O Senhor está ensinando que não precisamos ficar impacientes, com medos, desesperados ou intranquilos com estes assuntos, porque de uma forma ou de outra o alimento será fornecido pela bondade do Criador. Ele é capaz de sustentar cada animal da terra e cada planta. Então, ele também é capaz de nos sustentar. Precisamos do alimento, mas precisamos mais ainda da vida. Ele afirma que já temos a vida que é mais importante. Se Deus nos deu a vida, ele também nos dará o alimento. Isto nos consola, nos acalma. Não precisamos ter medo. Podemos confiar que ele nos sustentará. Ele não falha.

Para finalizar, o Senhor afirma que também não devemos ficar excessivamente preocupados com a roupa. Isto fala da aparência exterior. Mostra que o que cobre o corpo não é mais importante que o corpo. A aparência não é mais importante que a saúde. Se o Senhor cuida do nosso corpo, ele também nos dará os recursos para nos vestirmos de forma apropriada. É lógico que precisamos trabalhar de forma honesta para conseguirmos o sustento e a roupa. E se já tivermos sustento e roupa, podemos ficar contentes. Não é errado comer bem e se vestir bem. Porém, o Senhor deseja que não fiquemos ansiosos com estes assuntos, porque a vida e o corpo são mais importantes. Além disto, não podemos prolongar nossa vida ou manter nosso corpo sadio para sempre. Se ficarmos preocupados com isto, seremos consumidos pela ansiedade e depressão. Mas, podemos confiar em Deus que nos dá a vida e o corpo. Podemos confiar também que ele nos dará o alimento e as roupas. Podemos confiar que ele guardará nossa vida e o nosso corpo em suas mãos. Ele também nos dará comida e roupas no momento certo. Quando acreditarmos nisto com todo o nosso coração e alma, descansaremos em seu amor e não nos afundaremos no poço da ansiedade.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Texto 048 : SERVIDÃO

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mateus 6:24

A integridade e a lealdade são duas características desejadas para o caráter de um discípulo de Jesus. O verdadeiro discípulo é verdadeiro em suas palavras e atitudes. Ele demonstra quem é sem usar máscaras. Também é leal às escolhas feitas e aos compromissos assumidos. Por isto, não é desejável que haja ambiguidade em sua vida. Desde cedo ele escolhe quem será o seu Senhor: Deus ou as riquezas. Amará a um e desprezará o outro. Ser servo é uma escolha voluntária. O servo é totalmente dependente e sujeito à vontade do seu senhor. O servo vive para o seu senhor e tem alegria nisto. Mas, um servo só pode ter um Senhor. Porque para que a servidão seja bem realizada é necessário integridade, lealdade, sujeição, dedicação e entrega total. Neste ensino Jesus afirma que não é possível amar a Deus e as riquezas. Precisamos fazer uma escolha. Precisamos decidir quem será o nosso senhor. O senhor escolhido terá o domínio total sobre a nossa vida.

Jesus não diz que é ruim possuir riquezas. Mas, a servidão às riquezas e o amor gerado por esta servidão é muito ruim e sempre trazem males para a vida do homem. As riquezas e bens materiais são instrumentos que devem ser usados para o sustento e para o auxílio de outros. Porém, não devemos colocar nosso amor e esperança no dinheiro e no patrimônio acumulado. Na verdade, precisamos de muito pouco para viver bem aqui na terra. Os animais são um bom exemplo disto. Porém, a cultura popular nos induz a acreditar que a riqueza pode nos proporcionar uma vida incrível, sem dificuldades e independente de Deus. Pensando assim, arrumamos vários empregos, trabalhamos muitas horas por dia, sacrificamos a família, abandonamos os amigos, negligenciamos o lazer, a saúde e a alimentação e por fim descartamos ou desvalorizamos nossa comunhão com Deus. Se as riquezas controlam nossa vida, então somos servos delas e não temos controle sobre a nossa vida.

Jesus afirma que devemos escolher a quem iremos no dedicar. Não podemos nos dedicar a Deus e as riquezas. Em minha opinião viver uma vida dedicada a Deus é a melhor opção. Ele nos dará o sustento necessário para vivermos aqui na terra e ainda nos ensinará a sermos generosos com as pessoas menos favorecidas. Iremos trabalhar, mas também iremos ter relacionamentos de qualidade com a família e amigos. Batalharemos todos os dias, mas também reservaremos tempo para ter comunhão com Deus e para conhecer a sua palavra. Não seremos preguiçosos na labuta, mas também usaremos o tempo e o dinheiro para auxiliar os carentes e demonstrar o amor de Deus. Teremos dinheiro, mas o nosso coração estará ancorado em Deus. Quando agirmos desta maneira, demonstraremos que Jesus é o nosso Senhor, Deus é o nosso dono e voluntariamente escolhermos ser servos dele por amor. Ele é um Senhor bondoso e amoroso e é totalmente capaz de cuidar de nossas vidas ainda que não tenhamos riquezas. Ele é a nossa verdadeira riqueza e o nosso legítimo Senhor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Texto 047 : CANDEIA

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mateus 6:22-23

O mestre Jesus afirma que os olhos bons são responsáveis por trazer luz para o corpo, mas os olhos maus deixam o corpo em escuridão. Neste contexto, o corpo representa o nosso ser com suas intenções e ações. O Senhor sempre se preocupa com nossas motivações, intenções e ações. Desta vez, ele ensina que os olhos falam da nossa maneira de enxergar o mundo e as demais pessoas. Se nossa percepção sempre é maligna ou se sempre buscamos as coisas negativas na sociedade e nas pessoas, teremos trevas em nosso coração e a nossa vida não será inspiração para os demais. Não poderemos iluminar outros porque ainda estamos em escuridão. Por isto, a forma como olhamos as demais pessoas definem o quanto de luz há dentro de nossas vidas. Se há bondade e amor em nosso olhar, há luz em nós, caso contrário, só há trevas.

O olhar representa a nossa intenção e motivação. Por que estamos relacionando com o outro? Desejamos apenas explorar sua bondade, tirar proveito de sua amizade, usufruir dos seus bens ou desejamos partilhar nossa vida, tempo e bens para que o outro tenha uma vida abençoada e iluminada? Como enxergamos o outro? Percebemos todos como inferiores, errados e pecadores e sempre nos colocamos em posição de superioridade e grandiosidade, ou entendemos que somos iguais, necessitados e dependentes da energia e poder quem fluem de Deus? São perguntas cujas respostas determinam se há luz ou trevas em nosso interior. Por esta razão, precisamos nos ajustar e pedir a Deus que encha o nosso olhar de amor e bondade. Precisamos treinar o nosso olhar a enxergar cada pessoa como alvo do nosso amor.

Diante disto, devemos orar ao Senhor e solicitar que ilumine o nosso olhar para que possamos desenvolver uma visão de compaixão, misericórdia e amor em relação ao nosso semelhante. O mestre deu exemplo e se relacionou com pessoas de todos os tipos, sem fazer acepção ou exclusão. Isto era possível porque o olhar dele sempre via a necessidade e a carência de cada pessoa ao invés de olhar para as suas próprias necessidades. O mestre também via o valor e a importância de cada um, apesar dos erros e pecados cometidos. Ele olhava cada um como um ser individual e ímpar. Ele olhava as pessoas da forma correta. Nós, como discípulos de Jesus, precisamos modificar nosso olhar pela ação do Espírito Santo de Deus, e permitir que a luz do Senhor invada nosso ser e derrame sobre nós amor genuíno pelo próximo. Só assim seremos cheios de luz e poderemos iluminar o mundo com a vida e o amor de Deus. 

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Texto 046 : TESOURO

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Mateus 6:19-21

O tempo de vida aqui na terra é bem curto. Não escolhemos o dia do nosso nascimento e não sabemos o dia de nossa morte. Mas, podemos escolher como viver cada dia. Jesus ensina que a vida terrestre não consiste em acumular riquezas que podem ser consumidas pela ferrugem ou roubadas por ladrões. Viver para colecionar bens móveis ou imóveis não é um bom propósito de vida para um discípulo de Jesus. As riquezas não devem ser a esperança, nem a segurança daqueles que afirmam que confiam em Deus. Por isto não é sábio sacrificar o convívio familiar, a saúde, o lazer, o descanso, o relacionamento com as pessoas e a comunhão com Deus por causa do desejo de ser rico e acumular tesouros terrestres. Todos nós sabemos que o dinheiro não pode recuperar a saúde abalada por uma doença terminal, conquistar o coração de outra pessoa ou ampliar o nosso tempo de vida aqui na terra. Em algum momento as riquezas que acumulamos por aqui serão tiradas de nós e transferidas para um herdeiro ou para o governo. O dinheiro é útil, mas não deve ser o nosso porto seguro, nem o elemento que nos traz descanso e paz. A riqueza é um instrumento, é um recurso, mas também pode roubar o coração de um homem e afastá-lo de Deus.

Diante disto, Jesus estimula cada discípulo a acumular riquezas no céu. Ele afirma que as riquezas celestes são permanentes e não podem ser consumidas, diminuída ou roubadas. Isto indica que Deus é o nosso tesouro e que a nossa provisão e sustento não dependem dos recursos terrestres. Pelo contrário, existe um Criador que envia do céu o poder que faz a terra produzir frutos, o sol produzir vitamina D, a chuva alimentar as plantas e as plantas produzirem oxigênio para que a nossa vida continue. Dependemos todos os dias da bondade do Pai.  Sabemos que o dinheiro não pode gerar estes recursos, mas o poder infinito de Deus, graciosamente, opera o nosso sustento por meio da natureza todos os dias. Acumular tesouros nos céus significa depositar a nossa fé, confiança e esperança em Deus todos os dias. Precisamos ensinar nossa alma a depender de Deus, ao invés de confiar nas riquezas terrestres e depender delas para ter paz, saúde, alegria e felicidade, Acumular riquezas celestiais é ser generoso com as demais pessoas e repartir o que temos porque entendemos que o Senhor também reparte a riqueza dele conosco diariamente. Juntar tesouros celestes é demonstrar amor, gastar tempo para ouvir outros, chorar com quem tá sofrendo, ficar feliz com quem tá contente e doar a vida para que outros vivam também. Este tipo de tesouro não pode ser roubado jamais. Este tipo de tesouro é o verdadeiro alvo do discípulo de Jesus.

Por fim, Jesus explica que é o coração que determina o que é importante para cada pessoa. Um coração materialista irá impulsionar o homem a trabalhar muito, sacrificar o descanso e os relacionamentos e descansar pouco para acumular o máximo de bens e riquezas aqui na terra. Ter dinheiro e riqueza é a sua segurança. Jesus não disse que é errado ser rico, mas mostra que colocar o coração nas riquezas não é um bom negócio. Um legítimo discípulo não vive para aumentar o seu patrimônio terrestre, mas vive para expressar em sua própria vida o amor de Deus pelas demais pessoas. Um discípulo autêntico usa os bens e riquezas terrestres como instrumentos para conquistar outros para Deus. O coração de discípulo está em fundamentado em Deus, sua confiança e sua esperança estão depositadas completamente nas mãos do Pai. Ele não relaciona com Deus para receber bênçãos materiais, mas ele já sabe que Deus é a sua maior benção e o seu maior tesouro. Por esta razão, o discípulo procura, com a ajuda de Deus, viver cada minuto da sua vida para conquistar outras pessoas para Deus e demonstrar amor incondicional às demais pessoas por meio de ações práticas. Isto é o seu tesouro. O discípulo de Jesus coloca diariamente o seu coração em Deus e aprende a usar as coisas que possui para amar as pessoas. Faz isto por que sabe que Deus é o seu verdadeiro tesouro que jamais será roubado dele.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Texto 045 : JEJUM

E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” Mateus 6:16-18

Todos os ensinos do mestre sempre apontam para as práticas de vida dos cidadãos do reino de Deus. Estas práticas, na maioria das vezes, são opostas as práticas seculares e mundanas. Os atos dos seus discípulos deviam ter motivações corretas e sempre deviam ser fundamentados no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. Por isto, Jesus utiliza a prática do jejum para enfatizar que as ações cristãs devem ser realizadas com o foco, principalmente, em Deus. Jesus afirma que não devemos jejuar para provar as demais pessoas a nossa religiosidade ou espiritualidade, mas devemos fazer isto em secreto para nos dedicarmos um pouco mais ao nosso desenvolvimento espiritual e comunhão com Deus. Durante o jejum desviamos um pouco o nosso pensamento das coisas terrenas e focamos nas coisas espirituais, com o objetivo de ensinar a nossa alma a se aproximar de forma mais profunda de Deus. É certo que o jejum não muda a Deus. Deus sempre é o mesmo. Mas, o jejum nos auxilia a perceber o que precisa ser mudado em nós.

O jejum nos ajuda a focar, exclusivamente, por um tempo, nas coisas espirituais, com o objetivo de deixar nossa alma mais disponível para receber a direção de Deus. O jejum sempre foi usado com o propósito de desviar os olhos dos homens das coisas terrestres e direcionar sua mente para Deus. O jejum pode ser de alimentos, de atividades, de atitudes ou de qualquer outra coisa que seja muito importante em nossa vida. Quando abro mão de algo importante para me concentrar em Deus, certamente estou praticando o jejum. Quando desviamos nossa mente, das coisas mundanas, ainda que temporariamente, podemos olhar com mais clareza para Cristo e perceber o que é realmente importante. Porém, não devemos jejuar para conseguir as coisas de Deus ou para parecermos melhores que outros. Como discípulos, devemos jejuar para nos dedicarmos, por um tempo, de forma exclusiva aos assuntos espirituais e perceber o que precisa ser transformado em nós mesmos.

Há muitos exemplos na Bíblia de pessoas que jejuaram por motivos diferentes: iniciar uma consagração a Deus, enfrentar uma situação difícil, suportar o luto, buscar proteção, começar um ministério, realizar intercessão ou enfrentar batalha. O importante é perceber que o jejum nos ajuda a desviar nossos olhos dos interesses terrestres e manter o foco da nossa alma em Deus. Nunca deve ser praticado para atrair a atenção para nós mesmos. Além disto, Deus ensinou que o verdadeiro jejum é uma prática diária em favor de outras pessoas, que gera humildade, quebra as cadeias da injustiça, liberta os oprimidos, alimenta os famintos e veste os que estão nus. Se o meu jejum não me ajuda a amar as demais pessoas, ele não tem valor. Por fim, é importante lembrar que jejum, oração, leitura da bíblia são ferramentas que nos auxiliam na caminhada espiritual. Mas, todas estas ações devem ser feitas sob a direção de Deus e para honrar o nome dele. Se estas coisas são feitas motivadas por interesses egoístas não terão valor algum. Tornar-se-ão apenas um ritual religioso sem nenhuma função espiritual. Mas, quando fazemos da forma correta e nos dedicamos à devoção espiritual, isto sempre aproximará a nossa alma de Deus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Texto 044 : OFENSA

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” Mateus 6:14-15

Sempre afirmamos que Jesus transmitiu ensino prático com o objetivo de aproximar o homem de Deus e das demais pessoas por meio do amor. Isto significa que os relacionamentos humanos são alvos dos ensinamentos do mestre. O amor é o fundamento de qualquer relacionamento sadio e a prova de que praticamos o ensino de Jesus. Cada ensino sempre nos leva a amar a Deus, ao próximo e a nós mesmos. Daí, chegamos a conclusão de que precisamos relacionar com outras pessoas para termos a oportunidade de praticar tudo que Jesus ensinou. Sabemos que não é fácil manter relacionamentos bons e proveitosos e por isto precisamos da ajuda de Deus para aplicar o ensino dele em nossa vida. Seremos capazes de amar sinceramente cada pessoa, somente após experimentarmos uma transformação interior genuína motivada pelos ensinos de Deus. Isto é um desafio diário. Não é fácil, mas é possível. Só é possível com muito amor.

Por isto, Jesus aproveita para ensinar sobre dois temas importantes: a ofensa e o perdão. O primeiro é muito fácil de ser praticado. Parece que já nascemos com a capacidade de ofender, falar mal, desprezar, agredir, repudiar, provocar, agredir e ferir as pessoas. Sabemos ofender com gestos, palavras e atitudes. Criamos piadas contra gordos, negros, mulheres, carecas, bêbados e outros grupos diferentes. Achamos graça das ofensas e não percebemos, às vezes, que estamos criando feridas graves em outras pessoas e provocando muita dor. Por outro lado, também, às vezes, somos alvos de insulto, afronto e agravo. Somos atingidos por ofensas e ficamos magoados, irritados e sentimos na alma a mesma dor que muitas vezes causamos no cônjuge, nos filhos, nos parentes e amigos. Mas, quando a ofensa nos atinge parece muito mais grave e a última coisa que passa pela nossa mente é o perdão. Esquecemos que já fizemos o mesmo com outros. Quando uma ofensa nasce, parece que o amor morre. O relacionamento fica doente e surge um terreno fértil para inimizade e separação. O ódio surge e a alma fica doente.

Segundo o mestre Jesus existe apenas um remédio para neutralizar a ofensa: o perdão. O perdão traz cura para a alma do ofendido, traz de volta o amor e reativa o relacionamento. O perdão legítimo pode ser concedido sem que o ofensor tome conhecimento, mas é muito mais eficaz quando o ofensor é confrontado pelo amor do ofendido e toma ciência de que a sua culpa foi relevada e que ele foi absolvido de qualquer condenação. O Senhor ensina que seremos perdoados pelo Pai da mesma forma que perdoamos os nossos ofensores. Na verdade, só somos capazes de perdoar quando entendemos que Deus nos perdoou de ofensas maiores e mais terríveis. Não somos bonzinhos. Pecamos todos os dias e temos necessidade de saber que fomos perdoados e podemos continuar nosso relacionamento com Deus. Isto nos dá muita paz e alegria. Da mesma maneira, precisamos perdoar nossos ofensores e deixar claro que os amamos e desejamos continuar nosso relacionamento com eles. O perdão é um milagre que elimina o poder da ofensa. Mas, o perdão só pode ser produzido por um coração cheio do amor de Deus. Jesus nos deu o exemplo e pediu ao Pai que perdoasse aqueles que o crucificaram. Que esta seja também a nossa oração e a nossa atitude em relação a todos que nos causaram feridas e cicatrizes. Que sejamos os agentes de Deus para espalhar o perdão e criar relacionamentos perfeitos fundamentados no amor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.


Texto 137 : POSIÇÃO

  “ Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com ju...