sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Texto 080: APROXIMAÇÃO

E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa; Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã. E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.” Mateus 9:20-22

Produzimos cada texto sobre a vida de Jesus com o objetivo de nos desafiar a viver uma vida plena e abundante diante de Deus. Cada texto precisa ser desafiador para nos tirar da zona de conforto e nos levar aos campos de batalha. Sair do nosso lugar e partir corajosamente em busca de pessoas carentes de amor não é uma tarefa fácil, mas é totalmente possível com a ajuda de Deus. Jesus sempre partiu com os seus discípulos em busca dos necessitados, mas em alguns momentos as pessoas também superavam seus obstáculos, enfrentavam seus desafios, ignoravam suas doenças e problemas e saiam corajosamente em busca de Jesus. Elas tinham coragem de buscarem a Jesus porque ele sempre as recebia com o coração aberto, olhar atento, ouvidos sensíveis e braços prontos para acolher. Ele representava o porto seguro para aqueles que se aproximavam dele. Os seus discípulos devem agir da mesma forma.

Neste texto, uma mulher que estava sofrendo a doze anos resolveu ir ao encontro de Jesus. Provavelmente, ela já havia buscado a solução em outros lugares, mas agora como último recurso ela buscou o auxílio e a cura em Jesus. Ele foi tocado por ela. O toque dela tinha algo especial. Foi um toque misturado com esperança, fé e humildade. Ela percebeu que poderia tocar no mestre. Ela entendeu que não seria desprezada e deixou de lado a vergonha e o medo. Nós, discípulos de Jesus, precisamos estar disponíveis para que as pessoas nos toquem. Não devemos construir muros de separação ou discriminação. Pelo contrário, somos desafiados a construir diariamente pontes de reconciliação, de cura, de perdão, de amizade e amor. Cada pessoa que relaciona conosco precisa ter a certeza de que estamos abertos para sermos tocados. Devemos desejar ser tocados para que o amor do Senhor seja demonstrado por meio de nossas palavras e ações.

Assim que o Senhor sentiu o toque, ele se aproximou da mulher e com poucas palavras promoveu a cura e a libertação dela. Ele se aproximou com amor, atenção, empatia e respeito. Ele não a desprezou. Antes, a considerou como alguém importante, valorizou a fé dela e promoveu a sua entrada no reino de Deus. Esta também é a nossa missão. Precisamos nos aproximar das pessoas que nos tocam e com nossas palavras e atitudes promover a inclusão de cada uma delas no reino de Deus. O evangelho é prático e por isto precisa ser praticado e desenvolvido em nossos relacionamentos. Não devemos ter medo de sermos tocados. Não devemos ter medo de nos aproximar dos carentes e necessitados. Pelo contrário, precisamos ser discípulos autênticos e com amor constante e diário promover a aproximação de cada pessoa a Deus. Que o Senhor nos ajude a sermos tocados pelos carentes e que ele nos dê um coração dilatado para que nos aproximemos com amor de cada uma das pessoas que nos tocam.

"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade".

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Texto 079: PEDIDO

Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá. E Jesus, levantando-se, seguiu-o, ele e os seus discípulos.  E Jesus, chegando à casa daquele chefe, e vendo os instrumentistas, e o povo em alvoroço, Disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele. E, logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus, e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se. E espalhou-se aquela notícia por todo aquele país.” Mateus 9:18-19; 23-26

Quando lemos a história de Jesus podemos perceber que na maioria das vezes as pessoas o procuravam com um grande problema ou uma questão difícil de ser respondia. Por alguma razão, as pessoas eram atraídas até o mestre. Ele sempre estava com a porta e o coração aberto para receber qualquer um que tivesse alguma questão ou necessidade. Ele sempre recebia qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer hora do dia. O modelo de Jesus é o modelo que os discípulos atuais devem seguir. Nós precisamos seguir este exemplo. Precisamos ser pontes que aproximem as pessoas do criador e deixar nossos corações abertos de forma permanente para receber qualquer um que tenha uma necessidade ou pergunta, em qualquer hora e em qualquer lugar. 

No texto de hoje, um chefe se aproxima, adora ao Senhor, informa que sua filha morreu e afirma que basta que Jesus toque na menina para que ela viva novamente. De uma só vez, o chefe demonstra disposição, reverência, aflição, fé e esperança. É uma mistura muito grande de atitudes e emoções para um homem só. Mas, pelo desfecho da história compreendemos que valeu a pena direcionar tudo para Jesus. Ele se derramou diante do Senhor. O chefe entendeu que Jesus podia resolver sua questão e se empenhou nisto. Jesus e os seus discípulos se levantaram de forma imediata e foram até a casa do chefe. Jesus sempre priorizava as pessoas ao invés das coisas, o serviço ao invés do descanso, a luta ao invés do conforto. Por isto, de imediato ele vai até a casa do chefe para resolver o problema apresentado. Precisamos ter em nossas vidas estas atitudes e este coração. Que o Senhor nos ajude a sermos como ele.

Ao chegar, na casa do chefe, ele afirma que a menina não está morta e o povo zomba. Então ele tira o povo do local e toca na mão da menina. Basta um simples ato do mestre para que a vida volte ao corpo morto. Jesus atendeu ao pedido do chefe exatamente do jeito que o chefe falou: “impõe-lhe a tua mão, e ela viverá”. Os discípulos de Jesus possuem hoje o mesmo poder. Jesus disse que faríamos as mesmas coisas que ele fez. Por isto, podemos de forma ousada sair pelas ruas e casas, ouvir os pedidos dos aflitos e necessitados, apresenta-los a Deus e tocá-los para transmitir a cura e a vida que fluem do Senhor. Não é por nossa virtude que faremos isto, mas pela bondade, misericórdia e amor de Deus que fluirão por meio de nossas palavras e ações. Que o Senhor dilate os nossos corações para que possamos, com muito amor, ouvir cada pedido e fazer exatamente o que Jesus fez quando ouviu os pedidos das pessoas que o procuravam.

 “Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade”.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Texto 078: RENOVO

Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.” Mateus 9:16-17

Em sua caminhada prática junto com os seus discípulos, Jesus realizou muitas coisas que não se adequavam ao padrão religioso estabelecido em sua época. Após concluir o sermão do monte, ele iniciou a prática daquilo que ensinou. Ele tocou em um leproso,  curou o servo de um centurião romano e a sogra de Pedro, definiu o que devia ser prioridade na vida de um discípulo, repreendeu uma tempestade, expulsou os demônios de dois homens, curou um paralítico, comeu com pecadores e mostrou a aplicação correta do jejum. Seus atos e palavras estavam fora do padrão legalista e religioso. Por isto, ele tocou em um impuro, ajudou um inimigo, curou uma mulher, falou com demônios, perdoou pecados e não valorizou rituais religiosos da mesma forma que os religiosos faziam. Ele fez tudo isto para mostrar que Deus estava iniciando uma nova aliança em novos padrões.

Jesus demonstrou com seus atos que não era possível estabelecer um pacto novo, uma aliança nova usando padrões antigos. O homem antigo não pode suportar os ensinos novos que o evangelho do reino dos céus trás por meio da vida de Jesus. Tentar colocar os ensinos cristãos em um homem que ainda não se arrependeu é semelhante a remendar um vestido velho com tecido novo. O vestido não vai suportar e o rasgo ficará maior. Por esta razão, é necessário que ocorra uma mudança de atitude interior, dentro do homem, motivada pela ação do Espírito Santo, antes que o homem inicie a caminhada atrás de Jesus e seja capaz de praticar os seus ensinos. Esta mudança é chamada de arrependimento. O arrependimento de uma vida de independência de Deus e de egoísmo é o primeiro passo que o homem deve executar antes de caminhar ao lado de Jesus e participar da nova aliança. Sem o arrependimento o homem será apenas um religioso que segue regras com medo de ser condenado no futuro. Mas, o evangelho é uma boa notícia baseada no amor e não no medo.

Somente após o arrependimento do homem, Deus encontra um vaso novo onde poderá despejar o vinho novo. O homem velho precisava executar uma lei rígida para merecer a bênção de Deus, mas não conseguia. O homem novo reconhece que é incapaz de agradar a Deus e descansa inteiramente na graça ofertada pelo amor de Jesus. O homem velho centralizava a vida em si mesmo e lutava desesperadamente para o seu próprio benefício. O homem novo sabe que sua vida deve ser usada para resgatar outros e também sabe que sua vida agora pertence a Deus. O homem velho não pode entender nem praticar o que Jesus ensinou, porque vivia baseado no medo. Mas, o homem novo, transformado em nova criatura pelo poder do Espírito de Deus, deseja receber diariamente de Jesus o vinho novo que melhora mais e mais a sua vida, e o aproxima cada vez mais da comunhão perfeita com Deus. A base do homem novo é o amor. O evangelho do reino dos céus é o vinho novo que Jesus trouxe para despejar em homens novos que reconheceram a sua própria falência e agora se abandonaram em Deus confiando inteiramente na sua graça e amor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Texto 077: MOTIVO

Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.” Mateus 9:14-15

Jesus sempre respondia as perguntas das pessoas que se aproximavam dele. Ele não se esquivava das respostas. O ensino fazia parte da sua missão. Às vezes, ele respondia uma pergunta com outra pergunta. Isto ajudava o questionador a refletir e pensar nas respostas. Desta vez, os discípulos de João Batista perguntam ao mestre porque os seus discípulos não jejuavam como os demais religiosos faziam. Jesus afirma que os seus discípulos não estão tristes e por isto não jejuam. A presença de Jesus entre os discípulos era suficiente para suprir as suas necessidades espirituais e conduzi-los a presença de Deus. Por esta razão, não era necessário jejuar. O noivo estava com eles. Eles podiam beber da sua presença, da sua sabedoria, do seu caráter e da sua vida. Eles estavam felizes porque o mestre convivia com eles diariamente e podiam receber direto da fonte a palavra e os ensinos de Deus.

Com isto, Jesus afirma que a sua presença é maior que qualquer tipo de ritual ou ordenança. Se o Senhor caminha conosco não precisamos ficar tristes. Mas, Jesus afirma que um dia a sua presença física seria tirada do meio dos discípulos. Quando isto acontecesse eles jejuariam. Isto quer dizer que a luta seria mais intensa, os problemas surgiriam com mais intensidade e por isto necessitariam renunciar por algum tempo algumas necessidades terrenas para se dedicaram aos assuntos do reino de Deus. O jejum nos motiva a tirar os olhos de nossas necessidades, expectativas e desejos e coloca-los nos assuntos concernentes ao reino de Deus. Como este ensino, Jesus afirma que há lugar na prática cristã para o jejum. Mas, também informa que a presença do Senhor em nossas vidas é mais importante do que qualquer tipo de cerimônia ou ritual.

Jesus também ensina que a alegria é a marca na vida daquele que caminha com ele. Ele afirma por meio de uma pergunta que os discípulos não podiam ficar tristes porque o noivo caminhava com eles. A presença de Jesus em nosso dia a dia nos motiva a exercitar a alegria, mesmo nos momentos tensos, difíceis e desafiadores. A presença de Jesus em nosso caminhar nos motiva a amar as pessoas e perseverar em tudo que Jesus ensinou. A alegria não descarta o jejum. Pelo contrário, a alegria nos motiva a jejuar para buscar as coisas que Jesus ordenou e praticar aquilo que ele ensinou. O jejum nos ajuda a focar nas coisas espirituais. Quando focamos nos assuntos de Deus ficamos alegres porque passamos a enxergar a sociedade e as pessoas da maneira que ele as enxerga. Busquemos a presença do Senhor Jesus diariamente e ficaremos alegres, mas façamos também jejum para que sejamos fortalecidos com o poder dos céus e sejamos capazes de enfrentar os dias maus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Texto 076: SAÚDE


E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” Mateus 9:9-13

Cada discípulo foi chamado para realizar algo bem específico: seguir a Jesus e pescar homens para o reino dos céus. Para atender a este chamado é necessário renunciar muitas coisas consideradas importantes para nós e priorizar os assuntos que o mestre considera mais importantes. Para Mateus era importante trabalhar na alfândega e conquistar seu sustento, mas quando ele ouviu o chamado de Jesus, apenas levantou-se e o seguiu. De agora em diante, a prioridade de Mateus era outra. Ele deixou de ser independente e por livre vontade decidiu ser dependente do mestre e seguir as suas pisadas. Ele entendeu naquele momento que era mais importante priorizar os assuntos do reino de Deus e de alguma forma a sua atividade laboral não podia ser útil neste propósito. Por isto, ele deixou a atividade que realizava e ficou à disposição do Senhor para realizar somente o que Jesus desejasse e ordenasse.

Por causa desta decisão de Mateus, muitos publicanos, que exerciam a mesma atividade que ele, decidiram visitar Jesus e sentarem à mesa com ele e com os seus discípulos. Quando um homem se submete a Jesus, como fez Mateus, naturalmente atrai seus semelhantes para conhecerem o mestre também. Foi isto que aconteceu. Os amigos de Mateus desejavam saber o que aquele homem Jesus disse para transformar a sua vida. Jesus os aceitou em sua mesa. Não os discriminou. Não os rejeitou. Jesus é o nosso modelo e com este ato nos desafia a aceitar publicanos e pecadores em nossa mesa. Ele é a luz que alumia os homens. Os seus discípulos devem ser assim também. Jesus sempre permitiu que qualquer pessoa se aproximasse dele. Ele tinha uma mensagem de amor para transmitir e era necessário fazer a transmissão de perto. Ele era acessível e as pessoas não tinha vergonha nem receio de se aproximarem dele. Elas sempre eram recebidas com amor. Também devemos receber cada pessoa da mesma forma: com muito amor.

Porém, os religiosos de plantão, que se julgavam mais justos que os outros não aceitaram esta atitude de Jesus e questionaram aos discípulos porque o Senhor comia com os pecadores. Jesus respondeu que são os doentes que precisam de médico, e que ele veio chamar pecadores ao arrependimento. Com isto, Jesus deixa claro que a mensagem do reino dos céus é para resgatar os pecadores e trazê-los para Deus. Isto significa que a mensagem é para todos, porque todos são pecadores. Por esta razão, não devemos construir muros que impeçam as pessoas de entrarem no reino, pelo contrário, devemos construir pontes de amor que permitam que cada pessoa se aproxime de nós para ouvir a boa notícia do reino de Deus. Esta boa notícia afirma que Deus convida a todos a se arrependeram da vida de pecados e de independência, e se submeterem à vontade de Deus. Que o Senhor nos ajude a acolher cada pecador em nossa mesa e ajuda-lo a entrar no reino dos céus.

“Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Texto 075: ESFORÇO

E, entrando no barco, passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações? Pois, qual é mais fácil? dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa. E, levantando-se, foi para sua casa. E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.” Mateus 9:1-8

O evangelho do reino dos céus nos desafia diariamente a entregar o governo de nossa vida e a esperança do nosso futuro nas mãos do Senhor Jesus Cristo. Cumprir este desafio exige esforço como resultado da expressão da nossa fé. No trecho citado, um paralítico é conduzido por seus amigos piedosos até Jesus na esperança de receber a cura da sua enfermidade física. Fizeram um esforço muito grande para chegarem até Jesus. Este esforço motivado pela fé foi recompensado quando ele ouviu que os seus pecados estavam perdoados. O paralítico foi em busca de cura física e recebeu o perdão divino. Jesus viu a fé do paralítico e a fé dos seus amigos. Esta fé foi revelada pelo tremendo esforço que fizeram para chegarem até Jesus. Como discípulos de Jesus somos desafiados diariamente a demonstrar a nossa fé pelo esforço que fazemos para seguir o mestre Jesus e cumprir as suas ordens.

A oposição não creu que Jesus pudesse perdoar pecados. Então, Jesus pergunta se é mais fácil perdoar pecados ou curar a paralisia. Não tiveram coragem de responder. Mesmo sem a resposta deles, Jesus demonstra sua autoridade e ordena ao homem que ande. Com esta atitude Jesus reafirma que pode perdoar os pecados e curar as doenças daqueles que pela fé se aproximam dele. Isto também é uma boa notícia do evangelho do reino dos céus. Podemos nos aproximar de Jesus para solicitar cura para o nosso corpo, paz para a nossa alma e perdão para os nossos pecados. Ele verá a nossa fé e pela graça nos atenderá. Não é natural para o homem se aproximar para pedir auxilio a Jesus, porque sempre desejamos resolver os nossos problemas usando os nossos próprios recursos. Mas, o paralítico da história mostra que vale a pena se aproximar de Jesus pela fé. Vale a pena se esforçar para encontrar o mestre e ouvir dele que os nossos pecados pela graça já foram perdoados.

A multidão se maravilhou e deu glória a Deus. Todos os atos de Jesus glorificavam o nome de Deus. Por isto, muitas vezes, ele solicitava que não divulgassem quem realizou a cura. Fazia isto porque deseja que Deus fosse honrado com os seus atos de amor. Os discípulos de Jesus devem imitar o mestre e viver como ele viveu. Diante disto, nós temos o desafio diário de atrair pessoas até Jesus para que suas enfermidades sejam curadas e seus pecados perdoados pelo poder de Jesus, para glória de Deus. Eles precisam saber que podem receber de graça tanto a cura para a corpo, para a alma, para a mente e o perdão dos pecados, pela graça de Deus. O esforço que precisam fazer é de se aproximarem de Jesus pela fé, confiando inteiramente no amor e na graça de Deus. Nós, como discípulos de Jesus, precisamos dar esta boa notícia. Isto também exige esforço e fé. Precisamos nos esforçar pela fé para demonstrar amor a cada pessoa que relaciona conosco e mostrar que há cura e perdão em Jesus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Texto 074: RECONHECIMENTO

E, tendo chegado ao outro lado, à província dos gergesenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas. Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.  E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos.” Mateus 8:28-34

O Senhor Jesus não fazia acepção de pessoas. Ele sempre estava disponível para amparar os necessitados, curar os doentes e libertar os oprimidos. Em sua caminhada, muitas vezes, pessoas viam ao encontro do Senhor para solicitar auxílio ou receber alguma resposta para uma questão importante. Ele sempre as recebia. Neste episódio, porém,  dois homens endemoninhados e ferozes se aproximam de Jesus, reconhecem que ele é o Filho de Deus, reclamam da sua presença e fazem um pedido ao mestre. Os demônios que estavam no homem, reconheceram Jesus como alguém que tem autoridade, que tem poder e que pode tomar decisão.  Diante de todas as frases ditas, Jesus pronuncia apenas uma palavra: ide. Ele liberta os homens endemoninhados com uma só palavra e atende ao pedido feito pelos anjos maus. Parece estranho. Mas, percebemos que até o mal reconhece o poder e a autoridade do mestre Jesus. Com uma só palavra, o Senhor expulsa o mal e liberta os cativos. Nós, discípulos de Jesus, recebemos de Deus a mesma autoridade e o mesmo poder, para realizarmos as mesmas coisas que Jesus fez.

Por outro lado, os porqueiros que tiveram um prejuízo por causa da ação do mal e a cidade que de alguma forma foi prejudicada com a perda dos porcos não tiveram a mesma alegria com o ato de Jesus. Ao invés de ficarem contentes porque dois homens foram libertados das forças do mal, ficaram tristes pelo prejuízo causado com a morte dos porcos e solicitaram que Jesus fosse embora dos seus territórios. É triste ler isto. É triste porque percebemos que mesmo diante de um milagre realizado por Jesus, alguns podem ficar sem perceber quem ele realmente é. Nós, discípulos de Jesus, não podemos deixar de reconhecer a obra realizada pelo mestre. Precisamos manter nossos olhos e corações abertos para perceber as obras realizados por Deus diariamente em nossas vidas. É importante lembrar que fomos chamados também para expulsar o mal e libertar os cativos. Mas, também, é importante saber que em algumas situações não seremos reconhecidos como agentes de Deus e as pessoas pedirão que saiamos das vidas delas. É triste, mas isto acontece. Mas, não devemos desanimar. Sigamos em frente, confiando em Deus e realizando a obra que ele reservou para que realizássemos, mesmo que não sejamos reconhecidos como filhos de Deus e discípulos do rei Jesus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Texto 073: TEMPESTADE


E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mateus 8:23-27

O discipulado realizado por Jesus sempre foi prático. Ele passava conceitos teóricos para os seus discípulos, com o objetivo de ensiná-los a colocar em prática a lição aprendida. Por isto, os discípulos acompanhavam Jesus em todos os momentos. Era algo normal. Jesus entrou no barco e os seus discípulos entraram também. O aprendiz é segue as pisadas do mestre e deseja tornar-se como o mestre. Isto acontece durante a caminhada. Cada experiência era aproveitada pelo Senhor para transmitir um princípio cristão aos seus seguidores. Enquanto Jesus dormia uma tempestade violenta começa e coloca em risco a vida de todos. Em nossa vida enfrentaremos fortes tempestades que tentarão afogar as nossas vidas dentro dos problemas. Os discípulos tentaram usar os conhecimentos e habilidades que tinham para resolver a situação. Nós fazemos assim também. Tentamos usar tudo que sabemos e temos para sair do problema e buscar a saída. Mas, nem sempre dá certo.

Algum tempo depois, os discípulos reconheceram que iriam morrer se Jesus não interferisse e de forma desesperada pediram ajuda ao mestre. Tiveram que se aproximar do mestre, despertá-lo e suplicar pela sua ajuda. Quando fizeram isto, reconheceram que os seus esforços e recursos não eram suficientes para livrá-los daquela situação. Por isto, suplicaram ajuda ao Senhor que cura, liberta e salva. Em nossa jornada tentamos resolver os nossos problemas morais, sociais, psíquicos, físicos ou espirituais usando recursos que desenvolvemos e possuímos, antes de pedir ajuda ao Senhor. Nos esgotamos tentando resolver os desafios da vida usando o nosso intelecto, dinheiro, influência, ferramentas e tecnologia. Somente depois de algum tempo, temendo pelo perigo do fracasso eminente solicitamos ajuda ao Senhor. Na verdade, o Senhor deve ser consultado, sempre em primeiro lugar, para nos dirigir e nos indicar a forma correta de resolver os desafios diários. O diálogo com Deus sempre é o primeiro passo. Após a oração saberemos o que fazer e como fazer para enfrentar a tempestade que desafia a nossa vida.

Depois que Jesus se levantou e agiu, a tempestade se acalmou e as pessoas do barco foram tomadas de grande alegria e admiração. Quem é este homem que até o vento e o mar obedecem a ele? Ele é o filho de Deus, o Senhor de todo o Universo. Ser discípulo de Jesus é servir ao próprio Criador e caminhar com a certeza de que ele estará conosco em todos os momentos. Teremos problemas, mas não precisamos ter medo, porque Jesus é a nossa companhia e sabe como agir em todas as situações. Ele deseja nos ensinar a agir como ele agiu diante dos desafios diários. Ele controlou a tempestade somente com a palavra. Nós também devemos usar a palavra de Deus para enfrentar todas as situações e ter vitória em cada uma delas. Ser vitorioso não é ganhar todas as batalhas, mas é enfrentar cada desafio da mesma forma que Jesus enfrentou. Ser vitorioso diante da tempestade é expressar a vida de Jesus em nós e revelar às pessoas o legítimo amor incondicional de Deus em qualquer situação.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Texto 072: PERMISSÃO

"E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.” Mateus 8:21-22

Há um governo bem definido no reino dos céus. Jesus é o rei e os seus discípulos são os súditos. Estes papéis não devem ser invertidos. Os discípulos foram chamados para servir ao Senhor e as pessoas. Não foram chamados para serem servidos nem para ditarem as ordens no reino dos céus. Jesus não é o nosso servo, não é o nosso subordinado. Ele é o nosso rei, é o nosso governante, é o nosso Senhor. É ele que sempre dá a direção e as ordens. Por isto, cada discípulo que decide voluntariamente seguir a Jesus, precisa entender quem é o líder. Jesus é o único líder da igreja. Ele é o único pastor do rebanho. É certo que ele colocou homens para exercer funções em sua família e cooperar ajudando outras vidas. Porém, Jesus continua sendo o único Rei, Pastor e Senhor absoluto de seus discípulos. Todos os demais homens e mulheres que fazem parte da sua igreja são súditos do Rei, ovelhas do Pastor e servos do Senhor. Precisamos entender a nossa posição no reino.

Parece que o discípulo citado no texto ainda não tinha entendido esta verdade e pediu permissão ao Senhor para sepultar o seu pai antes de continuar a jornada com o mestre Jesus. Ele, indiretamente, disse que desejava seguir ao Senhor, mas existiam outras prioridades em sua vida que precisavam ser resolvidas antes. Ele colocou uma condição para Jesus. Ele imaginou que poderia negociar com o Senhor e mudar as ordens que já haviam sido definidas pelo mestre. Nós também somos assim. Muitas vezes, colocamos condições para Deus e se as condições forem satisfeitas conforme a nossa vontade, então seremos fiéis e o seguiremos. Isto é um erro. Pensamos que estamos no mesmo nível do criador  e que sabemos o que é melhor para nossa vida. Dizemos com a boca que ele é o nosso Rei e cantamos que ele é o nosso Senhor, mas em nosso coração criamos condições e tentamos negociar com ele a nossa lealdade e fidelidade. Dizemos: “quero te seguir, mas permita-me que eu resolva os meus problemas antes. Depois que tudo tiver resolvido, eu te seguirei”. Quando agimos assim, mostramos que ainda não entendemos a nossa posição no reino. Ele é o Senhor e nós somos os servos.

Jesus respondeu com firmeza que o discípulo deveria deixar que os mortos cuidassem dos seus mortos. Parece uma resposta insensível, mas na verdade o Senhor estava colocando para o seu discípulo qual deveria ser a prioridade em sua vida. Jesus não estava ensinando o discípulo a desprezar o seu pai, mas estava afirmando que no reino de Deus há prioridades e há um Rei que determina o que deve ser feito. Não é o discípulo que direciona o mestre, mas é o mestre que indica o caminho que o discípulo deve seguir. Quando entendemos nossa posição dentro do reino, não fazemos exigências a Deus nem colocamos condições para que ele cumpra, em troca de nossa fidelidade e lealdade. Pelo contrário, por causa do Rei Jesus seremos capazes de mudar as nossas prioridades, abrir mão do nosso direito e conforto, renunciar amizades e relacionamentos e deixar tudo somente para seguir o mestre e realizar a sua vontade. Jesus deseja guiar cada discípulo. E nós, que desejamos ser seus discípulos, precisamos deixar que ele nos guie e defina as nossas prioridades.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Texto 071: CONFORTO

E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Mateus 8:18-20

Nós já sabemos que praticar o evangelho é seguir a Jesus. Seguir a Jesus significa caminhar e viver da mesma forma que ele viveu. O mestre é o nosso modelo e nós somos os seus aprendizes. Entretanto, precisamos de motivação verdadeira para que o sigamos com o objetivo certo e da forma correta. Neste texto observamos que uma grande multidão circulava ao redor de Jesus, mas, poucos eram discípulos autênticos e seguidores verdadeiros. Alguns estavam ao seu redor somente para conquistar um desejo material ou satisfazer uma necessidade pessoal. Hoje não é diferente. Muitos se propõem a seguir Jesus pelos motivos errados. Ainda não entenderam que seguir as pisadas do mestre implica em renúncia da própria vida e dos próprios interesses para viver a vida e os interesses de Jesus. Isto não é uma tarefa fácil. Precisamos da ajuda de Deus para conseguirmos caminhar com o coração e com o motivo correto ao lado de Jesus.

Ao pensar nisto, podemos meditar na afirmação do escriba: “aonde quer que fores, eu te seguirei”. Talvez o escriba não tenha avaliado corretamente a proposta que fizera. Ele afirma que iria seguir Jesus em todos os caminhos. Mas, parece que ele ainda não havia entendido que o caminho de Jesus não seria um caminho fácil. Seria uma trilha complicada e ao final da trilha, o Senhor seria morto como se fosse um criminoso. Ele sofreria uma morte física horrível somente porque se propôs a amar o homem e trazer a mensagem de amor e reconciliação. Ele seria rejeitado, abandonado, traído, enganado, humilhado e morto somente porque tinha um único objetivo: aproximar o homem de Deus e ser a ponte entre ambos. Quando o escriba afirma que seguiria Jesus, provavelmente, não compreendia ainda como seria o caminho percorrido pelo mestre.

Por isto, Jesus afirma que não tem onde reclinar a cabeça. Ele diz que as aves e as raposas tem mais conforto que ele. O mestre não está querendo desanimar o escriba que se propôs a segui-lo, mas pretende mostrar a realidade da jornada. Todo discípulo de Jesus enfrentará perdas, abandono, solidão, traição, humilhação, rejeição e outros males somente porque desejam aproximar os homens de Deus, por meio da mensagem do evangelho do reino. Isto é fato. Então, precisamos entender que não seguiremos as pisadas do Senhor somente nos momentos bons. Pelo contrário, se somos discípulos legítimos, iremos trilhar todo o caminho que o evangelho do reino dos céus nos propõe. Ser discípulo não é experimentar conforto durante a caminhada, mas é entender que fomos chamados para resgatar outras pessoas e entregar até a nossa vida, se for necessário, para que outros conheçam e se aproximem de Deus. Não sei se o escriba desistiu de segui-lo depois que ouviu a afirmação do mestre. Mas, eu sei que desejo segui-lo, desejo caminhar da mesma forma que ele caminhou, desejo amar da mesma forma que ele amou, só para que outros conheçam o amor de Deus e desejem fazer parte do reino dos céus.

“Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 070: CURA

“E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.” Mateus 8:16-17

Em sua caminhada com os discípulos, Jesus operou muitos milagres e libertou muitas pessoas da opressão, do desespero, da depressão e da desesperança. A palavra que Jesus proferia era suficiente para expulsar os espíritos maus e afastar as doenças da vida das pessoas. Muitas pessoas levavam doentes e oprimidos pelo mau para que o Senhor tocasse neles, proferisse uma palavra e tudo fosse resolvido. Jesus não se incomodava com isto, mas pacientemente atendia cada pedido e cada apelo que chegava. Ele recebia com alegria e amor cada um que com o coração necessitado se aproximasse dele. É importante lembrar que Jesus fazia tudo isto para dar exemplo e ser modelo para os seus discípulos. Então, da mesma forma que ele acolheu cada pessoa doente ou influenciada pelo mau, os discípulos de hoje também devem acolher estas pessoas e colaborar para a cura e libertação delas.

Mateus afirma que Jesus fazia isto porque havia uma profecia que seria cumprida pela expressão de sua vida. A profecia afirmava que o Senhor levaria as nossas enfermidades, as nossas dores e as nossas doenças. Jesus levou isto a sério, e por esta razão, também, ele nunca se esquivou do problema alheio. Pelo contrário, ele demonstrava em cada situação uma compaixão incondicional por cada pessoa que se aproximava dele. Também, por meio da palavra de Deus e do poder de Deus que habitava nele, ele curava e libertava cada pessoa que suplicava a sua ajuda. Isto indica que Jesus vivia interessado na cura e libertação das pessoas que buscavam o auxílio de Deus. O Senhor não trabalhava por dinheiro, status ou poder. Mas, ele atuava porque precisava deixar a marca do amor de Deus na vida das pessoas que o procuravam e ser o modelo verdadeiro para os seus discípulos.

Sendo assim, nós, que nos consideramos discípulos e seguidores do mestre, devemos agir da mesma maneira. Não devemos seguir ao Senhor interessado em receber benefícios pessoais, prêmios, status ou reconhecimento. Mas, devemos seguir ao Senhor porque desejamos que ele estabeleça o reino dos céus dentro de nós, e nos use como instrumentos de amor para curar e libertar as pessoas que buscam o auxílio de Deus. Não devemos viver pensando em nossos próprios interesses ou necessidades. Na verdade, devemos lembrar que fomos chamados para receber pessoas doentes do corpo e da alma e apresentar a elas a cura de Deus que só pode ser proporcionada mediante a fé em sua palavra e em seu filho Jesus. Que o nosso desejo seja encontrar pessoas carentes, doentes, oprimidas e cansadas para que tenhamos a oportunidade de demonstrar para elas e mesmo amor e compaixão que Jesus mostrou e colaborar para que pelo poder de Deus sejam libertadas da opressão do inimigo e possam experimentar a doce companhia e a paz de Jesus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Texto 069: VISITA

E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.” Mateus 8:14-15

O ensino de Jesus é totalmente prático. Cada um dos seus discípulos são desafiados  diariamente a  imitarem o mestre em suas ações e palavras. Mais ações do que palavras, é claro! Por esta razão, os discípulos foram convocados a estarem com Jesus em tempo integral para que aprendessem os ensinamentos do mestre de forma prática.  Por isto, também, serão muitos raros, em sua jornada, os momentos que Jesus ficará solitário. Ele sempre fez questão de ter os discípulos consigo, porque esta é a única maneira eficiente e eficaz de transmitir os ensinamentos do evangelho do reino dos céus aos discípulos. Então, como discípulos devemos imitar o nosso mestre em suas palavras, ensinamentos e atitudes. Ele é o nosso modelo principal. Esta prática de imitar a vida do mestre deve ser diária e constante.

Desta feita, ele vai até a casa de Pedro e encontra a sogra dele acamada. Os discípulos estavam com ele. Percebemos, novamente, a disposição de Jesus  de ir até as pessoas. Ele toma a iniciativa de encontrar cada pessoa. Em alguns momentos, é certo, que as pessoas viajavam e andavam bastante para encontrar Jesus, mas em muitos outros momentos Jesus tomava a iniciativa de sair ao encontro dos cativos,  oprimidos, solitários, cansados, tristes,  incrédulos,  doentes, fracos, desesperados, rejeitados  e necessitados. Ele sabia que, na maioria dos casos, bastava uma palavra ou gesto de amor para transformar radicalmente uma vida. A expressão da prática do evangelho é demonstrar diariamente amor incondicional pelas pessoas. O texto afirma que Jesus tocou na mão da sogra de Pedro e a febre a abandonou. O toque de amor é uma ferramenta usada por Jesus que deve ser aprendida e praticada pelos discípulos atuais. Devemos tocar cada pessoa para transmitir o amor de Deus. Não devemos ter medo de fazer isto. O toque de amor cura e liberta.

Depois da cura, a sogra de Pedro se levantou e os serviu. Este é outro aspecto importante que o evangelho do reino dos céus traz para a vida dos que são transformados pelo toque de amor. A partir do momento que somos tocados e curados por Deus, devemos usar a nossa vida para servir as demais pessoas e compartilhar o mesmo toque. Cada discípulo, em verdade, foi convocado para este serviço. Não fomos chamados para cuidar dos nosso próprios interesses, mas fomos convocados para diariamente abrir mão de nós mesmos e sair da nossa zona de conforto para servir as outras pessoas. Temos recursos para isto porque já fomos tocados, libertados, curados e salvos por Jesus. A sogra de Pedro entendeu que recebeu a cura para servir e assim o fez. Que o Senhor toque em nosso coração, neste dia, e nos motive a viver cada minuto de nossa vida para servir aos outros.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Texto 068: NACIONALIDADE

E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.” Mateus 8:10-12

Nos dias atuais, muitas pessoas são discriminadas porque nasceram em determinada nação. Algumas são consideradas especiais porque nasceram em nações ricas e desenvolvidas, e outras são desprezadas porque nasceram em nações pobres e subdesenvolvidas. Mas, o Senhor Jesus, depois que ouviu a declaração espantosa de fé do centurião romano, afirmou aos seus seguidores, enfaticamente, que pessoas de todo o planeta, oriente e ocidente, farão parte do reino dos céus. Com esta fala, o Senhor transmite aos seus discípulos e seguidores que o reino dos céus será formado por pessoas de várias nacionalidades. Isto significa que Deus não faz acepção de pessoas. Ele não incluirá pessoas em seu reino por causa da nação onde elas nasceram, ou por causa da cor da sua pele, ou por causa da aparência exterior delas ou por causa da sua posição social e religiosa que ostentam. Cada pessoa será incluída por causa da sua fé verdadeira em Cristo e por que desejam servir ao rei Jesus. Serão incluídas, principalmente, por causa da graça infinita de Deus.

Nesta fala do Senhor Jesus, os patriarcas - Abraão, Isaque e Jacó - representam a nação judaica, os judeus, que se considerava a exclusiva de Deus. É importante lembrar disto porque na cabeça dos primeiros discípulos somente um grupo específico, os judeus, fariam parte do reino de Jesus. Eles tinham este pensamento errado. Mas,  com este ensino Jesus abertamente discorda disto e enfatiza que o reino dos céus será formado por pessoas que virão de todos os lugares. Não importa se são brasileiros, angolanos, moçambicanos, russos ou norte-americanos. Todos que tiverem fé legítima no Senhor Jesus serão incluídos no seu reino. A fé legítima é carregada completamente pelo desejo de obedecer ao Senhor, de amá-lo e de demonstrar amor prático e autêntico pelas pessoas. Certamente, o reino de Deus é formado por pessoas de todas as nacionalidades que depositaram completamente sua fé no Senhor. Com esta afirmação, mais uma vez, Jesus demonstra que o nosso papel é derrubar muros e construir pontes para que outros entrem no reino dos céus.

Para concluir, Jesus afirma que muitos que se consideram filhos de Deus e cidadãos do reino serão deixados de lado. Isto quer dizer que não é uma posição social ou religiosa que garante o acesso ao reino dos céus. Ninguém será admitido no reino porque é filho de um discípulo ou porque nasceu em uma família cristã. Todos serão incluídos pelo mesmo critério:  a graça de Deus que gera em nosso coração uma fé legítima no Senhor Jesus. Somente uma fé como a qualidade demonstrada pelo centurião romano, quando admitiu a sua indignidade e reconheceu a autoridade de Jesus, pode nos conduzir ao reino de Deus. Somente este tipo de fé nos leva a entender que somos insuficientes em nós mesmos, que não podemos pagar a  nossa entrada no reino, que a nossa vida não é digna, que somos totalmente incompletos sem Deus e que não temos direito algum de exigir a participação no seu reino. Somente este tipo de fé pode nos levar a suplicar ao Senhor que ele diga uma só palavra e que esta palavra dita, de graça, abra para nós a porta do seu reino e nos inclua nele apesar dos nossos pecados e debilidades.

“Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Texto 067: DIGNIDADE

E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz. Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.” Mateus 8:5-9, 13

Vimos no texto anterior que Jesus iniciou sua caminhada prática para demonstrar aos seus discípulos como cada lição ensinada deveria ser executada no dia a dia. Ele tocou em um leproso que suplicou ajuda e o purificou. Desta vez, ele conversa com um centurião romano que suplica pela vida do servo paralítico e atormentado. Novamente, Jesus derruba um preconceito ao conversar com um soldado do povo que oprimia os judeus. É possível ajudar um inimigo? Jesus não pensa duas vezes e afirma: “eu irei, e lhe darei saúde”. Ele não deixa nenhuma dúvida sobre a sua intenção e missão. Segundo a prática de Jesus, qualquer pessoa é alvo potencial do amor de Deus. Por isto, ele não quer perder esta oportunidade de mostrar aos seus discípulos como demonstrar amor incondicional por alguém que segundo a prática e costumes da época era considerado um inimigo. O amor cobre uma multidão de pecados.

Diante da proposta de Jesus, o centurião replica e afirma que não é digno de receber o mestre em sua casa. Este homem, apesar da autoridade militar que possuía, diante de Jesus, demonstra uma humildade inesperada. Ele reconhece que não é digno da presença do mestre em sua casa e ao mesmo tempo afirma que Jesus tem autoridade para com uma simples palavra ordenar que a doença vá embora. Este centurião demonstra traços desejáveis na vida de um discípulo de Jesus. Como discípulos, precisamos diariamente reconhecer diante de Deus e dos homens a nossa condição indigna, ao mesmo tempo que reafirmamos a autoridade que o mestre Jesus tem sobre nossas vidas. Se agirmos da mesma forma que o centurião todas as vezes que nos apresentarmos diante de Deus, receberemos o conforto em nosso coração e a esperança da presença de Deus em nossas vidas será renovada. Só assim poderemos descansar no amor de Deus apesar da nossa insuficiência e indignidade.

Diante da exposição do centurião e da sua fé demonstrada, Jesus, admirado, afirma que o servo do centurião seria curado. A fé do centurião era o elemento necessário para que a cura fosse realizada. O texto afirma que naquela mesma hora o servo ficou sarado. A cura é importante, mas o mais importante é perceber como Jesus se relaciona com as pessoas. Este é o alvo da sua prática: construir relacionamentos. Os discípulos autênticos precisam imitar o mestre em suas atitudes. Tanto o leproso como o centurião iniciam a aproximação e o diálogo com Jesus. Apesar da proibição de tocar em um leproso e do desprezo que o povo tinha pelos romanos, Jesus dialoga com eles, ouve a necessidades deles e atende cada pedido. Não devemos nos esquivar dos diálogos e dos pedidos de ajuda daqueles que Deus permite que se aproximem da gente. Devemos fazer como o mestre Jesus fez: ouvir, perceber, entender e atender as solicitações e súplicas conforme o poder que Deus colocou em nós, com um amor incondicional. Este é o papel do verdadeiro discípulo: derrubar muros e construir pontes fundamentadas no amor.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Texto 066: PURIFICAÇÃO

E, descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão. E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra. Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.” Mateus 8:1-4

Após concluir seu discurso no monte, Jesus continua sua jornada para demonstrar na prática tudo que ele falou e ensinou aos seus discípulos e ouvintes durante o sermão. Uma grande multidão o seguiu. Alguns queriam praticar o que o mestre tinha dito, outros estavam curiosos e outros queriam desmascará-lo e demonstrar que ele era mentiroso. Havia vários interesses na multidão, mas o Senhor Jesus não mudou para agradá-los. Ele tinha um objetivo bem definido: amar e servir. Ele fez tudo que era coerente com a sua mensagem. Ele era íntegro e verdadeiro. Por isto, não podia agir de outro modo, não podia ser falso ou agir com dolo. Ele amava e agora com o início de sua jornada prática teria a oportunidade de demonstrar aos seus discípulos como deveriam agir diante da sociedade e como deveriam relacionar com cada pessoa. Os discípulos, a partir deste momento, estavam sendo desafiados a olharem o que Jesus iria fazer e em seguida o imitarem em suas palavras e ações.

Na primeira experiência registrada, um homem leproso se aproxima de Jesus, o adora, expõe a sua necessidade e categoricamente afirma que se Jesus quiser pode afastar a lepra dele. Um leproso não se aproximava das pessoas desta maneira. Mas, atitude deste homem demonstra que Jesus era uma pessoa acessível e disponível. Qualquer tipo de pessoa podia fazer contato com ele, conversar com ele, se aproximar dele e se relacionar com ele. A postura de Jesus diante das pessoas gerava este clima de inclusão e aceitação. Nós, como discípulos de Jesus, também precisamos ser acessíveis às pessoas que desejam cura, libertação, amor, amizade, aceitação, perdão, comunhão ou relacionamento verdadeiro. Jesus ouviu com atenção a súplica do homem, entendeu a sua necessidade e percebeu a sua fé. Jesus não o censurou porque o homem leproso quebrou as regras e se aproximou de uma pessoa sã. Pelo contrário, o mestre o recebeu com compaixão, ouviu o pedido fervoroso e desesperado, e agiu em benefício daquele homem.

Diante do pedido suplicante do leproso, Jesus afirma que deseja que o leproso fique limpo. Mas, ele não expressou isto somente com palavras. Ele tocou no homem. Ele fez algo que nenhuma pessoa sã faria com um leproso. Era proibido tocar em um leproso. Mas, com este toque de amor, Jesus mostra aos seus discípulos que as pessoas precisam ser tocadas. Devemos ajudar as pessoas de perto e não somente de longe. Precisamos tocar em seus corpos e almas sem medo de sermos contaminados. Somente depois do toque inclusivo de amor, Jesus declara que deseja que o homem fique limpo e dá a ordem para que o homem se torne limpo. Depois disto, o homem é orientado a levar uma oferta para demonstrar sua cura e sua gratidão a Deus. A oferta representa a prova de sua cura. Após o toque de Jesus, a cura ocorreu e o leproso foi incluído novamente no convívio social. Isto é o verdadeiro milagre: a inclusão daquele que era rejeitado e solitário.  O leproso experimentou a aceitação e recebeu o poder da purificação que transformou o seu corpo, sua alma e sua vida. É impossível ter um encontro com Jesus, ser tocado por ele e não experimentar uma purificação total. Cada discípulo já experimentou isto. E cada discípulo de Jesus tem o dever de sair pelo mundo em busca de pessoas que precisam ser tocadas e tocar nelas, para gerar a purificação delas e a inclusão delas no reino de Deus.

"Venha o teu reino, seja feita a tua vontade".

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Texto 065 : DOUTRINA

"E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas." Mateus 7:28-29

Jesus conclui seu discurso no monte depois de ter falado sobre vários assuntos importantes. Ele falou sobre as bem-aventuranças; a correta interpretação da lei; a prática do amor; a prática da esmola, oração e jejum; o perdão; a ansiedade; o julgamento; a escolha do caminho; o bom fruto, a prática da palavra de Deus e outros assuntos. Realmente, são muitos temas diferentes, profundos e difíceis de serem praticados na vida terrena. São temas que auxiliam na formação do caráter do verdadeiro discípulo. Cada assunto ensinado pelo mestre deve ser colocado em prática diariamente para que faça efeito em nossa vida. Não adianta conhecer apenas a letra escrita ou a teoria, mas é fundamental experimentar o ensino na própria vida, de forma prática, e em todos os relacionamentos estabelecidos. O discurso de Jesus no monte é desafiador e convida cada discípulo a colocar em prática, com a ajuda de Deus, cada ensino transmitido. A prática diária é a prova de que aprendemos o que o mestre ensinou. Somente esta prática constante prova que realmente cremos, amamos e obedecemos os ensinos do mestre Jesus.

Diante da grandiosidade deste ensino, a multidão ficou admirada e perplexa. O ensino de Jesus era diferente de tudo que já havia sido dito até aquele momento. Até aqueles dias, a opção que a lei oferecia para a ofensa era a punição do infrator, mas Jesus afirma que o perdão é a melhor solução para resgatar e redimir o infrator arrependido. A inimizade era tolerada segundo a lei, mas Jesus diz que precisamos orar pelos inimigos, abençoar os que nos amaldiçoa e falar bem dos que nos maldizem. O amor cobre a multidão de pecados. Ele ensina a pagar o mal com a prática do bem. Isto deixou a multidão perplexa e admirada. Na verdade, cada ensinamento de Jesus quando colocado em prática, nos deixam perplexos também. Quando ouvimos pela primeira vez, temos a impressão de que não daremos conta e não seremos capazes de obedecer ao mestre. Como não ficar ansioso diante dos problemas? Como amar os inimigos? Como perdoar um cônjuge traidor? Como não me vingar daquele que me fez o mal? O ensino de Jesus tem a resposta certa para cada pergunta. Cabe ao discípulo coragem para colocar em prática. Uma coisa é certa: a opção de Jesus sempre é melhor que a nossa. Vale a pena praticar cada ensino do mestre Jesus.

Por fim, o texto afirma que Jesus ensinava como alguém que possuía autoridade. Ele não ensinava como um religioso ou estudante das leis de Deus. Ele ensinava exatamente o que ele fazia. Não era um hipócrita tentando manipular a multidão com frases de efeito, palavras bonitas ou discurso milimetricamente planejado. A mensagem falada do mestre era ratificada pela sua vida vivida. Ele ensinava o que praticava. Não havia contradição entre a sua palavra e a sua prática. Por isto, também, a multidão ficou admirada. Como era possível alguém viver daquela maneira? Sabemos que para os homens é impossível viver a vida proposta por Jesus sem a ajuda de Deus. Mas, também sabemos que a capacidade para praticar o ensino de Jesus vem de uma fonte sobrenatural: o próprio Deus. Porém, o desejo de crer e praticar tudo que o mestre transmitiu cabe ao homem. À medida que o homem deseja obedecer a Deus, o próprio Deus me capacita o homem a obedecer e a praticar cada ensino de Jesus. É uma trabalho compartilhado entre Deus e o homem. O homem deseja e Deus dá toda a condição e recursos necessários para que o homem realize em sua vida, diariamente, tudo aquilo que Jesus ensinou. O alvo do discípulo é ser como o seu mestre Jesus.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Texto 064 : ALICERCE


"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda." Mateus 7:24-27

O Senhor Jesus está concluindo o sermão do monte e aproveita para explicar que o importante é a prática do ensino ditado por ele. A teoria tem o seu papel, mas a prática é o objetivo final de todo ensino que saiu do coração e da boca do mestre. Até este momento, ele disse e ensinou muitas coisas sobre o amor, o perdão, a bondade, a paz, a persistência, o bom caráter, a amizade, a renúncia, a comunhão e até sobre o futuro. Porém, nenhuma palavra dita terá valor se não for colocada em prática. Cada discípulo deve praticar em sua própria vida a palavra proferida pelo mestre. Este é o segredo! Nosso primeiro esforço é colocar em prática em nossa vida a palavra escutada e aprendida. É certo que devo compartilhar com outros tudo que aprendi com o mestre, mas é primordial que eu pratique, em primeiro lugar, a palavra em minha vida, antes de reparti-la com outras pessoas. Isto dará integridade à mensagem, porque ensinarei aquilo que já pratico. O fim da teoria é a prática. A teoria só tem valor quando colocada em prática. Por isto que caminhar com Jesus é praticar as palavras ditas por ele. Ouvir é o primeiro passo, mas praticar é prova de que cremos, entendemos, obedecemos e amamos os seus ensinamentos. Este é o desafio!

A prática do ensino de Jesus é o alicerce para enfrentar tempestades, rios, e ventos que atingirão as nossas vidas. Isto indica que teremos momentos tristes, desafiadores e apavorantes. Mas, também indica que se estivermos alicerçados na prática da palavra de Deus, teremos capacidade divina para enfrentar cada desafio, usando as ferramentas corretas que o mestre forneceu. A principal delas é o amor. A palavra de Jesus nos ajuda a pensar, falar e agir corretamente diante dos momentos tenebrosos que desafiam nossa vida. A prática da palavra nos firma em uma rocha – que é o próprio Deus – e nos mantém inabaláveis diante dos desafios que nos provocam. Isto é verdadeiro. Somos inabaláveis somente quando praticamos o perdão, o amor, a paz, a gratidão, a amizade e as demais virtudes ensinadas pelo mestre. Isto é um desafio diário. Cada discípulo deve ser como o mestre. Não há outra opção melhor. Não há outro alvo mais nobre. Por isto, a prática da palavra é a tarefa mais importante na vida de um discípulo. Nossa vida será mais feliz, apesar das dificuldades porque estará fundamentada na palavra do próprio Deus. A prática da palavra nos firmará e nos sustentará diante de todos os problemas e desafios que assaltarão a nossa vida. 

Por fim, o Senhor Jesus fala da inutilidade de escutar a palavra e não praticar. Ele afirma que as pessoas que assim fazem, não tem alicerce forte para enfrentar as pressões e as tormentas da vida. Por mais interessante que seja ouvir as palavras, isto por si só não ajuda o homem a ser restaurado e a manter a sua vida alicerçada em Deus. O homem que só escuta e não pratica, rapidamente se afastará de Deus diante das dificuldades e colocará a sua fé e esperança em outras afirmações humanas ou malignas. Por isto, um discípulo não deve ser um ouvinte displicente mais um praticante perseverante. O homem que escuta e não pratica não tem fundamento sólido para viver. Vive de forma superficial e logo que surgirem as provações e tribulações deixarão a palavra e trilharão os seus próprios caminhos. Mas, o legítimo discípulo de Jesus será como uma casa bem alicerçada e poderá enfrentar cada tentação, provação ou tribulação sem se abalar, porque a sua esperança está totalmente estabelecida no Senhor e na sua palavra. Que o nosso desejo seja ouvir e praticar em nossas vidas cada palavra ensinada pela boca do mestre Jesus. É certo que em alguns momentos falharemos, mas sempre teremos a chance de praticar novamente o que o Senhor ensinou e restaurar nossa vida e fortalecer nossa comunhão com ele e nosso amor pelas pessoas. Tudo isto, por causa da prática da palavra.

“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 063 : INTIMIDADE

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade."  Mateus 7:21-23

A intimidade com Deus revela que ele nos conhece. Significa que ele sabe que somos sinceros em nossos pensamentos, palavras e ações. Indica que estamos vivendo uma vida transparente e sem segundas intenções. Afirma que nosso coração e alma estão totalmente nus diante de Deus. Por fim, a intimidade confirma que fazemos parte da família de Deus e somos seus filhos, discípulos e servos legítimos. Segundo o ensino de Jesus, não basta apenas afirmar com a boca que ele é o Senhor para sermos reconhecidos por Deus como membros de sua família. Jesus diz que muitos dizem “Senhor, Senhor”, mas estão vivendo uma vida sem a presença de Deus e praticando iniquidade. Não adianta afirmarmos com nossa boca que ele é o nosso Senhor e vivermos uma vida independente dele e sem a prática do amor. Não adianta dizermos que somos seus servos e jamais obedecermos a ele. Não é útil falarmos que somos seus discípulos e nunca sermos conhecidos por ele. Temos que tirar nossas máscaras se desejamos ser conhecidos de Deus.

Jesus afirma que muitos usarão as obras que fizeram – profecias, exorcismos e milagres – para reivindicarem o direito de fazerem parte do reino de Deus e da família dele. Eles afirmarão que fizeram estas obras em nome de Jesus. Eles alegarão que as obras eram boas e beneficiaram a outras pessoas. Porém, a palavra afirma que o coração deles estará cheios de iniquidade, maldade, dolo, interesses estranhos aos interesses de Deus e egoísmo. Na verdade, chamaram durante toda a sua vida a Jesus de Senhor, fizeram obras magníficas em nome de Jesus, mas o coração deles nunca pertenceu a Deus e só fizeram estas coisas buscando os seus próprios interesses egoístas. Diante deste quadro percebemos que não basta falar e fazer coisas em nome de Deus, mas é necessário realizar a vontade do Pai, que está nos céus. Sem o desejo de realizar a vontade de Deus, até as coisas boas que fazemos são consideradas malignas. Não é possível viver corretamente fora da vontade de Deus.

Notamos, também, que Jesus não dirá que eles estão mentindo, mas apenas afirmará que não os conhece e nunca os conheceu. O Senhor também afirmará que estas pessoas não farão parte do seu reino. Ele apresentará pelo menos dois motivos: não fizeram a vontade do pai e praticaram a iniquidade. Diante deste ensino, precisamos pensar em nossas próprias vidas. Somos servos e discípulos legítimos? Quando falamos que ele é o nosso Senhor, temos o desejo real de sermos seus servos e obedecermos à sua vontade? Quando fazemos coisas boas em nome dele, a nossa intenção é honrar a Deus? Temos que sondar nosso coração e alma. Precisamos coloca-los diante de Deus e sermos sinceros. Não devemos ser pessoas que só afirmam com a boca que ele é o nosso Senhor, mas negamos isto com nossas práticas cheias de egoísmo e falsidade. Precisamos desejar cumprir a vontade dele todos os dias e reconhece-lo como Senhor Absoluto em nossas vidas. Pois, somente quando desejarmos fazer a vontade do Pai e afastar a iniquidade de nossa vida é que seremos conhecidos por ele e conhecidos dele. Nosso alvo deve ser sempre: obedecer à sua vontade e participar do seu reino.

“Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade”.

Texto 137 : POSIÇÃO

  “ Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com ju...